18 de abril de 2013

Capítulo 9 - Revelações (Seu Olhar - Primeira Temporada)



Capítulo 9 - Revelações

O sorriso sarcástico continuava lá, preso em seus lábios rosados, causando estranhos calafrios em meu corpo, o único problema era que eu não sabia se esses calafrios eram de medo ou excitação, porque mesmo eu tentando me convencer, era difícil negar que eu sentia alguma coisa pelo Damon, se era algo físico ou emocional eu já não sabia.
- Posso entrar? – perguntei me forçando a esquecer esses pensamentos. Ele simplesmente fez uma reverencia em um convite claro.
A casa de Damon por dentro era uma mistura de moderno e clássico. Havia móveis que só de olhar, já sabia que custavam mais do que a minha casa. Mas já outros eram de uma delicadeza arcaica que impressionava. A casa era incrivelmente linda, o que parecia ser normal na vida dos vampiros.

- Aceita uma bebida? – perguntou educadamente me mostrando um copo de vidro contendo um liquido vermelho dentro. Não precisava ser vidente para adivinhar que aquilo não era uma bebida qualquer. Eu simplesmente neguei com a cabeça. – Então Isabella, o que traz a sua ilustre pessoa em minha humilde casa? – se sentou no grande sofá que lá tinha e bebericou um pouco de sua “bebida”.
- Não há ninguém aqui? – tive que confirma.
- Como assim?
- Você sabe, não há nenhum Cullen aqui perto ouvindo a nossa conversa não é?
- Por quê? Você tem medo que eles estejam?
- Só responda-me Damon.
- Não, estamos completamente a sós, o que no seu caso não é muito inteligente.
- Você não vai me machucar – sussurrei, mas no fundo senti que aquela afirmação não era tão verdadeira quanto eu esperava. E como se fosse um passe de mágicas, de repente Damon não estava mais sentando no sofá, a alguns metros de mim, e sim parado bem a minha frente, com o rosto na altura do meu.
- Você tem certeza? – sussurrou bem próximo de mim e a única coisa que eu consegui sentir foi a minha pulsação acelerar.
- Se afasta! – mandei recolhendo a coragem não sei de onde. Ele graças a Deus se afastou. – Eu não vim aqui para participar de seus joguinhos, eu vim atrás de respostas.
- Se quer respostas porque não foi atrás do seu vegetariano? – ele sorriu vitorioso, já sabendo da resposta, que Edward jamais me contaria algo.
- Eu preferi vim com você.
- Eu sou a preferência das mulheres sempre – falou se gabando. Revirei os olhos, cansada já daquilo. – Tudo bem. O que você quer saber Isabella?
- Primeiramente, foi você que assassinou a garota ontem no cinema?
- Teve assassinato ontem no cinema? – perguntou surpreso, e eu vi em seus olhos que ele realmente não sabia de nada.
- Te-teve. A garota foi encontrada morta seminua, da mesma forma que Michelle foi encontrada.
- Ok. Eu matei Michelle, mas não a garota no cinema.
- O que você quer dizer? Tem outro vampiro na cidade?
- Quem sabe? Esse lugar parece ter um ima para problema, ou quem sabe não é você?
- E-eu?
- Você não acha estranho que toda essa série de assassinatos tenha ocorrido depois de sua chegada?
- O que você quer dizer com isso?
- Que tudo é relacionado a você, você é a causa de tudo isso. – Senti minha cabeça rodando, como se o ar não estivesse entrando em meus pulmões. Tive que me segurar na poltrona atrás de mim para não cair. – Você disse que quer respostas, mas será que está preparada para ouvi-las?
- Se as respostas tem haver com a minha vida... Então sim, eu quero ouvi-las.
- Tudo bem. Por onde você quer que eu comece?
- De onde você conhece o Edward?
- Não o conheço.
- Damon!
- Tudo bem. Edward já lhe contou que ele era um Volturi?
- Ele disse que foi transformado por um tal de Aro.
- Aro é o mandachuva de Volterra. O mundo vampiresco só existe lá por causa dele, consequentemente ele não transforma qualquer um. Edward era o seu queridinho, o menino de ouro – deve imaginar o quanto Aro ficou decepcionado quando Edward o traiu.
- Traiu?
- A missão dele era simples, matar e levar, mas Edward como um fraco que é não conseguiu.
- Como você sabe de tudo isso? – perguntei tentando não ligar tanto pelo fato de Edward ter matado alguém.
- Ora... Porque eu sou um Volturi.
Sentia que meus olhos arregalarem com a surpresa de saber aquilo. Damon, um Volturi? Como era possível? E o que ele estaria fazendo aqui? E Forks?
- Vo-Você veio atrás de Edward?
- Edward é passado, apesar de Aro guarda um estranho ressentimento em relação a ele.
- Então o que é? Por que você esta aqui? – perguntei o que eu queria saber a tempos.
- Eu disse que tudo é relacionado a você Isabella, por que a minha presença aqui não seria? – e lá estava novamente o sorriso sarcástico.
- E-Eu? Do que você está falando?
- Você não está interessada em saber quem Edward matou? – minha respiração sumiu com isso e eu tive que me controlar para não desabar. Damon só queria brincar comigo, não havia o que temer. Edward havia mudado, ele próprio me garantiu isso.
- Ele mudou, o que ele fez ou deixou de fazer no passado não importa mais.
- Será que não importa mesmo?
- Eu sei o que você tá tentando fazer e não vai funcionar.
- E o que eu estou tentando fazer?
- Ora, você quer que eu duvide de Edward, que a gente brigue, mas pode ter certeza que isso não vai dar certo. Eu amo o Edward e confio nele cegamente.
- É engraçado você confiar tão cegamente naquele que matou seus pais – disse sem pestanejar.
Eu senti meu mundo parar, como se eu tivesse virado uma estátua de cera e colocada bem no centro de uma cidade movimentada, e todos iam e vinham, mas eu continuava lá, parada. A terceira guerra mundial poderia começar agora que eu nem perceberia, pois era como se eu não existisse. Uma cratera havia aberto no meio do chão e eu tinha pulado de cabeça nela, só para esquecer o que havia acabado de ouvir. Senti minha garganta fechar, o ar faltar em meus pulmões e meus olhos encherem de lágrimas. E eu estava revivendo tudo aquilo que evitei reviver. Eu estava revivendo a dor.
- O-o qu-que? – finalmente consegui pronunciar, mesmo com toda dor tomando meu peito.
- Isso que você ouviu. Edward matou seus pais. – falou como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo, não se importando nem um pouco sobre o que aquelas palavras causariam em mim.
- Você está mentindo, isso não é verdade! – gritei mais para mim mesma do que para ele.
- Não seja ingênua Bella, essa era missão do Edward. Matar seus pais e leva-la até Aro, mas no final ele não conseguiu e acabou deixando você sem seus pais.
- MENTIRA! – gritei chorando e colocando as mãos nos ouvidos, tentando fazer de tudo para não ouvir aquilo. – VOCÊ ESTÁ MENTINDO!
- Você sabe que não, você não vê a culpa no olhar dele? Ele sente pena de você Bella, por ter matado os seus pais! – falou mais alto, chegando mais perto de mim, como se aumentando o volume da voz fosse me convencer de algo.
- NÃO! NÃO É VERDADE! – berrei de dor caindo de joelhos no chão e chorando mais e mais. – Isso não é verdade, não, não é – sussurrei como as mãos ainda nos ouvidos e balançando a cabeça. – Não, não, não...
- Você sabe que é...
- NÃO! – gritei com toda a minha força e de repente ouvi o barulho da porta sendo aberta de supetão e Edward e Garrett entrando na casa. Edward só olhou para mim um segundo, encolhida no canto da sala, antes de partir para cima de Damon.
- O QUE VOCÊ FEZ?! – gritou com fúria e raiva empurrando Damon que voo pela sala, batendo com as costas em uma prateleira de livros, que com o peso dele desabou no chão.
- Bella... – Garrett tentou chegar perto de mim, mas eu me afastei.
- NÃO TOCA EM MIM! – gritei deixando a dor de lado e me deixando ser tomada pela fúria. Levantei tentando enxugar as lágrimas que não paravam de rolar. – VOCÊ SABIA DE TUDO ISSO? SABIA QUE ELE ERA O ASSASSINO DE MEUS PAIS?
Ele não disse nada e simplesmente abaixou a cabeça. O seu silêncio foi o suficiente para mim. E então chorei mais, porque novamente havia confiado nas pessoas erradas.
- Bella eu posso explicar... – meu coração parou ao ouvir a voz de Edward. Virei-me e lhe encarei. Como pude me apaixonar por um assassino? Um doente para matou meus pais? Senti meu coração ser baleado com uma bala letal, que deteriorava todo o meu corpo, restando apenas à casca. Eu estava morrendo, definhando de dor. E a culpa era dele, daquele que um dia ousei dizer amar.
- Como... Você pode? – sussurrei não conseguindo enxergar nada por causa das lágrimas. – Eu... Confiei em você, eu amei você.
- Bella... – falou com tanta dor no olhar que em um momento diferente eu poderia sentir pena, mas agora eu só sentia satisfação. A sua dor me alegrava, porque eu sabia que a dor dele era mínima comparada a minha. Pela primeira vez deixei-me ser egoísta e apreciei seu sofrimento. Sussurrou novamente meu nome, tentando me tocar.
- NÃO TOCA EM MIM! EU QUERO VOCÊ LONGE! EU TE ODEIO! TUDO ISSO É CULPA SUA! – e coloquei a mão no peito, tentando puxar o ar para os meus pulmões. Olhei as paredes e vi elas se aproximando de mim, como se tivessem me trancafiando para eu não sair e evitar aquela dor. Senti minha cabeça girar e minha visão ficar turva, se não tivesse segurado na parede atrás de mim, provavelmente teria desabado no chão. – Eu... Tenho que sair daqui. – movi-me aos tropeços em direção a saída daquele manicômio. Edward me seguiu, mas logo eu lhe parei. – NÃO SE APROXIMA! Você não entende né? Eu tenho nojo de você, raiva e ódio. Tenho ódio principalmente por você ter me feito lhe amar, mesmo sabendo de tudo. Você me fez amar aquilo que eu mais odiei. Como você pode Edward? Eu confiei você, e no final você me traiu. Você... Matou meus pais...
- Bella... Eu sinto muito...
- Você e seu arrependimento podem ir pro inferno! – falei com a raiva queimando dentro de mim novamente. – Eu quero que você e sua família de loucos fiquem longe de mim e de Kate. Eu nunca mais quero te ver Edward, nunca!
E aquelas foram as minhas ultimas palavras antes de passar pela porta. Dirigia o carro com o dobro de cuidado, tentando evitar qualquer acidente. E em nenhum momento eu deixei de chorar. Chorava a ponto de sentir meu peito doer e minha cabeça querer explodir. Eu me sentia queimar nas chamas do inferno e o capeta se divertir ao me assistir virar cinzas. Ele queria ver a minha dor e meu sofrimento. Ele gostava de ver meu coração ser aberto a unhadas e uma estaca ser enfiada em meu coração. O capeta gostava de ver a sua pequena Bella novamente, depois de sete anos. Eu finalmente estava reencontrando aquilo que senti quando meus pais morreram.
 Parei na frente de casa e sai de dentro do carro o mais rapidamente possível. Não vi se Kate estava em casa quando passei pela sala e pouco me importava onde ela estava. Nesse momento eu só queria ficar sozinha e esquecer que um dia havia conhecido Edward Cullen.
Tranquei a porta do quarto e joguei-me na cama, deixando a dor se alastrar pelo meu corpo. Edward havia conseguido. Não matou só meus pais, mas a mim também. Envenenou-me pouco a pouco com o seu amor, só para no final ver a minha morte lenta e dolorosa. Eu o odiava; odiava principalmente por fazer-me ama-lo a ponto de querer seus braços ao redor de mim agora, mesmo depois de tudo. Mas eu ia esquecê-lo, tiraria esse amor do meu coração nem que fosse a força, não seria fácil, mas eu faria de tudo para ser como se Edward Cullen nunca tivesse existido.
Semanas depois...
Minha dor na cabeça seguia o copaço do relógio. Tic-tac, tum-tum. Era sempre assim agora, como se meu corpo tivesse ganhado resistência a remédios e essa dor nunca passasse. Ela era como um lembrete de que nada seria como antes.
Horas, dias, semanas se passaram. Eu não via Edward, eu não ouvia Edward, eu não falava em Edward. Foram cinco dias trancada em meu quarto, sem falar ou olhar para ninguém. Kate entrou em desespero, para me ver teve que arrombar a porta. A cada dez minutos o telefone tocava, com perguntas histéricas de Jéssica se eu estava bem, se eu queria sair, se eu estava viva. Respostas básicas saiam de minha boca, o sim e o não ganharam maior espaço em meu vocabulário. Na escola eu era simplesmente uma alma que vagava sem rumo pelos corredores. Jéssica sempre ao meu lado, sem nunca falar nada, sem nunca tocar em nada, era como se ela esperasse que eu me abrisse com ela, o problema era que nunca poderia lhe contar a verdade, não quando a verdade ainda não era aceita nem por mim.
A raiva e ódio inicial tinham passado, apesar de eu sentir que elas haviam simplesmente sido jogadas para debaixo do tapete e que a qualquer momento eu poderia descobri-las e sentir aquilo novamente. O que restou foi uma tristeza e remorso tão grande que me impediam de dormi a noite, ou talvez a insônia ocorresse por causa dos pesadelos. Finalmente meu predador tinha um rosto. 
Suspirei agradecida quando o toque de saída soou. O que eu mais precisava agora era de meu quarto e seu calor acolhedor. Sai da escola sem me importa em esperar Jéssica; talvez ela tivesse sorte e encontrasse alguém com quem conversa; nesse momento eu não estava sendo uma boa amiga. Estava entrando em meu carro quando os vi, Alice, Emmett e Jasper entrando em um jipe enorme. Então eles haviam vindo hoje. Os Cullens pareceram sumir do mapa depois daquilo, bom, os Cullens não, só Edward. Ele não aparecia nunca e eu agradecia por isso. Quanto mais longe ele ficasse de mim melhor, mas mesmo assim não conseguia fazer meu coração parar de estremecer em expectativa de vê-lo, nem que fosse por um segundo. Estúpido e de certa forma doentio, afinal como podia amar aquilo que eu mais odiava?
Foi quando eu vi os Cullens partindo que uma coisa estalou em minha cabeça. Eu não sabia de toda verdade ainda. Sabia que Edward era o assassino de meus pais, mas porque ele faria aquilo? Por que Aro havia lhe dado exatamente essa missão? E o principal... O que Aro queria comigo?Foi em meio a essas perguntas que eu liguei o carro e dirigir em direção à casa dos Cullens, torcendo para que estivesse fazendo a coisa certa.
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Demorei mais do que esperava para chegar à casa dos Cullens, o principal motivo era que eu não lembrava muito bem o caminho para a casa deles, mas finalmente havia chego. Sabia que eles haviam me ouvido e sabia mais ainda que Edward me esperava.Agora seja o que Deus quiser. Pensei suspirando antes de bater na porta daquela enorme casa branca. Demorou dois segundos e vinte e nove centésimos para a porta ser aberta por Esme. Suspirei aliviada por não ser Edward ou um de seus irmãos. Parecia que Esme e Carlisle eram os únicos que não me intimidavam tanto.
- Bella, que surpresa – falou com um sorriso afetado.
- Edward está? – perguntei indo direto ao ponto. Queria loucamente sai dali.
- Acabou de chegar, está na sala... Te esperando.
Assenti com um sorriso de licença e entrei na casa. Ela continuava a mesma, branca, clara e aberta. Resistir ao sentimento de acolhimento que aquela casa me trazia. Andei lentamente até a sala, contando mentalmente cada passo. Vinte e sete passos depois eu estava na enorme sala dos Cullens. Olhei ela por um momento, lembrando-me da ultima vez que estive aqui, quando finalmente ia conhecer a família de Edward. Parecia que havia sido há uma vida atrás. É claro que a sala perdeu a minha atenção quando meus olhos pousaram em Edward. Ele estava em pé, do outro lado da sala e me encarava de forma tímida. Seu olhar transmitia cansaço, dor e desespero e por Deus, o que havia acontecido com ele? Nem de longe era o Edward vivo e cheio de energia que eu havia conhecido. Seu rosto estava abatido, olheiras escuras se formavam em baixo de seus olhos agora negros, seu corpo se curvava um pouco para frente, como se ele não aguentasse mais o próprio corpo e se fosse possível, sua pele estava mais branca que o normal, pálida como pó de giz.
- Você está bem? – perguntei sem me controlar. Apesar de todo o ódio e remorso que eu sentia por ele, não tinha como negar que eu ainda o amava, e vê-lo daquele jeito fez com que meu coração estremecesse de dor, se é que eu ainda aguentava tanto tormento.
- Acho que eu que deveria perguntar isso – respondeu com um pequeno – quase imperceptível – sorriso. Respirei fundo tentando ignorar a felicidade que tomou meu corpo ao ouvir sua voz.
- Eu não posso demorar, só vim porque precisamos esclarecer algumas coisas.
- Você quer saber toda a verdade não é?
- Preciso saber por que motivos esse tal de Aro queria meus pais mortos e o que eu tenho de tão importante para ele me querer. – falei de uma vez só, tentando não perde a coragem. Ele respirou fundo concordando com a cabeça.
- Bom, se você quer a verdade temos que começar desde o inicio. – respirou fundo antes de continuar. – Você tem que entender que tudo isso começou muito antes de você nascer, que você é vítima de um triangulo amoroso desastroso.
“No mundo vampiresco a três clãs de vampiros principais ou os vampiros mais velhos se preferir; devemos a eles que a nossa raça tenha se “reproduzido” – fez aspas com as mãos – Os clãs são: os Volturi, os Armstrong e os Kincaid. Os três clãs viviam em harmonia, até que as disputas territoriais se tornaram mais fortes e cada um acabou indo para um lado.
Aro sempre foi o líder dos Volturi, apesar dele dividir o trono com os seus outros dois irmãos, Marcus e Caius. Mas mesmo sendo um líder nato, isso não o impedia de cometer seus erros e o pior erro de Aro foi quando ele se apaixonou por uma mortal.”
Senti meus olhos se arregalarem com as informações que ele me dava. Mortal? Isso quer dizer que eu e Edward não éramos o primeiro caso de amor entre vampiro e humana? Deus, isso se tornava mais louco a cada segundo.
- Ninguém sabe quem é essa humana, como se chama ou como é, só o que se sabe é que, apesar de Aro ter se apaixonado por ela, ela não se apaixonou por ele. Dizem que o romance deles foi conturbado, Aro a perseguia sempre e ela nunca lhe deu uma chance. As coisas pioraram quando mais um vampiro entrou na equação.
- Outro? – não consegui evitar de falar, a surpresa era grande demais.
- Você se lembra daqueles clãs que eu lhe falei há pouco? Bom, a briga entre eles já havia começado quando Aro se apaixonou, e ficaram piores quando essa mortal se apaixonou por um Armstrong.
- O que? – perguntei pasma. Ok, aquilo estava parecendo novela mexicana.
- Dizem que Aro ficou com tanta raiva dela que no final acabou matando ela e o parceiro, mas eu não acredito nisso.
- E por que não?
- O amor de vampiro não é igual à de um humano Bella, que em um momento pode existir e no outro não. Se o vampiro se apaixona uma vez esse amor será eterno, ultrapassando a vida e a morte. – ele proferiu aquelas palavras olhando diretamente para mim, como se elas fossem-me dirigidas. – Se Aro realmente a amou, ele não a mataria.
- Ok. Então esse tal de Aro teve um romance conturbado com uma humana, idai? O que isso tem haver comigo?
- O romance dela com o Aro pode ter sido terrível, mas foi totalmente diferente com o Armstrong, foi tão diferente que resultou em um bebê.
- Be-bebê? O-qu-que... Isso é possível? – finalmente consegui falar.
- Não era, até ela dar a luz a uma menina.
- Mas Aro não tinha a matado?
- Se ele a matou foi depois do bebê nascer.
- E esse bebê? Sobreviveu?
- Ela conseguiu dar o bebê para alguém antes de Aro a pegar.
- E o que esse bebê era? Humano ou vampiro?
- Ninguém sabe, só sabemos que a linhagem Armstrong não parou de se reproduzir.
- O que? Isso que dizer que...
- A criança sobreviveu Bella e deve ter tido uma vida normal, já que gerou outros.
Eu me sentia entrando em um filme de ficção cientifica, onde o personagem acabava de descobrir que o mundo que ele achava ser normal, na verdade guardava grandes segredos.
- Tudo bem, mas de novo... O que isso tem haver comigo?
- O sangue Armstrong foi passando em geração a geração, até chegar a... Você.
- Como é que é? – o que ele queria dizer, que eu era metade humana metade vampira? Que eu descendia de uma linhagem de vampiros doidos por território e que minha tatará num sei das quantas era uma humana que ficou entre duas famílias de vampiros originais? O que era isso? Um livro da J.K Rowling por acaso? O que faltava? Harry Potter entrar na casa pendurado em sua vassoura e segurando a sua varinha? Qual é! O mundo não podia ser tão doido quanto parecia.
- Você é uma Armstrong Bella. Aro por centenas de anos procurou esse tal bebê e suas gerações, mas nunca achou nada, até encontrar você.
- Então é por isso que Aro me quer? Por vingança?
- Acredito que seja mais do que isso, se fosse simplesmente por vingança ele a teria matado no momento em que lhe achou.
- Se não é por vingança, é pelo que? E se ele queria tanto assim encontrar um Armstrong porque ele mandou matar meus pais? Renée ou Charlie poderiam ser um Armstrong certo? Afinal eu sou uma.
Ele hesitou em responder e eu senti que o lance de ser perseguida por um vampiro doente era o menor de meus problemas.
- Os seus pais não eram descendentes Bella.
- O que você quer dizer?
- Que você é adotada Bella.
Minha cabeça girou e minha vista ficou turva antes de cair sentada no sofá da sala. Adotada. Uma palavra, quatro sílabas, um significado. Eu não era filha dos meus pais.
- Mentira.
- É verdade Bella.
- NÃO! – gritei exaltada levantando. – Olha, eu posso ter me apaixonado pelo assassino dos meus pais, posso ter confiado nas pessoas erradas, mas eu não sou adotada! Não posso ser.
- Eu sinto muito. – sussurrou e deu um passo em minha direção, com os braços estendidos, mas pareceu mudar de ideia no meio do caminho, pois parou.
- Não... – sussurrei para mim mesma não conseguindo acreditar naquilo. Foi quando uma lembrança me veio a cabeça; eu perguntando para a minha mão porque não havia fotos dela com a barriga de grávida e ela respondendo que havia perdido todas em um acidente; depois outra lembrança, de eu falando como éramos diferentes na aparência, eu morena e ela loira... – Oh Deus! – coloquei a mão na boca, tentando controlar o choro.
- Bella...
- Tenho que falar com Kate, ela precisa me falar porque mentiu para mim – falei pegando minha bolsa que havia jogado no chão da sala. Sai da casa sem me despedir de ninguém.
Dirigia tentando controlar as lágrimas. Por quê? Por que todos que eu amava mentiam para mim? Edward, agora Kate, quem mais seria o próximo? Quando estava próximo a chegar em casa, uma coisa me chama a atenção.  A mesma senhora que havia me surpreendido no dia do baile de halloween agora estava andando no meio da rua, em direção a sua casa, com um monte de sacolas nas mãos.  Ela tinha dito que minha vida ainda teria muito sangue e que pessoas próximas a mim morreriam, e nesse mesmo dia Michelle morreu. Estacionei o carro no exato momento que o pensamento de que ela sabia de mais alguma coisa da minha vida me ocorreu. Se hoje era o dia para eu descobrir tudo que eu fizesse o trabalho completo. Andei em sua direção lentamente, pensando no que lhe diria e torcendo para que ela não me achasse louca.
- Com licença – falei quando cheguei perto. – Eu sei que você não me conhece, mas eu sou...
- Isabella Swan – pronunciou roucamente com um sorriso acolhedor nos lábios. – Pensei que nunca me procuraria.
- Como você...
- Venha, eu fiz chá. – falou e puxou-me pela mão, até a sua casa.
Ela era pequena e robusta. Havia um pequeno jardim na frente e uma cerca ao redor. Ela era de um vermelho apagado, com mistura de um branco encardido. Quando entrei na casa o que eu senti de primeira foi um forte cheiro de incenso misturado com o cheiro de chá de canela com pitadas de agridoce. A casa por dentro era simples, mas tudo muito bem organizado e colorido. Tecidos vermelhos, amarelos e azuis disputavam lugar na pequena sala. Sorri ao ver uma enorme penteadeira com milhares de livros, de variados tamanhos. A casa era simplesmente linda.   
- Gosta? – perguntou depois que eu observei tudo.
- Ela é linda. Simples, mas linda.
- Fico feliz em ouvir isso. Venha, o chá está pronto.
Ela me guiou até uma pequena cozinha cor de vinho, com uma pequena mesa de madeira no centro, um fogão à esquerda e uma pia a direita. As paredes eram cobertas por quadros em formato de pratos, que dividiam o espaço com algumas panelas. Sentei-me em uma das cadeiras que estavam ao redor da mesa enquanto ela nos servia do chá.
- Presumo que se está aqui é porque já descobriu tudo – falou quanto se sentava a minha frente.
- Perdão?
- A verdade sobre você e os Cullens – explicou sorrindo docemente.
- Ah... – falei desconcertada com o fato dela também saber. Quem não sabia Bella? Minha consciência perguntou. – Hum... Digamos que eu descobri mais do que gostaria.
- Então você sabe de tudo agora?
- Até que eu sou adotada – falei suspirando e dando um gole no chá. De uma maneira estranha eu não me sentia incomodada em falar aquilo com aquela desconhecida, ela de uma forma estranha me deixava à vontade.
- Eu sinto muito. Deve ser horrível para uma garota tão nova como você ter que lidar com tudo isso ao mesmo tempo.
- Eu só não entendo por que todos mentiram para mim. Meus pais, Edward, Kate, nenhum deles teve a coragem de me dizer a verdade, eu sempre tive que descobrir pelos outros. É a minha vida e eu sempre sou a ultima a saber.
- Como eu disse, eu sinto muito, mas a vida não é fácil para ninguém Isabella, a sua ainda nem começou a se torna difícil. Você ainda terá que enfrentar grandes obstáculos e terá que aceitar a dor e o medo ao seu lado, porque eles nunca lhe abandonaram.
Abaixei a cabeça, olhando para a xícara em minha mão. Aceitar a dor e o medo não me parecia muito animador, mas levando em consideração tudo o que eu passei isso não deveria me surpreender.
- O que você quer saber Isabella?
- Se tem alguma coisa que eu ainda tenha que descobrir, porque sinceramente, eu estou cansada de sempre ser a ultima a saber.
- Você ainda descobrirá muita coisa minha querida... – sorriu deixando a mostra as rugas de seu rosto. – Mas você terá que descobrir sozinha, ninguém poderá lhe ajuda com isso.
- Noticia animadora - falei sarcástica, arrancando uma gargalhada dela. Lhe olhei interrogativamente.
- Você realmente é perfeita para esse mundo, qualquer garota normal estaria gritando por ai, já você consegue fazer piada.
- Talvez porque se eu fingir que é piada tudo pareça menos horrível. – suspirei dando mais um gole no chá. – Como você sabe tudo isso? Sobre mim, os Cullens... Você não é uma vampira né?
- Oh não. Sou simplesmente alguém que tem mais consciência sobre aquilo que nos cerca.
- Mas como você descobriu sobre mim? Sobre esse lance de descendente de Armstrong?
- Minha tataratataratatara...vó trabalhou para a humana que o Volturi se apaixonou.
- Não acredito. – falei pasma.
- Sim. E ela deixou cartas, fotos que me interessaram muito. Comecei a pesquisar, e finalmente achei o seu diário, onde ela contava sobre a existência desses clãs vampirescos. Ao que parecia ela e Liza eram muito amigas.
- Liza? Esse é o nome dela, a humana? – perguntei. A senhora, que de maneira absurda, eu ainda não sabia o nome, olhou para mim um momento, como se decidisse algo, antes de se levantar e sumir pela sala. Não demorou mais que três minutos e voltou com um livro na mão.
- O diário de Rosalinda Scott.
Toquei o pequeno diário com delicadeza, parecia tão velho que, com apenas um toque ele podia despedaçar. A brochura estava frouxa e manchada pelo tempo, as folhas estavam amareladas, e tinha pontos que não se dava para ler.
- Quero lhe mostrar algo – ela falou abrindo o diário a procura de alguma coisa, foi quando parou em uma página, onde continha uma imagem, com uma pequena descrição embaixo. Liza Summers. 1756. – Essa aqui é Liza Summers, Isabella. Sua... Acho que posso dizer avó.
Olhei para o desenho a minha frente segurando a respiração. Apesar da folha desgastada e manchada, eu ainda conseguia ver o desenho. No papel aparecia uma mulher de cabelos negros, encaracolados e curtos, branca como a neve e tão linda quanto eu podia imaginar. Demorou um tempo para a realidade me tomar e eu entender tudo...
- Mas... E-ela...
- É igual a você.
- Como é possível? – perguntei pasma tocando no desenho, como se com o meu toque, aquela mulher desaparecesse.
- Você é uma das descendentes, é de se esperar que alguém fosse puxar para ela.
- Mas... Somos idênticas.
- A genética é realmente impressionante.
- Ai meu Deus! – exclamei passando a mão no rosto. – Então é por isso que Aro me quer, ele deve saber que sou idêntica a ela, e acha que eu...
- Poderia substituir o lugar Liza no coração dele.
- É por isso que ele não me matou ainda. – suspirei soltando o desenho. O que mais faltava eu descobrir? E novamente o tum-tum na minha cabeça começou. Levantei da cadeira depressa. – Eu tenho que ir, preciso ficar sozinha, é muita coisa para a minha cabeça.
- Tudo bem, mas leve isso – falou e me entregou o diário, colocando a foto dentro dele. Vendo meu olhar interrogativo, disse. – Ele lhe ajudará a descobrir mais coisas sobre o sua vida.
- Obrigada – falei com sinceridade pegando o livro. Estava para sair da cozinha, quando uma pergunta me ocorreu. – Como se chamas?
- Sulpicia Scott.
- Sulpicia... – sussurrei para mim mesma e sorri logo em seguida. – Foi uma noite agradável Sulpicia.
E logo sai da casa, indo em direção ao meu carro, com o livro debaixo do braço. Coloquei o diário no banco do passageiro quando entrei no carro. Estava louca para lê-lo e talvez descobrir mais alguma coisa da minha vida, mas antes de ir para casa tinha que dar mais uma parada.
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- Tenho que admitir que pensei que nunca mais olharia na minha cara – falou Damon estendendo-me um copo com uma bebida transparente dentro. Eu não era de beber, mas depois desse dia longo que eu tive, o álcool vinha de bom grado para mim. Peguei o copo e dei um gole. A bebida desceu queimando pela minha garganta e senti meus olhos lacrimejaram. Dei mais um gole e dessa vez a bebida desceu melhor.
- E eu quero nunca mais olhar, só que você sabe coisas que eu quero saber, então fica difícil só ignorar.
- O seu vegetariano não lhe contou nada ainda?
- Me contou o suficiente para saber que você não veio para cá a passeio.
- Eu nunca saio a passeio. – falou sorrindo torto e sentando ao meu lado no sofá.
- O que você veio fazer aqui Damon? A verdade!
- Eu vim a trabalho.
- Que tipo de trabalho?
- Você. Aro mandou-me aqui para vigiar você Isabella.
- Por quê?
- Não sei. Talvez ele tenha medo que você faça alguma loucura, ou só num queria que você fiquei perto do vampiro vegetariano.
- Que tipo de loucura eu poderia fazer? Me matar? – perguntei sarcástica bebendo mais um pouco da bebida.
- Quem sabe? Sua família não é a das mais normais.
Ri sem humor e terminei o que restava da bebida, colocando o copo em cima da mesinha logo em seguida.
- Ok, eu preciso ir.
- Já? – ele pareceu realmente triste com isso.
- Eu só vim para saber isso Damon, nada mais. – falei antes de levantar do sofá. No momento em que fiquei em pé, minha cabeça girou terrivelmente e se Damon não tivesse me amparado provavelmente teria ido ao chão.
- Acho que você não vai conseguir dirigir.
- Claro que eu consigo dirigir! – falei e dei mais um passo, e novamente quase caio. – Ok, talvez eu tenho alguns problemas.
- Vem, vou te colocar na cama, não deixarei você sair assim. Já cuidei tempo demais de você para deixar você se quebrar em um acidente de carro.
- Eu não vou dormi com você!
- E nem pode, eu não durmo. – falou antes de puxar-me para cima e me embalar como um bebê. Ofeguei com a rapidez de seu ato. Damon me levou para um quarto grande, com uma enorme cama de casal. Não aprestei atenção em mais nada, pois logo meus olhos começaram a se fechar de sono e cansaço. Tinha sido um longo dia, cheio de cansaços físicos e mentais. Damon me deitou na cama e logo me cobriu. Depois deitou-se ao meu lado.
- Você disse que não ia dormi comigo – falei sonolenta, quase não conseguindo manter os olhos abertos.
- Eu disse que não vou dormi, mas não disse nada de ficar deitado ao seu lado.
Dei um pequeno sorriso fechando os olhos.
- Se você não fosse um idiota, cretino e tivesse trabalhando para o homem que quer me pegar... – bocejei. – Eu até poderia gostar de você.
Ele disse mais alguma coisa, mas eu já não ouvia, a inconsciência tinha me dominado.
_______________§_______________
Tic-tac, tum-tum; tic-tac, tum-tum. E mais uma vez minha cabeça seguia o compasso do relógio. Abri meus olhos lentamente, tentando me acostumar com a fraca claridade do quarto. Sentei-me na cama, colocando as mãos na cabeça. Ressaca = tum-tum dobrado. Olhei ao redor, tentando me situar, quando percebi que estava no meu quarto. Mas como cheguei aqui?
Suspirei levantando e indo pegar a minha nécessaire. Um belo banho era o que eu precisava agora. No banho deixei-me recordar do dia anterior. Clãs; Aro; triângulo amoroso; bebê; Liza; adotada... Deus, como a minha vida tinha mudado tanto em apenas algumas horas. Depois de um longo banho, me vesti e decidir ir à única cafeteria daqui. Precisava de café e não estava com vontade de encarar Kate agora. Peguei minha bolsa e as chaves de carro que não sei como, estavam em cima de minha escrivaninha. Desci as escadas em dois em dois degraus, e quando já estava para abrir a porta da casa, a voz de Kate me para.
- Onde você pensa que vai?
- Vou tomar café – falei sem me virar, pois sabia se a encarasse não aguentaria e acabaria brigando com ela.
- Não vai não. Bella, eu não sei o que está acontecendo. Você passou dias trancada dentro do quarto, agora só é da escola para casa, não sai e quando resolve sair, não me avisa nada, você perceber o susto que me deu ao ver você chegar carregada pelo Edward?
- Como é que é? – eu me virei surpresa com que ela disse. – Edward me trouxe?
- Quem mais você esperava? – pensei por um minuto. Eu havia dormido na casa de Damon, como Edward me trouxe? – Bella, ta me ouvindo? Que droga Bella, a gente sempre conversou tanto, contamos tudo uma para outra, o que ta acontecendo, por que você ta tão mudada?
Fiquei com raiva de seus pedidos de explicação, como ela queria que eu fosse verdadeira se ela mesma não foi comigo?
- Por que você não pergunta para os meus pais? – perguntei com rancor. Ela me olhou não entendo nada. – Mas meus pais verdadeiros, não aqueles que me adotaram. – seu rosto endureceu e eu vi ali a verdade estampada em sua cara, se eu ainda tinha duvidas, agora elas acabaram, eu era mesmo adotada. – E pensar que conversávamos tanto, contávamos tudo uma para outra, por que Kate? Por quê?
Sai de lá sem esperar resposta. Bati a porta do carro com força ao entrar. Como a minha vida até então normal foi se transformar nesse inferno ambulante? Liguei o carro piscando os olhos mais do que o normal, em uma tentativa absurda de evitar as lágrimas. Cheguei a BooksCoffee&NothingElse mais rápido do que eu esperava. Pedi o meu café e fui me sentar em uma das mesas mais afastadas. Eu precisava ficar sozinha e pensar em toda essa merda que estava acontecendo comigo.
Olhei a rua através da parede de vidro. Chuviscava do lado de fora e o clima estava mais frio que o normal, combinando perfeitamente com o meu humor. Estava distraída esperando o meu café quando a vi; ela caminhava em minha direção, usando uma calça jeans justa, uma blusa branca e jaqueta de couro vermelha que entrava em contraste com a sua pele tão branca quanto à neve e seus cabelos loiros avermelhados, que caiam em cascata até a sua cintura. A sua beleza era tão deslumbrante que fazia minha autoestima chegar lá embaixo. Engoli em seco quando a vi parando na minha frente.
- Isabella Swan? – perguntou com uma voz fina, mas ao mesmo tempo marcante.
- Sim?
- A gente tem que conversar.
Volterra. Itália
POV Narrador
Ele drenava o sangue da vitima com prazer e dedicação, não deixando nem uma gota de fora. Seu corpo másculo tinha pequenas convulsões ao sentir o sangue quente e novo correndo pelas suas veias adormecidas há tanto tempo.
Para ele os humanos eram simples armazenadores de sangue que viviam para alimentar a raça vampiresca, só isso. Estranho já que ele havia amado uma humana, uma humana que destroçou seu coração frio.
Jogou bruscamente o corpo da jovem garota no chão quando se sentiu saciado.
- Humanos nojentos! – grunhiu chutando o corpo da garota sem vida. Limpava uma gota de sangue que escorria de seus lábios rosados quando a porta de seu quarto foi aberta.
- Senhor? – uma voz melodiosa soou.
- O que é?
- Damon se comunicou.
De repente o vampiro ficou alerta, já a espera de noticias.
- O que ele disse?
- Ela descobriu tudo.
- Ótimo... – sorriso surgiu nos lábios do jovem vampiro. – Se preparem Jane.
- Meu senhor? – perguntou confusa.
- Está na hora de irmos atrás de Isabella Swan. 

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