15 de abril de 2013

Capítulo 7 - Cabana (O Trato - Segunda Temporada)


Capitulo 7 – Cabana

Estava descendo as escadas após uma hora chorando no ombro de Alice. Sentia como se meus olhos não tivessem mais o que chorar. Meu peito ainda guardava aquela mesma dor que eu sabia que me acompanharia por toda a minha vida, a cada momento em que eu lembrasse do quão desgraçada eu estava sendo ao mentir para Jacob.

Parei no penúltimo degrau da escada, respirando fundo a procura de coragem. Quando descesse, sabia que teria que encarar a todos, inclusive Jacob. Precisava colocar a minha melhor cara de “garota viva” para que ninguém percebesse o quão mal eu estava. Puxei e soltei o ar mais uma vez antes de me encaminhar para a sala de jantar. Todos já estavam lá, cada um em seu devido lugar, e é claro que Jacob guardou um lugar ao seu lado para mim. Sorri forçadamente sentando-me ao seu lado.

- Você esta bem? – sussurrou segurando minha mão por debaixo da mesa. Havíamos concordado em manter nosso relacionamento em segredo por enquanto, principalmente por causa de Renesmee. Tentei me convencer que era só por causa dela, e não por causa de um certo garoto de cabelos acobreados.

- Yeah, só estou com um pouco cansada. - respondi. Ele olhou-me por um tempo em dúvida, antes de aceitar a minha resposta.

Não consegui evitar que meus olhos disparassem para Edward do outro lado da mesa, ao lado de Lucy. Ele me encarava de uma maneira estranha. Abaixei a cabeça não querendo lidar com ele agora.

- Bom, antes de começarmos a comer, eu tenho um comunicado a fazer. – falou Carlisle se levantando com Esme ao seu lado, segurando sua mão. Ele olhou para ela com um sorriso amoroso nos lábios. – Eu sei que demorei muito, mas eu já estou corrigindo o meu erro. Eu só queria comunicar que Esme aceitou se casar comigo.

Em seguida vieram os gritos de alegria e os abraços em parabéns. Os únicos que se encontravam parados era eu e Edward. Ele me encarava como se esperasse que eu fizesse alguma coisa, e sinceramente, eu queria fazer algo; queria levantar e parabeniza-los, mas era como se meu corpo estivesse petrificado, o choque pelo o que Carlisle acabou de dizer tomava o meu corpo. FAÇA ALGUMA COISA BELLA! Minha consciência gritou, mas eu não saia do lugar.

- Bella? – Carlisle chamou, de braços abertos, esperando que eu o parabenizasse.

- Ah... Me desculpa. – e sai de lá às pressas, correndo para fora da casa. Corri pela areia até estar bastante distante da casa. Deitei-me na areia, respirando fundo.

Por que eu corri? Era uma coisa que eu não sabia. Talvez fosse o fato de muita coisa estar acontecendo em tão pouco tempo. Edward, Lucy, Jacob... Agora Carlisle. Quem mais chegaria e bagunçaria minha vida?

Ao longe ouvi passos se aproximando e senti sua presença antes mesmo de vê-lo.

- Para alguém tão pequena, você corre muito. – falou Edward ofegante, se deitando ao meu lado.

- O que você quer? – perguntei ainda encarando o céu, que estava incrivelmente estrelado.

- Conversar. Saber o porquê de você ter saído daquele jeito.

- Eu não posso lhe responder algo que eu própria não sei. – respirei fundo, fechando os olhos e aproveitando o silêncio que se prolongou entre nós. – Você já se sentiu como se todos estivessem avançando, mas você continuasse parado?

- Quase sempre.

Virei meu rosto, encarando-lhe. Meu coração perdeu uma batida ao ver como ele estava deslumbrante deitado ao meu lado. Seus cabelos bagunçados balançavam com o vento, seus olhos verdes refletiam o brilho da lua e sua boca nunca me pareceu tão convidativa. Amaldiçoei-me por esse pensamento. Jacob, Bella, Jacob!

- Eu tenho... Medo... De talvez não acompanhar essas mudanças. Tudo estar acontecendo tão rápido, que é como se eu estivesse em uma montanha russa que nunca para.

- Você não precisa ter medo... – sussurrou. – As mudanças existem para nos deixar confusos mesmo... – fiquei tensa quando de repente senti sua mão segurar a minha. Eu sabia que deveria me afastar, mas onde estava a força? – Você é forte Bella... Superou tanta coisa ruim, muitas delas causadas por mim, que essas simples mudanças são lhe derrubaram. É só você querer superar isso, que eu sei que você consegue.

Ficamos em silêncio depois disso. Cada um encarando o outro, ainda com as mãos unidas. Eu queria lhe perguntar como havia ficado o caso com a Lucy, mas tinha medo de que se abrisse a boca, eu estragasse aquele momento, onde incrivelmente não estávamos brigando ou coisa assim. Éramos só... Simples amigos.

Um pigarro atrás de nós fez-me larga a mão de Edward e sentar depressa.

- Estava procurando você. – Jacob falou com frieza. – Mas acho que você já está bem acompanhada.

- Jack... – falei me levantando e indo até ele, segurando sua mão. – Não é isso que você está pensando,a gente só estava conversando.

- Sério? Não foi isso que me pareceu.

- Jack, por favor... – respirei fundo antes de me virar para Edward. – Edward vai embora.

- Bella...

- Por favor. – pedi. Quando se virou para ir, vi uma pontada de dor em seus olhos. Deus! Como posso agradar um, sem machucar o outro? O vi se afastar lentamente antes de me virar para Jacob.

- Então? – perguntou.

- A gente só estava conversando ok? Ele veio ver se eu estava bem, e ai a gente começou a conversa, só isso.

- Por que você não conversou comigo Bella? Eu sou seu namorado agora.

- Bom, eu não pedi para ele vir até aqui, ok? – falei rude, pressentido que o estresse me tomava. Eu tinha que ficar calma, Jacob não tinha culpa de eu ser uma garota de cabeça quente. – Olha... Eu disse que ia tentar, e vou. Mas você tem que me ajudar, não acha? Você precisa confiar em mim, se eu estou com você, é porque é pra valer. Nunca duvide disso.

- É só que é difícil me controlar quando vejo você perto dele. – disse parecendo um pouco envergonhado pelo seu ataque repentino de ciúmes.

- Relaxa ok... – sussurrei pegando seu rosto entre minhas mãos. – É com você que eu estou agora.

Olhei para os lados, a procura de alguém, quando constatei que estávamos sozinhos, colei minha boca com a sua, em um beijo leve e delicado.

- Agora vamos, tenho que parabenizar alguém né? – falei sorrindo e puxei sua mão em direção a casa. Chegando lá, encontro Carlisle me aguardando na varanda.

- Vou deixar vocês dois sozinhos. – Jacob falou soltando minha mão e entrando.

Carlisle e eu nos encaramos por um tempo antes de falar...

- Bella eu...

- Não, deixa eu falar primeiro. – pedi e ele afirmou com a cabeça, deixando-me continuar. – Eu sinto muito... Por eu ter fugido, não foi certo da minha parte, e não quero que você pense que é porque eu não aceito o seu casamento com Esme, longe disso, mas é que... Tanta coisa tem acontecido nos últimos tempos, que você acabou me pegando de surpresa... – respirei fundo. – Só acho que... Eu tenho medo que tudo se repita entende? Eu sei que você diz que mudou, mas eu não consigo evitar de ficar receosa com tudo isso... Não quero que Esme passe pelo que minha mãe passou.

- Eu entendo, e mereço esse seu receio, mas entenda Bella, eu amo a Esme com jamais amei ninguém... Eu e Renée éramos jovens, dois adolescentes que foram forçados a amadurecer rápido demais... E bom, durante esse processo de amadurecimento, eu meti os pés pelas mãos e fiz coisas que sei que jamais me perdoarei. Mas as coisas mudaram agora, hoje tenho ao meu lado a mulher que eu realmente amo, e não colocarei tudo a perde novamente.

- Eu só não quero que mais alguém se machuque.

- Eu prometo que ninguém vai se machucar. – sussurrou colocando as mãos nos meus ombros. – Eu sei que você ainda não me perdoo completamente pelo que fiz, mas seria de muita alegria para mim e para Esme que no dia do nosso casamento, você estivesse lá no nosso lado.

Abaixei a cabeça rindo.

- Seria uma honra.

E de maneira um pouco desastrada, coloquei meus braços ao redor dele, lhe abraçando levemente.

- Parabéns Carlisle.

- Obrigada fi... Bella. – respondeu. Sorri com esperança de que no final tudo acabasse bem.

.........................*...................

Pisquei os olhos lentamente, sentindo a claridade entrar pela fresta da janela. Sentei-me espreguiçando e olhando ao redor, constatando que todas as camas estavam arrumadas e eu estava sozinha no quarto. Ao longe escutava risadas e barulho de água. Tomei um banho, e depois de me vesti, desci e fui até a cozinha, pegar algo para comer.

Chegando lá, avisto Alice e Zach, cara a cara, quase se beijando. Zach que me perdoa-se, mas nessa história eu era totalmente Team Pagode. Pigarreei interrompendo o quase beijo deles.

- Bella! – Alice exclamou surpresa, se afastando de Zach.

- Alice! – falei da mesma forma indo até a geladeira, e tomando suco na caixa mesmo.

- Acordou tarde né? Já passou da hora do almoço – falou parecendo um tanto nervosa.

- Pois é... Vocês pelo que parecem acordaram muito cedo... Espero não ter atrapalhado nada. – falei dando o meu melhor sorriso de anjinha.

- Que nada... - riu nervosamente. Foi nesse momento que Edward e Jasper entraram na cozinha, os dois só de bermuda e com os cabelos molhados. Porra, assim fica difícil! Pensei vendo uma gota de água escorrer pelo peito largo de Edward.

- Ta acontecendo alguma coisa? – Jasper perguntou, revezando olhares entre nós três.

- Nada! – respondi, quando uma ideia brilhante passou pela minha cabeça. Era hoje que o ex-pagode conquistava de vez a baixinha. – Jasper, posso falar com você?

- Claro. – eu o puxei para um canto afastado da cozinha, deixando os outros nos encarando curiosos. – O que foi?

- Tive uma ideia para você reconquistar a Alice! – sussurrei animada.

- Como?

- Você vai levar a Alice para dar uma volta na floresta, ela não gosta muito, mas darei um jeito dela aceitar. Aproveita se passe de inteligente falando os tipos de árvores e tals.

- Mais eu não sei nada de árvores.

- Idai? Ela também não.

- Tem certeza?

- Vai por mim, um dia eu já menti? – ele me encarou sério. – É, não precisa responder a isso.

Puxei pela camisa de volta a cozinha.

- Huum... Ali-Alice, vo-você na-na... – dei um tapão em suas costas, fazendo com que ele quase caísse.

- Desengasga Jasper.

- Alice você não gostaria de dar uma volta na floresta comigo?

- Floresta? Tipo, matos e mosquitos? – perguntou receosa.

- PERFEITO! – dei um gritinho animado, fazendo com que todos me encarassem. Qual é! Era errado eu tentar passar por cupido? – Você realmente precisa se refrescar um pouco Alice, essa luz toda ta fazendo nascer rugas em você.

- RUGAS?! – perguntou histérica, tocando o rosto.

- Sim, com certeza a natureza lhe fará bem, aproveite leve o Zach junto. – disse sorrindo, fazendo com que Jasper me encarasse com aquela cara de O que você ta fazendo? Simplesmente pisquei o olho para ele.

- Eu não...

- Vai Alice! – insistir.

- Beleza eu vou! – falou e eu já estava prestes a comemorar, quando ela acabou com toda a minha alegria. – Mas só se você e Edward forem juntos.

- O QUE?! – eu e o Cullen dissemos juntos.

- Isso mesmo que vocês ouviram! – e ergueu o nariz, se achando a rainha da cocada preta.

- Pra mim tudo bem. – falou Edward com um sorrisão no rosto.

- Não ta nada bem! Eu não gosto de mato – falei emburrada, cruzando os braços.

- Ah vamos Bella! Se eu terei que passar por isso, você também vai.

Olhei para Jasper em um pedido de ajuda, ele só fez-me devolver com um olhar de Por favor. Gemi antes de falar.

- Ah tudo bem! Mas vamos logo, que daqui a pouco escurece.

Não me dei o trabalho de ir até lá na praia e dizer que estava saindo. Se a sorte estivesse ao meu lado, logo estaríamos de volta e ninguém precisaria saber que me meti no mato com o Edward.

Ok! Essa frase saiu estranha.

Depois de alguns minutos, eu, Edward, Alice, Jasper e Zach, nos metemos no meio da floresta, deixando para trás a casa de praia. Odiava floresta, para mim era tudo igual, árvore, árvore, árvore, terra, terra, terra. Ah e á claro, mosquito, mosquito, mosquito.

- Aiiin! – choramingou Alice, batendo pela décima vez no braço, para matar um mosquito. – Vamos embora? Eu odeio isso aqui!

- Sabia que alguns mosquitos, ao posarem na pele humana, deixam seus residos para trás? Como fezes e óvulos? – Jasper falou se achando um gênio. Alice o encarou assustada, com os lábios começando a tremerem. O resto de nós o encarávamos pasmos. – O que?

- AAAAAAHHHHH!!! AGORA VIREI NINHO DE MOSQUITOOOO! – Alice correu pro meio da floresta, chorando.

- Alice espera! – Zach correu atrás dela.

- O que eu falei de errado? – perguntou Jasper confuso. Bati com a mão na testa.

- Mãe que te pariu Jasper! Se você acha que fazendo Alice se sentir como um vazo sanitário de um mosquito é a melhor forma de reconquista-la está muito enganado.

- É verdade Jasper, dessa vez você errou feio. – Edward falou rindo.

- Mas...

- Mas nada! Eu venho até aqui para ajudar você, e você faz essa cagada toda? – apertei os olhos, realmente irritada. – Você vai atrás da Alice e concertar tudo isso.

- Eu...

- AGORA!

Jasper saiu correndo por onde Alice havia ido. Suspirei já começando a me cansar de bancar o cupido para Jasper.

- Esse garoto jamais vai conseguir desencalhar, sinceramente!

- Jasper nunca foi boa com garotas, não é a toa que Alice é sua primeira namorada. – falou Edward ainda rindo. Gemi ao me tocar que sendo assim, seria mais difícil ainda.

- Vamos atrás dele antes que ele fale mais alguma merda. – comecei a andar, mas Edward me parou segurando meu cotovelo.

- Será que a gente podia conversar antes?

- Sobre o que?

- Humm... Nós? Lucy?

- Oh claro! Então, como ficou o lance... – pigarreei - De vocês?

Tentei ao máximo não pensar neles dois, sentia que ficaria deprimida com as duas opções: 1 – eles terminaram, e a bruxa má da história sou eu; 2 – se acertaram, e estão pouco se lixando pra mim. As duas alternativas me mantinham longe de Edward, isso sem levar em conta a terceira alternativa: 3 – Estou namorando Jacob Black. 

- Em resumo, eu e Lucy não estamos mais juntos.

- Não? – ignorei a pontada de felicidade que surgiu em meu coração.

- Achamos melhor assim, mas ainda somos amigos, e ela não ficou com raiva de você nem de mim.

- Ah bom... – falei não sabendo mais o que dizer. – Sinto muito, pelo término. – forcei minha voz a não deixar transparecer nem um pingo de alegria.

- E como ficou você e o Jacob? – perguntou um tanto... Carrancudo?

FODEU! O que eu diria? Ainda não estava pronta para contar que estava namorando o Jacob, principalmente para o Edward. Cocei a cabeça tentando achar uma desculpa.

- A gente ficou... – pigarreei novamente. – Bem. O convenci que tudo aquilo era passado.

- Passado? – Edward perguntou, se aproximando de mim. Respondi andando pra trás.

- Si-sim.

- Eu não acho que é passado. – se aproximou cada vez mais, até me fazer bater contra uma árvore. Colocou as mãos de cada lado de minha cabeça, deixando-me sem saída.

- Edward... – sussurrei em repreensão, mas o desejo em minha voz era visível até para mim.

- Sim... – abaixou a cabeça, ficando a milímetros de distancia. Olhei seus lábios hipnotizada. Suspirei baixinho me rendendo, fechando os olhos e fazendo um biquinho. Quando de repente o senti se distanciar. Abrir os olhos confusa.

- Tinha uma folha no seu cabelo. – explicou mostrando um pedaço de folha.

Boa Bella! Agora sim você pagou o mico do ano. Cadê um buraco para se enterrar quando se precisa dele?

- Vamos atrás deles – falei por fim tentando me livrar dessa situação constrangedora.

#20 minutos depois...

- Edward, já passamos por essa mesma árvores umas trocentas vezes! – falei para o energúmeno na minha frente.

- Não exagera Swan.

- Aff! Por que você não admiti que estamos perdidos?

- Porque não estamos. Eu sei por onde ir. – falou olhando ao redor. Em seus olhos eram claros a mentira.

CACETADA, COMO FUI ME PERDER NA FLORESTA COM EDWARD CULLEN?

- Arg! – grunhi socando o ar, quando de repente meu tropecei em uma raiz de árvore no chão, e cai por cima do meu pé. Soltei um grito de raiva e dor.

- Você está bem? – perguntou Edward parando ao meu lado.

- Acho que torci o tornozelo. – toquei o ponto que começava a inchar em meu pé e constarei que realmente tinha machucado.

- Deixa eu ver. – ele pegou meu tornozelo com cuidado e delicadamente foi massageando os pontos mais sensíveis. Disse a mim mesma que o tremor que açoitou meu corpo foi culpa do vento frio que passou por nós. – Está fraturado mesmo. Consegue andar?

- Acho que sim. – e com sua ajuda, me levantei. Ele mantinha meu braço ao redor de seu pescoço, enquanto seu braço rodeava minha cintura, dando-me apoio.

- Mas você é muito atrapalhada mesmo Swan. – resmungou enquanto andávamos.

- Você é que nos fez nos perder Cullen.

- A ideia de vim para floresta foi sua.

- Ah cala a boca. – abaixei a cabeça carrancuda. – Na hora parecia uma boa ideia.

Suspirou olhando para o céu.

- É melhor acharmos um abrigo rápido, parece que vai chover. – e como se a mãe natureza quisesse comprovar essa afirmação, um estrondo de trovão ecoou pela floresta.

40 minutos depois, continuávamos a andar, só que agora completamente encharcados. A chuva tinha chegado rápido, tornando mais difícil andarmos pela floresta.

Deus, o pessoal nos mataria quando chegássemos em casa.

- OLHA, TÁ VENDO AQUILO ALI? – gritou Edward por cima do barulho da chuva, indicando um ponto ao longe.

- EU NÃO VEJO NADA! – respondi.

- PARECE UMA CASA. VOU TE CARREGAR PARA CHEGARMOS MAIS RÁPIDO. – e sem minha permissão, tomou-me nos braços e foi correndo pela floresta, como se eu num pesasse nada mais que uma pluma.

Após alguns minutos, paramos na frente de uma pequena cabana de madeira. Parecia velha e desgastada.

- Será que tem gente? – perguntei.

- Fica aqui que eu vou verificar. – colocou-me no chão e foi entrando devagarzinho na cabana. Abracei-me tentando me livrar um pouco do frio. Alguns minutos depois ele volta. – Esta vazia.

- Ótimo. – era só o que eu precisava para adentrar na casa. Suspirei feliz ao me ver livre da chuva.

Apesar de esta vazia no momento, casa aparentava ainda ter morador, pois havia uma pequena cozinha com panelas na parede e uma sala com uma lareira. De onde estava dava para ver que a casa não tinha quartos.

- Vou ver se há alguma coisa para nos enxugarmos. – falou Edward indo à cozinha. Continuava a me abraçar tremendo dos pés a cabeça. – Não achei toalhas, mas peguei esse cobertor e essa caixa de fósforos para acendermos a lareira.

Entregou-me a coberto enquanto acendia o fogo. Agradeci aos céus quando o calor das chamas começou há aquecer um pouco meu corpo extremamente gelado.

- Acho melhor tirarmos a roupa.

- O-o qu-que? – gaguejei tremendo.

- Tirar a roupa antes que fiquemos doentes.

- Ne-nem pen-pen-sar.

- Ok, mas você como quase médica sabe o que acontece se você ficar com essas roupas molhadas. – falou convencido jogando sua camisa molhada no chão.

Merda, ele tinha razão. A última coisa que eu queria no momento era morrer de hipotermia.

Olhei para cima só para constatar que Edward já havia tirado o resto das roupas, ficando só de coeca box preta.  Fechei os olhos virando-me. Jacob, Bella, Jacob. Invoquei meu mantra enquanto jogava o coberto no chão e tirava a regata pela cabeça. Lentamente tirei o short e fiquei só de lingerie. Peguei rapidamente o cobertor no chão e me cobrir.

- Acho melhor deitarmos um pouco e esperar que a chuva passe. – falou baixo pegando umas almofadas das poltronas que haviam na sala e jogou no chão, se deitando lá, perto da lareira. Eu fiquei parada no mesmo lugar, não sabendo o que fazer. – Sabe Bella, seria legal se você dividisse o cobertor.

Filho da mãe! Com certeza deveria estar se divertindo com isso. Mas eu não podia ser egoísta e ficar com o cobertor todo para mim, apesar dele não falar, eu via seu corpo ter pequenos tremores. E timidamente, fui me deitando ao seu lado, um pouco afastada dele, lhe entregando metade do cobertor.

Vir-me-ei de costas para ele, encarando a parede do outro lado. Que situação constrangedora, pensei. O senti se mexer e logo depois seu peito colar em minha costa. Fechei os olhos com força. Jacob, Bella, Jacob. Mordi os lábios evitando um gemido que quis sair quando seus lábios delicadamente tocaram meu ombro nu.

- Ed-dward...

- Shii... Eu senti sua falta Bella... De seu toque, cheiro, sabor... – e passou o braço ao redor de minha cintura, puxando-me para trás, até meu corpo estar colado com o seu.

- Eu não...

- Só essa noite... – sussurrou em meu ouvido enquanto sua mão descia para a minha coxa a apertando. Não consegui segurar o gemido que veio a seguir. Virou-me de frente para ele, fazendo-me encará-lo. – Bella, será que só por hoje, posso fazê-la lembrar como era ser minha?

Meu coração parou e antes que eu pudesse falar algo, sua boca grudou na minha. Fiquei em choque, antes de sentir sua boca sugar meu lábio inferior e sua mão apertar minha coxa, levando-a a seu quadril. E com um gemido, me rendi.

...*... Link Alternativo ...*...

Ron Pope – A Drop In The Ocea

Suguei seus lábios com paixão, enquanto suas mãos tocavam-me sem medo, deixando um rastro de fogo por onde passavam.

Não acreditava que tivesse esquecido o sabor enlouquecedor de sua boca, o sabor adocicado e ardente que só ele possuía. Mas dessa vez não esqueceria, se fosse só por uma noite, a aproveitaria completamente.

Lhe empurrei delicadamente para trás, até suas costas estarem no chão e subir em cima de seus quadris, ainda beijando-lhe. Suas mãos seguravam minhas coxas com uma força possessiva, enquanto eu distribuía beijos pelo seu peito e barriga. Edward tinha um sabor delicioso e um cheiro que me deixava molhe.

O senti se sentar, ficando cara a cara comigo, antes de sua boca tomar a minha novamente e suas mãos abrirem o fecho de meu sutiã. O ouvi gemer roucamente quando seus lábios tocaram meus seios túmidos. Puxei seus cabelos desgrenhados com força, me perdendo na boca daquele homem que me tirava o fôlego.

Aproveitamos da intimidade que tínhamos, mas que pouco havia sido usada. Provamos do sabor um do outro sem medo ou restrições, éramos novamente Edward e Bella, sem problemas ou conflitos. Toquei-lhe despreocupadamente, me deliciando com os seus gemidos.

E quando chegou o momento de nos preenchermos finalmente, puxei seu rosto para o meu, gritando contra sua boca quando ele entrou com tudo em mim. Gemi de prazer enquanto seu corpo ia e vinha contra o meu; suas mãos tocando-me na parte mais sensível de meu corpo, enquanto sua boca beijava-me os seios. Minhas mãos passavam pelas suas costas e bunda, o trazendo para mais perto de mim.

E quando suas investidas tornaram-se mais frenéticas eu percebi que ambos estávamos chegando perto do ápice do prazer. Lhe abracei com braços e pernas, mordendo seu ombro para evitar o grito quando cheguei ao ponto máximo do prazer. Algumas investidas depois, Edward chegou também, gritando meu nome.

Ambos tínhamos respirações descompensadas. Nossos peitos subiam e desciam. Sua cabeça estava entre meus seios, enquanto eu fazia carinhos em seu cabelo molhado por chuva e suor.

Depois de alguns minutos, levantou o rosto, trazendo em seus lábios um sorriso feliz e tímido ao mesmo tempo, e se possível, meu coração ficou mais descompensado ainda. Lhe devolvi o sorriso cansada. Ele saiu de dentro de mim e deitou-se ao meu lado, trazendo-me para seu peito.

Fechei os olhos me sentido cansada e saciada. Um sorriso se formou em meus lábios quando ele começou a cantar a mesma música que havia cantado na nossa primeira vez. E ao som de sua voz melodiosa e doce, eu adormeci, pela primeira vez desde que voltei, sem um peso em minhas costas.

Ron Pope – A Drop In The Ocean (Tradução)

Uma Gota No Oceano

Uma gota no oceano
Uma mudança no tempo
Eu estava rezando
Para que você e eu
Pudéssemos ficar juntos
É como desejar a chuva
Enquanto eu estou no meio do deserto
Mas estou te segurando
Mais perto do que nunca
Porque você é meu céu

Eu não quero
Perder o final de semana
Se você não me ama
Finja
Mais algumas poucas horas
Então vai ser hora de ir
Enquanto meu trem desce
A costa leste
Eu me pergunto como
Você vai se manter quente
É tarde demais para chorar
Quebrado demais para ir em frente

Ainda não posso te deixar em paz
Na maioria das noites quase não dormi
Não pegue de mim
O que você não precisa

Uma gota no oceano
Uma mudança no tempo
Eu estava rezando
Para que você e eu
Pudéssemos ficar juntos
É como desejar a chuva
Enquanto eu estou no meio do deserto
Mas estou te segurando
Mais perto do que nunca
Porque você é meu céu

Verdade fora de lugar
E velhos amigos
Nunca contando arrependimentos
Pela graça de Deus
Eu não descanso nem um pouco
Nova Inglaterra
Enquanto as folhas mudam
A última desculpa
Que eu vou reivindicar
Eu era um garoto
Que amava uma mulher
Como se fosse uma menininha

Ainda não posso te deixar em paz
Na maioria das noites quase não dormi
Não tire de mim
O que você não precisa

Uma gota no oceano
Uma mudança no tempo
Eu estava rezando
Para que você e eu
Pudéssemos ficar juntos
É como desejar a chuva
Enquanto eu estou no meio do deserto
Mas estou te segurando
Mais perto do que nunca
Porque você é meu céu

O céu não parece mais
Estar longe
O céu não parece estar longe
O céu não parece mais
Estar longe
O céu não parece estar longe

Uma gota no oceano
Uma mudança no tempo
Eu estava rezando
Para que você e eu
Pudéssemos ficar juntos
É como desejar a chuva
Enquanto eu estou no meio do deserto
Mas estou te segurando
Mais perto do que nunca
Porque você é meu céu
Você é meu céu

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