Capítulo 4 - Halloween Sangrento
Vários
meses haviam se passado desde que eu falei com Edward Cullen pela ultima vez.
Vários meses em que eu passava angustiada, sem saber o porquê de ele estar me
evitando. E pior do que ser evitada por ele, era sonhar com ele todas as
noites. Sonhos que se tornavam cada vez mais nítidos. Às vezes acordava no meio
da noite imaginando que ele estava dentro do quarto, comigo, mas era só eu
piscar os olhos e perceber que não se tratava de uma alucinação.
Na
escola ele nem ao menos me dirigia a palavra. Quando eu dava bom dia, ele
simplesmente balançava a cabeça em cumprimento. Depois de dois meses, desistir
de falar com ele. O que deixava a minha vida escolar um pouco melhor, era saber
que eu rapidamente estava me enturmando. Jéssica se mostrou uma grande amiga,
na verdade, acho que minha única verdadeira amiga, pois as outras garotas, só
pareciam ficar perto de mim pela minha subida popularidade.
Daqui
alguns dias haveria o baile de halloween, o que me fez perceber o quanto rápido
passou o tempo. Meses atrás eu era só a garota nova e desengonçada, e hoje,
possivelmente, poderia estar indo ao meu primeiro baile. Possivelmente porque
eu ainda não estava certa de que iria, pois ainda ninguém havia me convidado. E
mesmo se convidassem, não sei se aceitaria, pois o único convite que eu queria
era de um garoto que vivia me ignorando. Jéssica falou que dançaria comigo na
festa, se eu não tivesse par, mas eu não queria atrapalhar seu encontro. Há um
mês ela e Mike Newton - um garoto loirinho com qual eu tinha aula de biologia –
começaram a sair, e segundo ela, essa seria a primeira vez que eles sairiam
para um baile juntos, como “namorados”. Eu não queria esta no meio
atrapalhando.
Nesse
exato momento eu estava na sala de aula, esperando o professor de biologia
entrar na sala. Edward estava ao meu lado, o mais afastado possível de mim. Era
tão estranho estar tão perto e ao mesmo tempo tão longe dele. Mantinha minha
cabeça abaixada, não tendo coragem para encará-lo. Era sempre assim, eu de
cabeça abaixada e ele olhando pra frente.
Eu
milhões de vezes pensei em confrontá-lo, perguntar o porquê de ele estar me
evitando, mas toda vez que eu o olhava, toda a minha coragem se ia.
Hoje
eu pensei que seria um dia normal, como todos os outros. Mas me surpreendi
quando Edward levantou a cabeça e me olhou, com o cenho franzido. Eu pensei em
olhá-lo também, mas no momento eu em que eu ia fazer isso, um menino de cabelos
pretos liso, alto e forte, que eu lembrava ter aula de trigonometria comigo,
apareceu ao meu lado.
-
Oi Bella – falou parecendo um pouco vergonhoso.
-
Oi – respondi timidamente, tentando não me importa como o fato de Edward esta
me encarando.
-
Eu não sei se você sabe, mas eu sou Jay e temos aula de trigonometria juntos.
-
É, eu lembro – falei.
-
Sabe, o baile ta chegando e... Eu queria saber, se... Sei lá... Se você
gostaria de ir comigo – falou abaixando a cabeça e corando.
-
Oh... – foi a única coisa que eu conseguir dizer, tamanho foi o meu susto. Eu estava sendo convidada? Sério mesmo? Eu?
Isabella Swan? A garota desengonçada? Jay continuava na minha frente,
esperando a minha resposta. O que eu
diria? Jay não era a pessoa que eu queria que me convidasse, na verdade a
pessoa que eu queria estava ao meu lado, ouvindo toda a conversa e não fazendo
nada. Mas um sinal que ele não se importa
com você Bella. Pensei.
-
Olha se você não quiser ir, eu entendo ta?... – começou a falar, um tanto
desesperado.
-
Não, não é isso, é que... Você me pegou de surpresa – falei corando. Eu sabia
que Edward jamais ia me convidar e mesmo que ele tivesse me olhando agora, era
só porque, durante meses, era a primeira vez em que acontecia algo diferente. Ele nunca me convidaria pra sair, então
porque ficar esperando? – Eu aceito.
-
Sério? – ele me olhou tão surpreso quanto Edward ao meu lado.
-
É, vai ser legal – falei corando.
-
Ótimo – falou animado e começando a sair – Eu te busco as sete?
-
As sete – falei dando um tchau e vendo ele sair da sala. Logo que ele saiu, eu
abaixei a cabeça e suspirei alto. O que
eu tava fazendo? Pensei. Eu jamais
fui a um baile, ainda mais de halloween, o que eu ia fazer? Edward
continuava a me encarar, o que já estava me dando nos nervos. Se ele queria
falar algo, tinha que ter falado antes de eu aceitar aquele pedido – Humm... –
gemi passando as mão no rosto e levantando a cara. Edward parecia que ia dizer
algo, mas o professor chegou na hora.
Aquela
aula se passou lentamente. Edward em nenhum momento desviou os olhos de mim, e
eu em nenhum momento olhei pra ele. Mas
por que ele estava agindo assim? Era a única coisa que eu conseguia pensar.
Estava tão concentrada em não olhar pro Edward, que quando o professor me fez
uma pergunta, eu dei a resposta errada. Fiquei mais vermelha do que uma pimenta
quando isso aconteceu. Agradeci aos céus quando a campa soou, informando o fim
de mais um dia. Virei-me como de costume, arrumando meu material.
-
Bella? – me surpreendi ao ver que ele estava conversando comigo, depois de todo
esse tempo. Tentei ao Maximo não ligar pro fato de ter tremido quando ele
pronunciou meu nome.
-
Sim? – me virei o encarando. Deus como
ele era lindo. Eu o via todos os dias, mas mesmo assim, não conseguia me
acostumar com sua beleza. Sua pele branca como giz me encantava, seu corpo, que
mesmo escondido pela roupa, dava pra perceber que era musculoso e definido. Em
poucas palavras... Edward Cullen era uma tentação de homem. O que? Bella para de pensar besteira. Repreendi-me
mentalmente. Esperava que esse meu dialogo interno tivesse sido claro só pra
mim, pois seria realmente constrangedor se
Edward percebesse que eu o achava gostoso. GOSTOSO?
Desde quando eu uso essa palavra? Teria que parar de da corda pras
conversas nem um pouco inocentes de Jéssica.
-
Você vai mesmo com aquele cara pra festa? – perguntou de repente, o que me
deixou um pouco irritada. Depois de meses sem me dirigir a palavra, era sobre
isso que ele queria falar?
-
Que eu saiba isso não é da sua conta – falei tentando não ser muito grossa.
- Mas você vai com um...
-
Com um o que Edward? – o interrompi agora realmente irritada – Olha... Você me
ignora durante meses, nem dizer bom dia você diz, agora vem querer satisfação?
Faça-me o favor...
-
Me desculpa Bella... – sussurrou e eu vi um sentimento de dor passar pelos seus
olhos – Não podemos ser amigos Bella - Ri debochadamente quando ele disse isso.
-
Eu reparei nisso quando de repente você parou de falar comigo... – falei
colocando a alça da mochila no meu ombro e me virando de volta pra ele – Eu já
me acostumei a ser ignorada há anos Edward, mas eu realmente odeio quando as
pessoas fingem ser meus amigos e de uma hora para outra param de falar
comigo... Eu já passei por isso, sei a sensação das pessoas te darem as
costas... – falei lutando muito com as lágrimas que ameaçavam rolar pelo meu rosto
– E eu não gosto dessa sensação, e sinceramente, quando você parou de falar
comigo naquele dia... Foi isso que eu senti.
-
Bella... – sussurrou tentando chegar mais perto de mim, mas eu me afastei.
-
Pode relaxar Edward, você não vai precisar se preocupar em ser meu amigo –
falando isso lhe dei as costas, não me importando nem um pouco com os outros
alunos que observavam nossa conversa.
De
primei pensei em ir ao banheiro e chorar como eu queria, mas ai a lembrança
daquele meu primeiro dia de aula veio em minha cabeça, e eu rapidamente mudei
de idéia. Fui correndo pro meu carro, pela primeira vez não me importando com a
chuva que molhava meu cabelo. Entrei no carro, batendo a porta com força.
Liguei o aquecedor e me controlei ao Maximo pra não chorar. Seria realmente
deprimente chorar por uma coisa tão boba como o fato do Edward não querer seu
meu amigo. Mas eu não o culpava... Quem
gostaria de ser amiga de alguém como eu? Uma louca desvairada, nem um pouco
atraente e engraçada.
-
Arg... – grunhi batendo a mão no volante com força e virando a cara pra janela.
Do outro lado estava Edward, encostado em seu maldito Volvo prata reluzente
esperando seus irmãos. Seu olhar era fixo em meu carro e por um momento jurei
que nossos olhos se encontraram, mas era só uma loucura da minha cabeça, pois a
película da janela era bem escura. Virei a cabeça e liguei o carro, sai de lá
bufando.
Quando
cheguei em casa, Kate ainda não estava lá, o que muito me agradou. Não queria
que ela me visse chegando nesse estado. Subi e fui tomar um banho frio, o que
era meio idiota, já que o clima em Forks estava congelante, mas desde pequena,
quando eu ficava com raiva, a única coisa que me fazia ficar calma era um banho
frio.
Tremi
quando senti a água fria se chocar contra meu corpo. Gemi quando lembrei da
minha conversa com Edward. O pior era saber que eu não sentia raiva dele e sim
de mim. De mim por ser uma idiota que tinha esperanças que Edward um dia me
olharia. Caras como Edward não ficam com garotas como eu. Caras como ele ficam
com lideres de torcida loiras e bonitonas. Gemi de novo forçando-me a esquecer
o Edward e me concentrar no meu banho.
Sai
do banho só quando percebi que meus lábios já estavam começando a ficar roxos e
meu corpo tremendo muito. Entrei no meu quarto percebendo barulhos no andar de
baixo, mas não me importei, com certeza era Kate que já devia ter chegado.
Troquei de roupa rapidamente. Como tinha ficado muito tempo debaixo d’água meu
corpo estava frio, então optei pro uma roupa bem quentinha. Sabe aquela sensação
desconfortável de que você estava sendo observada? Bom era assim que eu me
senti no momento. Sabia que ela loucura minha, já que tanto minha janela quanto
a porta do quarto estavam trancadas, mas mesmo assim essa sensação não se foi,
por isso me troquei o mais rápido possível. Desci correndo quando ouvi o
barulho de porta se abrindo.
-
Oi Bella – cumprimentou-me Kate entrando em casa, atrás dela vinha Garrett
carregando algumas sacolas.
-
Oi – respondi com o coração acelerado. Se ela tinha acabado de chegar, quem é
que estava fazendo aqueles barulhos antes? – É, vocês estão chegando agora?
-
Sim – respondeu Garrett sorridente, mas no momento em que pisou dentro de casa,
seu sorriso foi desaparecendo, e seu rosto se transformou em uma mascara de
duvida, seu cenho estava franzido, seu nariz inflou e seus olhos me encaravam
arregalados.
-
Por quê? – perguntou Kate.
-
Não, é que... – comecei em duvida se continuasse, mas eu sabia que tinha ouvido
alguma coisa aqui em baixo, e se não foi Kate, só podia ser outra pessoa – Eu
ouvi barulhos aqui embaixo d’agora, e eu pensava que era você, mas você chegou
agora.
-
Barulhos? – perguntou Garrett sério – Que tipo de barulhos?
-
Ah sei lá, porta de armário se abrindo – expliquei tentando deixá-lo mais
calmo, mas não adiantou muito, pois se possível, sua cara ficou mais séria
ainda – Olha deve ter sido só um vento.
-
É, deve ter sido – respondeu secamente, como se não acreditasse nem um pouco
naquilo, se virou de repente pra Kate e falou – Eu vou ter que ir.
-
O que? Mas você não ia ficar pro jantar? – perguntou com o cenho franzido.
-
É, mas lembrei que tenho que corrigir algumas provas – falou apressadamente e
deu um selinho em Kate e depois se despediu, indo embora. Ficamos nós duas lá,
paradas, encarando a cena bizarra que tínhamos presenciado.
-
Digo e repito... Seu namorado é muito estranho – comentei pra quebrar o clima
ruim que estava e parece que funcionou, pois Kate começou a rir.
-
Então como foi o dia hoje? – perguntou colocando nossa comida na mesa. Ao que
parece ela não estava a fim de cozinhar hoje, pois trousse comida pronta do
restaurante.
-
Normal – respondi pegando os pratos. Não havia necessidade de contar que eu
briguei com o menino mais lindo do colégio – Fui convidada pra festa de
halloween.
-
O que? – perguntou parando o que fazia e me olhando de olhos arregalados.
-
Eu fui convidada para o baile – repetir e ela continuava a me olhar surpresa. Droga! Será que era tão difícil assim
acreditar que eu fui convidada para uma festa?
- Oh Bella isso é maravilhoso – falou
emocionada e veio me abraçar. Pra ela devia ser realmente maravilhoso eu sair
com um menino. Em toda a minha curta vida, nunca tive um encontro e jamais
beijei na boca. Quando Kate falou comigo sobre sexo pela primeira vez, eu não
sabia o que pensar, já que eu jamais tive contato com um garoto, e acho que ela
se sentia culpada por isso, afinal, quem em sã consciência, no auge dos seus 17
anos não tinha namorado ainda? – Iai me conta? Como ele é?
-
Ah, eu não sei... Eu nunca falei com ele... Ele simplesmente me convidou e
pronto – falei mais vermelhar do que uma pimenta.
-
Ai Bella finalmente! – exclamou animada e começou a tagarelar sobre coisas que
eu resolvi ignorar.
E
assim passou o jantar. Kate em nenhum momento parou de falar sobre o meu
“encontro” com o Jay, eu realmente não estava muito a fim de ir nessa festa,
seria até interessante, se no lugar do Jay estivesse um garoto de cabelos cor
de bronze, olhos castanho dourado e que vivia me ignorando. Para Bella! Você tem que esquecer o Edward. É,
mas é meio complicado esquecer daquilo que você nunca teve. Suspirei com esse
pensamento.
-
Então Bella?
-
Então o que?
-
A fantasia? Do que você vai?
-
Oh eu... – falei abaixando a cabeça e corando por não ter aprestado atenção na
sua conversa – Não pensei em nada ainda.
-
Você poderia ir de princesa, seria tão lindo – falou com os olhos azuis
brilhando, fiz uma careta quando ela falou isso.
-
Você pensar numa coisa menos constrangedora do que isso – falei abaixando a
cabeça.
Quando
acabei de comer, ajudei Kate com os pratos e subi de volta pro meu quarto.
Ainda era cedo, então resolvi fazer o trabalho que o professor de inglês tinha
passada. Já era quase 21:00 horas quando meu celular tocou. Achei estranho, já
que ninguém me ligava, digamos que eu não era muito conhecida.
-
Alô?
-
Fala a verdade, é sério que você vai com
Jay Smith pra festa de halloween? – falou Jéssica histeria do outro lado da
linha.
-
Humm... é – respondi simplesmente.
-
HHHHAAA Bella isso é incrível! O Jay é
ótimo, é simpático, engraçado, inteligente e super gato – terminou rindo – Que o Mike não escute isso... – eu já ia
falar quando ela me interrompeu – Ei
precisamos ir às compras... Amanhã depois da escola a gente vai a Port Angeles,
comprar as nossas fantasias ok?
-
Tá – falei sem nem um pingo de animo. Odiava compras. Em minha opinião era
dinheiro jogado fora.
-
Credo! Pra quem vai a uma festa com um
gato, você não parece muito animada.
-
Não, é que... – falei mordendo a unha do dedão da mão – Eu to com muita coisa
na cabeça.
-
Sei, e essa coisa tem nome e sobrenome
né? E eu até sei qual é... Edward Cullen – eu não consegui responder nada,
afinal ela tava certa. Desde aquele episodio na sala aquele garoto irritante,
idiota, lindo, encantador... Chega Bella!
Gritei mentalmente, não saia da minha cabeça – Eu soube da sua pequena discussão com ele na sala hoje.
-
Ah é? E como você ficou sabendo? – perguntei mesmo já imaginando como.
-
É assunto mais comentado na escola hoje –
gemi em desgosto quando ela disse isso, o que a fez rir.
-
Ótimo... Ele já me odiava antes, agora então...
-
Ele não te odeia, ele só está sendo um
Cullen... – justificou e mesmo pelo telefone a senti dando de ombros – Um Cullen que ignora a todos.
-
É você deve esta certa – falei suspirando e de repente me sentindo cansada
daquela conversa – Jess a gente podia conversa amanhã? É que realmente eu to
morta de cansaço.
-
Claro – respondeu e eu vi que ela
tinha entendido que eu não queria mais conversa – Não esquece de avisar a sua tia pra amanhã.
-
Não vou esquecer.
-
Ok, bom beijos e até amanhã.
-
Tchau Jess – falei e desliguei o celular. Recostei minha costa na cabeceira da
cama e passei a mão pelo cabelo, o colocando pra trás e comecei a morde a unha
do dedão da mão de novo. Eu sempre fazia isso quando estava nervosa, o problema
era que eu não sabia o porquê de esta nervosa, o que só piorava as coisas.
Suspirei
fechando os olhos. Tudo o que eu mais queria era parar de pensar nele, mas parecia que aquele garoto me
perseguia. Toda vez que eu fechava os olhos sua imagem aparecia em minha mente.
A imagem de seu sorriso torto - tão raro em sua face fria e tensa, de seus
olhos incrivelmente castanhos, de seu rosto quadrado e de seu corpo másculo.
Gemi deitando na cama e colocando a cara no travesseiro. Eu tinha que parar de pensar nele urgentemente. E foi com esse
pensamento que eu caí na inconsciência.
“Suas mãos frias passavam pelo meu
corpo de forma terna, mas ao mesmo tempo intensa. Seus lábios macios como seda
distribuíam beijos por todo o meu colo. Começando do meu pescoço, onde ele deu
pequenas mordidinhas, aos meus seios, que já estavam totalmente eriçados.
Seu corpo nu e frio sobre o meu não
me causava frio, ao contrario, me deixava cada vez mais quente. Sua língua
gélida me causava arrepios e seu toque firme me deixava mais excitada.
Não me importava nem um pouco de
estamos, os dois nus, no meio de uma capina, aonde qualquer um poderia nos ver.
Eu só queria ele, de todas as formas possíveis. Queria que ele me pegasse e me
fizesse sua ali mesmo. Fizesse nós dois sentirmos o prazer que queríamos
sentir. O prazer de ter o corpo colado um no outro. O prazer de sentir o membro
dele entrando em mim, e sentindo o meu calor, o calor que tanto fazia falta a
ele, mas que eu não me importaria nem um pouco de dar.
- Bella... – ele gemeu enquanto
passava a ponta da língua em meu seio esquerdo, fazendo com que eu gemesse,
pedindo mais. Uma de suas mãos foram para meu seio direito, onde o aperto com
força, fazendo com que eu gemesse mais alto e arqueasse as costas, pedindo mais
contato. Quando fiz isso, sua boca finalmente abocanhou meu seio esquerdo, o
chupando com força e puxando o bico. Sua outra mão massageava meu outro seio e
sua mão livre ia pra minhas coxas, onde as apertava e acariciava indo do joelho
a virilha, me deixando mais excitada ainda.
- Edw... – não consegui terminar,
pois nessa hora ele me penetrou com um dedo, não chegando realmente a ir fundo.
Seu dedão esfregava meu clitóris inchado com força, fazendo com que eu gritasse
alto pedindo por mais.
- Você quer isso amor? – sussurrou
em meu ouvido e colocou mais um dedo. Ele fazia um movimento de vai e vem, me
estocando rápido. Fazendo seus dedos irem lá fundo, mas não rompendo a minha
barreira – Responda Bella... Você quer mais? – eu não conseguia responder nada,
então simplesmente balancei a cabeça em confirmação. E pro meu total delírio,
me penetrou com mais um dedo, o que fez eu gritar e arranha as unhas em sua
costa, mesmo sabendo que ele não sentiria. Agora já eram três dedos dentro de
mim e seu dedão ainda esfregava meu clitóris. E agindo sem pudor algum, comecei
a rebolar em seus dedos, mordendo os lábios quando ele ia mais fundo – Geme,
geme pra mim amor – falou e mordeu o bico do meu seio direito, o que me fez
gritar mais ainda.
Eu gemia seu nome como uma louca.
Pedia para ele ir mais rápido e fundo. Ele mamava em meus seios, enquanto seus
dedos faziam descobertas inacreditáveis em mim. De repente senti meu centro
esquentar mais, e eu apertar mais os dedos dele em minha intimidade. Eu comecei
a rebolar mais rápido em sua mão, pedindo a minha tão incrível libertação de
prazer.
- Isso amor, goza pra mim... –
falou estocando mais rápido. Quando ele puxou o bico do meu seio com força, eu
gritei um grito de dor e prazer, chegando ao tão esperado ápice. Meu corpo
tremia, e minha respiração estava totalmente desacelerada. Seus dedos estocavam
lentamente dentro de mim, até que foram parando de acordo com a minha
respiração.
Edward levanto o rosto dos meus
seios e me encarou com os olhos negros de desejo. Ele mantinha um sorriso
malicioso nos lábios, o que me fez ficar molhada na hora. Ele foi aproximando o
rosto do meu, passando o nariz pelo meu pescoço, me causando arrepios. Tremi
quando seu corpo frio tocou no meu quente e gemi quando senti seu membro um
pouco abaixo do meu ventre.
- Você quer isso Bella? – perguntou
puxando meu lábio inferior e levando a minha direita ao seu membro. Nós dois
gememos quando eu apertei. Ele era tão duro e grande. Fazia com que eu ficasse
mais molhada ainda. – Responda Bella – rosnou apertando minha coxa, o que me
fez gemer.
- Si...sim – gaguejei esfregando as
pernas, tentando senti alguma alivio.
- Você quer que eu te foda aqui? –
perguntou amaciando meu clitóris com força.
- OH SIM! – gritei.
- Então se prepare – avisou e abriu
as minhas pernas, se acomodando melhor entre elas. Colocou a cabeçinha de seu
membro em minha entrada e sussurrou em meu ouvido – Eu te amo Bella – dizendo
isso mordeu meu pescoço ao mesmo tempo em que me penetrava.”
Gritei
caindo da cama. De primeira não reconheci onde estava. Antes estava em um lugar
claro e cheio de árvores e agora estava embolada nos lençóis caída no chão do
meu quarto. Suspirei ao constatar que tudo não passou de um sonho. Um sonho
muito diferente do que eu estava acostumada, tenho que acrescentar. Meu rosto
ficando vermelho só de lembrar.
Levantei
do chão, sentindo uma leve sensibilidade em meu corpo. Quando esfreguei as
pernas, entendi por que. Estava muito molhada, o que me surpreendeu, já que eu nunca fiquei assim em toda a minha vida.
Passei a mão esquerda pelo meu seio direito e tive que morde os lábios ao senti
que ele estava mais sensível ainda. Desci minha mão direita pela minha barriga
e enfiei dentro da minha calçinha tocando a minha feminidade. Foi impossível
controlar o gemido que saiu dos meus lábios ao senti o quando molhada eu
estava. Eu estava completamente sensível lá, meu clitóris estava inchado, o que
me fez gemer ainda mais ao tocá-lo, me fazendo lembrar do sonho, onde Edward me
tocou lá, onde ele me estocou com seus dedos frios.
-
Humm... – gemi quando me penetrei com dois dedos. Minhas pernas tremeram e eu
quase desabei no chão. Apertava meu seio, enquanto me estimulava com meus
dedos, imaginando Edward fazendo isso – Edwarrrd – gemi fechando os olhos e
estocando mais rápido. De repente ouvi um barulho no lado de fora da casa e a
árvore perto da minha janela se mexendo.
Parei rapidamente de me toca e corri pra janela, pra ver o que era. Lá
fora nada parecia fora do normal. O céu continuava cinza – o que era normal em
Forks, alguns pingos de chuva caiam e a árvore que eu vira se mover, foi só o
vento a mexendo. Suspirei ficando de costa para janela e desabando no chão. Não
acredito no que tinha acabado de fazer. Eu
estava mesmo me masturbando? O que estava acontecendo comigo? Jamais havia
feito isso antes e agora, só porque eu tive um sonho “quente” com o Edward, eu
estava me tocando?... Com certeza precisava de um banho frio!
__________________§___________________
Saí
do meu carro de cabeça abaixada. Não conseguia encarar ninguém hoje, não depois
do que eu tinha feito mais cedo. Tá que não era grande coisa, hoje em dia
muitos jovens fazem isso, mas não eu,
uma garota que nem beijou ainda. Sentia meu rosto aquecer só de lembrar.
-
Buh! – falou Jéssica pulando em minha costa e me dando um susto.
-
Ai você me assustou – falei arfando.
-
Eu sei – respondeu sorrindo e dando de ombros e começando a andar ao meu lado –
Iai falou com a sua tia?
-
Falei, a gente vai no meu carro ou no seu?.
-
No seu, vim de carona com o Mike hoje – falou sorrindo maliciosamente e
chegando mais perto de mim – Ele dormiu lá em casa ontem.
-
O que?
-
Meus pais não estavam em casa, ai depois que eu falei com você ele apareceu –
falou como se fosse à coisa mais normal do mundo.
-
E vocês fizeram alguma coisa? – perguntei corando logo em seguida. Droga! Hoje eu to pra corar!
-
Claro que não né Bella? – falou rindo nervosamente – Mas as coisas ficaram um
pouco quentes, se é que me entende!
-
É, eu entendi – falou louca pra acabar com aquela assunto, ele fazia com que eu
lembrasse mais do sonho.
-
Mas iai? O que você fez depois que a gente se falou?
-
Ah nada de mais, eu só dormi – falei dando de ombros. Não era necessário falar
que eu tive um sonho erótico com Edward Cullen e nesse sonho ele era um vampiro
que me mordia na hora que me penetrava. Fiquei vermelha só de pensar nisso.
-
Ah ok! – falou me olhando em duvida, provavelmente se perguntando o porque do
meu rosto vermelho.
Estávamos
quase chegando a nossa sala, quando o vi. Ele passava no sentido contrario no
corredor, estava de cabeça abaixada e se possível mais lindo que antes. Quando
o olhei, as imagens do sonho vieram com tudo em minha mente, a imagem de seus
olhos, boca, corpo... Tudo o que eu via era ele. No momento em que ele ia
passando no meu lado, ele levantou a cabeça e me olhou diretamente. Seus olhos
estavam idênticos aos do sonho... Negros de desejo. Quando seu olhar se
conectou com o meu, ele lambeu os lábios sensualmente, me aquecendo de um
formar incrível. Eu queria tanto chegar mais perto, tocá-lo, fazê-lo me tocar
como havia tocado no meu sonho, não me importaria se fosse na frente de toda a
escola, eu só queria que ele me pegasse e... CHEGA ISABELLA! Meu lado racional gritou. O que eu estava pensando? Deus! Eu estava virando uma depravada,
pensei. Abaixei a cabeça, corando mais do que antes e puxei Jéssica pelo braço,
fazendo-a acelerar o passo. Logo que entrei na sala de aula fui me sentar no
meu lugar. Fiquei de cabeça abaixada tentando normalizar minha respiração.
-
O que houve? – perguntou Jéssica sentando ao meu lado.
-
Nada – respondi ainda de cabeça abaixada.
-
Nada? Bella eu não sou idiota ok? Tem alguma coisa havendo, e eu acho que tem
haver com o clima que rolou entre você e o Cullen agora pouco no corredor.
-
Não rolou clima nenhum – menti descaradamente.
-
Não parecia, na verdade parecia que vocês iam se pegar ali mesmo – falou
cruzando os braços.
-
Olha não aconteceu nada ok? – falei passando as mãos pelo rosto e respirando
fundo. A olhei mais calma e sussurrei – Eu sonhei com ele noite passada.
-
Que tipo de sonho? – perguntou com o cenho franzido.
-
Sonho em que a gente fez coisas... – falei corando.
-
Que coisas?
-
Provavelmente coisas que você e Mike fizeram noite passada – falei mais
vermelha do que uma pimenta. Achava que isso fosse o suficiente para ilustrar a
história.
-
Oh meu Deus! – falou pasma – Você teve um sonho erótico com Edward Cullen!
-
Shii... - sussurrei – Quer que todo mundo saiba?
-
E se souberem? Não é como se você fosse a primeira pessoa a ter um sonho desses
com ele.
Não
gostei quando ela falou isso. Fazia parecer que toda garota dessa escola já
sonhou como ele, o que, pela cara dela, era verdade.
-
Tá, mas mesmo assim, eu não quero que ninguém saiba.
-
Ok – falou levantando as mãos em rendição, mas eu senti que ela não pararia por
ai... – Nossa! Você ter sonhado com ele, é tão... Tão...
-
Vergonhoso – completei.
-
Por quê?
-
Porque sim. É totalmente vergonhoso uma garota que nunca beijou na vida, ter um
sonho erótico com um garoto.
-
Não é errado você sonhar que esta tendo um orgasmo – disse, me deixando mais
vermelha do que antes – E é sério que você nunca beijou?
Não
respondi. Tanto porque eu não queria, quanto pelo professor que tinha acabado
de entrar na sala. Depois disso, Jéssica não retornou a esse assunto. Fiz o
possível para deixá-la distraída com outros assuntos, como por exemplo, as
nossas fantasias. Se eu não tivesse tão a fim de não deixá-la me importunar com
o lance do Edward, eu jamais tinha prolongado tanto aquele assunto.
Na
hora do lanche, não tive coragem de ir ao refeitório, pois tinha certeza
absoluta que ele estaria lá, e sua família também, o que seria mais
constrangedor ainda, por isso fui para trás da escola, alguns alunos ficavam lá
quando não tinham o que fazer, não estava co fome, então simplesmente fiquei
sentada em uma das mesas de piquenique que lá tinha e fiquei escutando musica,
até a hora que a campa batesse para o próximo horário.
Na
aula de biologia não tive coragem alguma de encarar o Edward, e quando eu digo
“não encarar” é não encarar mesmo, não levantei a cabeça em nenhum momento,
tanto que a posição já estava me dando dor no pescoço. Edward para a minha
alegria também não me olhou, só ficou olhando pra frente. Quase pulei de
alegria quando a campa soou, não agüentava mais ficar daquele jeito.
Praticamente corri pra fora da sala, sem me importa com ninguém.
Suspirei
aliviada quando cheguei ao lado de fora da escola, inspirando o ar frio e
úmido. Corri pro meu carro, para esperar a Jéssica. Mantive a cabeça baixa o
tempo todo, pois sentia que ele estava por perto e pior... Me olhando.
-
Ei não te vi no refeitório hoje... – disse Jéssica parando na minha frente – Tá
tudo bem?
-
Yeah, só não tava com fome – falei abaixando a cabeça pra ela não ver que eu
estava mentindo.
-
Ok... Então pronta pra ir?
-
Ahan.
Entramos
no meu carro e eu dei a partida o mais rápido que consegui. Antes de sair do
estacionamento, tive um vislumbre de Edward olhando para o meu carro
sorrindo...
A
viagem até Port Angeles foi calma. Jéssica falou a maior parte do caminho e
quando não estava falando, estava cantando as musicas que tocavam no rádio. Graças
ao bom Senhor, ela se tocou que eu não queria mais falar do Edward, e em nenhum
momento tocou no nome dele, o que eu muito agradeci.
Tinha
vindo a Port Angeles só uma vez, e foi uma semana depois de ter chegado a
Forks. A cidade não era muito grande, mas ganhava de Forks, o que não me
surpreendia nenhum pouco.
Chegamos
à loja de fantasias rapidamente. Ela estava toda enfeitada com adereços de
halloween, na verdade a cidade toda estava. As casas que passamos estavam todas
enfeitadas com caveiras, bruxas, abóboras, entre outros.
-
Em que posso ajudá-las? – perguntou a recepcionista fantasiada de fada. Juro
que tive que me segurar para não rir. A fantasia não combinava nada com ela,
ela era cheia de tatuagens pelo braço e usava piercing no rosto.
-
Queremos fantasias para uma festa de halloween – falou Jéssica animada. Logo a
recepcionista nos levou a uma área onde só tinha fantasias de halloween,
fantasias bem bizarras tenho que acrescentar. Lobisomens, múmias, zumbis e...
Vampiros. Ótimo!
Ficamos
um tempo procurando e eu não achava nada pra mim. Todas as fantasias de menina,
iam de ousado a extremamente sexy, e eu posso ser tudo, menos ousada e sexy.
-
Iai achou alguma coisa? – perguntou Jéssica ao meu lado, olhando umas
fantasias.
-
Não, nada.
-
Gostei dessa, o que acha? – perguntou me mostrando uma fantasia de bruxa. O
vestido preto cheio de detalhes ia até o meio de sua coxa, e vinha com um chapéu
pontudo, típico de bruxa.
-
É lindo, aproveita, pedi pro Mike ir de Harry Potter – brinquei curtindo com
sua cara, ela só fez rir sarcasticamente e entrar em uma das cabines. Continuei
a procurar enquanto ela ainda estava lá dentro. Depois de cinco minutos
desisti. Realmente não tinha nada pra mim lá, se não achasse nada, pegaria a
idéia que dei a Jéssica e ia de Harry Potter.
-
Então como ficou? – perguntou saindo da cabine já vestida com a fantasia. Ela
ficou linda, o seu corpo esbelto fez o vestido ficar mais lindo ainda, e seus
seios voluptuosos ficaram bem destacados.
-
Você esta perfeita.
-
Sério? Você acha que o Mike vai gostar?
-
Se ele não gostar, pode ter certeza que ele tem sérios problemas – falei com
sinceridade. Ela me olhou sorrindo e voltou pra cabine pra tirar a roupa.
Fiquei esperando no lado de fora até que ela saiu.
-
Não achou realmente nada?
-
Nada que sirva pra mim.
-
Ah Bella, é só questão de você ser mente aberta – falou e me deu sua fantasia
enquanto foi procurar outra em uma das aras. Ficou um tempo procurando, até que
de repente gritou entusiasmada – Essa Bella – falou e me jogou outra fantasia.
Quanto
mais eu via a fantasia mais eu percebia que Jéssica estava louca achando que eu
iria usar aquela fantasia, se aquilo pudesse ser chamado de fantasia, pois parecia
mais um pedaço de pano. Ela era toda preta, com forro vermelho, de alças e pra
piorar... curto, o que não ajudava muito, já que não ficaria nem um pouco
bonito com as minhas varetinhas/pernas. O busto ficava bem exposto e a cintura
bem marcada, mas não foi exatamente isso que me fez ficar com um pé atrás, foi
a minha concepção atrasada de que aquilo era uma fantasia de vampira, o que não
podia ser pior pra mim agora.
-
Absolutamente não! – falei lhe devolvendo o vestido.
-
Por que não?
-
Por quê? Jéssica, porque eu pareço uma... – parei de falar, percebendo que
falaria besteira – Eu não ficarei bonita e eu não gosto de vampiros.
-
Ah qual é Bella? Todo mundo gosta de vampiros, são os seres sobrenaturais mais
excitantes que existe – falou me olhando maliciosamente, provavelmente se
lembrando do que eu tinha dito sobre o sonho.
-
Jéssica eu não vou usar isso, não fica bonito em mim, já viu a finura das
minhas pernas e o tamanho dos meus seios e bunda?
-
Tem gente que gosta.
-
Ah claro, quem é que gosta de uma garota que parece uma vareta?
-
Edward Cullen por exemplo.
Droga
ela tinha pegado no meu ponto fraco e pelo sue olhar, ela sabia disso. Nota
mental: nunca mais contar um sonho constrangedor para Jéssica.
-
Jéssica...
-
Nada de “Jéssica”, você vai usar isso aqui sim, vai ficar perfeito, vai deixar
tanto o Jay quanto o Edward louquinhos.
-
Mas eu não quero deixar ninguém louco.
-
Mas deveria, pois apesar do que você diz, você é uma mulher linda Bella.
Ficou
me olhando sorrindo, com aquela cara de cachorrinho sem dono sabe? Que faz seu
coração amolecer. Suspirei antes de responder...
-
Tudo bem, eu vou com essa fantasia.
-
Isso! – exclamou alegremente Jéssica – Agora vai provar que ainda temos muita
coisa pra ver.
O que mais teria pra ver? Pensei.
Experimentei
a roupa rapidamente, e ela coube perfeitamente em mim, é claro, levando em consideração
as partes que ficaram meio largas, por falta de conteúdo, mas tentei não me
importa com isso.
Quando
sai, Jéssica já tinha pagado sua fantasia e só estava me esperando. Paguei a
minha, (ficando feliz por saber que não era tão cara assim, pois infelizmente
andava com pouca grana na carteira, ainda não havia conseguido emprego) e
saímos da loja. Lá fora já estava escuro, o que me surpreendeu. Nem tinha
percebido que passamos tanto tempo dentro da loja. Fomos à outra loja, só que
essa era de acessórios, compramos tudo o que Jéssica disse ser essencial para
uma boa caracterização. Eu só revirava os olhos quando ela dizia isso. Quando
já era umas 07h30min p.m já tínhamos comprado tudo e resolvemos comer algo.
Fomos a um restaurante italiano e lá ficamos até umas 08h10min p.m. Logo que
terminamos de jantar, fomos embora. O caminho de volta foi tranqüilo e rápido,
o que me surpreendeu, já que meu carro não era um dos mais velozes. Deixei-lhe
em sua casa e fui pra minha. Quando cheguei lá, Kate e Garrett estavam na sala
assistindo alguma coisa na TV.
-
Boa noite – cumprimentei assim que cheguei à sala, carregando as sacolas.
-
Ah boa noite Bella – falou Kate se levantando e parando na minha frente – Iai?
Comprou a fantasia?
-
Comprei – falei abaixando a cabeça – Não é uma coisa que um dia eu imaginaria
usar.
-
Por quê?
-
Você vai ver – falei e comecei a ir em direção a escada – Eu já vou dormi tá?
-
Já comeu? – perguntou, eu só afirmei com a cabeça e subi.
Deixei
a sacola com as compras em um canto qualquer do meu quarto e fui tomar um
banho. Fiquei um bom tempo debaixo d’água tentando relaxar os meus músculos,
tinha sido um longo dia. Rever Edward hoje me deixou mentalmente cansada, eu
não era acostumada a fugir das pessoas, na verdade, eram elas que fugiam de
mim. Fiquei agradecida a Jéssica por ter tido a idéia de sair hoje,
provavelmente se eu ficasse em casa pensaria besteira. Sai do banho depois de
uns trinta minutos, troquei de roupa e fui me deitar. Estava exausta, tudo o
que eu queria agora era uma boa noite de sono, de preferência sem sonhos com
Edward Cullen. E foi assim, tentando não pensar em Edward, que eu caí na
inconsciência.
__________________§____________________
Três
dias haviam se passado desde aquele fatídico dia em que eu sonhei com Edward
Cullen. Três dias que eu nem ao menos olhava em sua cara. Ainda era difícil
ficar sem ele, mesmo tendo me acostumado com isso quando ele me ignorou durante
aqueles meses. Hoje era sexta, dia da maldita festa de halloween. O que me
parecia ser uma coisa legal antes, agora parecia mais um castigo que eu estava
pagando. Ao contrario de Kate e Jéssica, que com o passar do tempo, mais
ficavam animadas com a festa. Agora eu estava no quarto de Kate, me olhando em
seu espelho completamente pronta. Meus cabelos castanhos caiam em cachos
perfeitos pelas minhas costas, meus olhos estavam marcados por uma maquiagem
pesada e meus lábios rosadas. Meu rosto estava
vermelho, mas não por causa do blush, e sim por quase do meu total
constrangimento de me ver vestida naquelas vestes. O vestido curto ficava mais
curto ainda com aqueles saltos enormes que Jéssica me mandou usar, eu até
tentei convencê-la a me deixar usar sapatilha, mas ela disse que vampira que se
preze usa salto alto. Treinei andando com aqueles saltos por três dias, o que
me causou uma quantidade absurda de hematomas, por causa das quedas.
-
Você está linda Bella - Falou Kate entrando no quarto. Eu só fiz fazer uma
careta em agradecimento – Ainda não acredito que ela lhe convenceu a usar essa
fantasia.
-
Duas que não acreditam – falei mal humorada. Ela ficou me olhando um tempo,
como se estivesse procurando algum defeito.
-
Não seria melhor você tirar o...
-
Não! – a interrompi, sabendo o que ela diria. Ela queria que eu tirasse o colar
com os anéis de compromisso dos meus pais. Tinha achado depois da morte deles,
enquanto arrumava algumas coisas para doação. Era uma das poucas coisas que eu
pude ficar, jamais tirava do pescoço, era como se fosse o meu medalhão da
sorte.
-
Ok... – sussurrou, e logo em seguida ouvimos o barulho da campainha. Era agora,
não tinha como voltar atrás. Respirei fundo e sai do quarto. Kate já tinha
descido pra atender a porta, eu até teria feito isso, se andar naqueles saltos
não tivesse tão difícil. Minhas pernas tremiam a cada passo que eu dava, eu
tinha certeza que, quem visse, acharia que eu era uma velha caquética.
Graças
ao bom senhor, depois de muito tremer e andar devagar consegui descer a escada.
Jay já me esperava na sala, fantasiado
de pirata. Tinha que admitir que ele estava lindo. A fantasia ficava perfeita
em seu corpo másculo, seu cabelo liso estava puxado pra trás, e acima de sua
boca, havia um bigode desenhado.
-
Você esta linda – falou de olhos arregalados.
-
Obrigada – respondi corando. Conversamos um pouco mais com Kate e depois fomos
embora. Ele me ajudou a entrar em seu carro, uma BMW preta, e fomos o caminho
todo escutando musica. Quando entramos na quadra da escola, senti muitos
olhares em mim, o que me fez ficar extremamente corada. Jay segurava em meu
braço, me ajudando para eu não cair. Já estávamos quase chegando ao outro lado
da quadra, quando eu senti braços ao meu redor.
-
Bella você esta linda! – falou Jéssica.
-
Obrigada – disse corando – Você também.
-
Você tinha que ter visto a cara do Mike quando me viu, foi muito engraçada –
falou rindo.
-
Eu imagino. Falando nisso, cadê ele?
-
Tá ali com os meninos do basquete, na verdade eu já to indo pra lá, eu só
queria vim aqui te da um oi – falou me abraçando e sussurrou em meu ouvido –
Edward Cullen não tira os olhos de você... Parabéns.
Disse
e saiu antes que eu dissesse alguma coisa. Meu coração acelerou só com a menção
de seu nome. Deus ele estava aqui, e
estava me vendo! Minhas mãos começaram a suar só de imaginar ele me vendo
nessas roupas, meus rosto que antes já estava vermelho, agora parecia uma
pimenta. Jay falou alguma coisa, me tirando de meus devaneios. Fomos pra um
canto mais afastado e ficamos lá. Ele até me convidou pra dançar, mas eu disse
que ainda não queria, na verdade o que eu mais queria agora era achar o Edward,
varria toda quadra com os olhos e não achava ele. Queria ver como ele estava,
fantasiado de que, acompanhado de quem, mas eu olhava toda a quadra escura e
nada dele.
-
Eu vou pegar uma bebida, você quer? – perguntou Jay depois que ficamos um tempo
sem falar nadar, e eu realmente não sabia o que dizer, ao que parecia Jay era
tão tímido quanto eu.
-
Quero, obrigada.
Ele
saiu e eu fiquei lá, sozinha. Foi quando eu senti os olhos de alguém em minhas
costas, me virei e dei de cara com a pessoa mais linda do mundo. Edward estava
parado a centímetros de mim, tão perto que sentia até sua respiração quente em
meu rosto. Seus olhos castanhos claro estavam fixos nos meus. Eu não conseguia
olhar mais pra lugar nenhum, a única coisa que eu via era ele.
-
Olé Bella – cumprimentou gentilmente e só assim eu sai do transe. Desviei meus
olhos de seu rosto, abaixando a cabeça, só ai fui perceber do que ele estava
fantasiado. Coincidência ou não, Edward estava fantasiado de vampiro, ou
melhor, dizendo, de Drácula. Ele usava uma capa preta, uma calça social também
preta, uma camisa social branca e uma jaqueta que parecia um bolero, em outras
palavras, ele estava incrivelmente lindo.
-
O... Oi – respondi depois de gaguejar.
-
Esta realmente linda.
-
O... Obrigada – falei corando – Você também esta lindo.
-
Quer dançar?
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-
Ah... Eu não... Eu não sei dançar – se possível corei mais ainda.
-
Então que bom que eu sei – falou rindo e pegou minha mão, me levando pro meio
do salão. Quando sua mão tocou na minha meu coração parecia que ia sair pela
boca. Quanto eu esperei por aquilo? Sua
pele tocando na minha? Seu corpo perto do meu? Eu, literalmente, me sentia
nas nuvens. Ele parou na minha frente, entrelaçou os dedos da minha direita na
sua e a outra foi para minha cintura, me puxando mais pra si, foi quando eu
senti sendo levantada e ele passando os pés para baixo dos meus e nos girando –
Viu? Você esta dançando?
-
Eu posso ser mais pesada do que parece – falei rindo e adorando estar tão perto
dele. Deus como eu amava seu cheiro tão
doce e lívido, seu toque frio e firme. Foi impossível não me lembrar do
sonho com ele tão perto assim de mim, mas dessa vez não veio carregado de culpa
e vergonha, mas de carinho, pois aquele sonho foi a demonstração de um
sentimento tão puro e novo pra mim, que de primeira eu quis ignorar, mas não
dava mais... Eu estava completamente e irrevogavelmente apaixonada por Edward
Cullen.
-
Pra mim, você parece uma pluma – falou me tirando de meus devaneios. Ainda
estava em choque por perceber que eu estava apaixonada por ele, tanto que nem
consegui responder, só conseguia ficar lhe encarando. Olhando seu lindo rosto,
branco como giz e duro como pedra. Seus olhos castanhos dourados, que hoje,
pareciam como uma pedra de topázio e seus lábios, lábios rosados e de aparência
macia, que fazia minha boca saliva, para sentir o sabor e a textura – Eu queria
pedir desculpas, por aquele dia... Eu fui extremamente grosseiro.
-
Ah que isso, a culpa que é minha, eu que não devia exigir nada de você – falei
abaixando a cabeça pra ele não ver o dor em meus olhos. Saber que ele queria
distancia de mim ainda machucava muito.
-
Eu queria ter te convidado pra festa – falou de repente, me fazendo levantar a
cabeça e lhe encarar de olhos arregalados.
-
Como? – foi a única coisa que saiu de meus lábios.
-
Eu... Senti-me estranho quando aquele menino lhe convidou pra festa... –
admitiu olhando para alguma ponta atrás de mim - De primeira eu não entendi...
Pensei que fosse só birra minha, mas depois, quando tive tempo de raciocinar
tudo, foi que eu entendi o que senti...
-
E o que você sentiu? – sussurrei, tentando controlar minha pulsação que estava
mais acelerada que o normal. Ele abaixou os olhos, olhando diretamente pra mim
e disse...
-
Senti ciúmes.
Meu
coração perdeu uma batida quando ele disse isso. Ele sentiu ciúmes de mim? Edward Cullen? Era até difícil de
acreditar, se eu não estivesse ouvindo de sua própria boca e olhando em seus
olhos, diria que era uma brincadeira. Mas não era, cada palavra que ele
pronunciava vinha carregada de uma verdade inacreditável. Eu já estava pra
responder, quando sua feição doce e tranqüila se transformou em uma mascara de
tensão e pavor.
-
O que... – tentei perguntar, mas ele me interrompeu dizendo que precisava ir
embora e saiu correndo da quadra, me deixando sozinha no meio da pista de dança,
confusa e com o coração acelerado.
Depois
de um tempo tentando entender o que tinha acabado de acontecer, voltei pra onde
estava antes, com um pouco de dificuldade por estar de salto. Minha pulsação
ainda não tinha se normalizado e a culpa era tanto do que ele tinha dito,
quanto de sua súbita saída. Na verdade o que ele mais gostava de fazer era sai
sem explicar, a primeira vez foi no dia que nos conhecemos, no banheiro, e
agora hoje. As súbitas mudanças de humor de Edward Cullen, já estavam começando
a me deixar com raiva. Fui tirada dos meus pensamentos com a volta de Jay.
-
Aqui, seu ponche – falou me estendendo um copo vermelho de plástico com um
liquido vermelho xarope dentro.
-
Obrigada – respondi e dei um grande gole, só pra me arrepender em seguida.
Aquilo não era ponche, pelo menos não ponche normal. A bebida desceu queimando
pela minha garganta, fazendo com que lágrimas surgissem em meus olhos. Torci
tentando me aliviar daquela sensação.
-
Você ta bem? – perguntou preocupado.
-
To, só não sou acostumada com bebidas alcoólicas – respondi em um fio de voz.
Ele riu um pouco e voltou a bebericar sua bebida. E de novo voltamos ao silencio incomodo. Eu sinceramente não sabia o
que dizer, Jay e eu não tínhamos nada em comum e depois da vinda de Edward, eu
percebi que o único motivo de ter aceitado sair com ele, foi para causar ciúmes
em Edward, o que fazia eu me sentir extremamente culpada por usar o Jay.
-
Então? Ta pronta pra dançar agora?
-
A... Acho que é melhor a gente ficar aqui, por enquanto – falei abaixando a
cabeça. Ele me olhou um tempo e depois colocou o seu copo em cima de uma mesa
que tinha ao nosso lado.
-
Ok, eu desisto.
-
O que?
-
Olha eu tentei fazer essa noite ser legal, eu realmente queria que a gente se
conhecesse, se desse bem, mas você só tem olhos pro Cullen.
-
Do que...
-
Eu vi você dançando com ele... Quer dizer então que você prefere dançar com
ele, a dançar comigo que sou o seu par.
-
Jay não é isso...
-
É isso sim, eu não sou burro não Bella, eu sei que o único motivo de você ter
aceitado meu convite, foi porque o Cullen não te convidou, mas eu cansei tá? Eu
não vim aqui pra fazer parte de seus joguinhos – terminou de falar e já foi se
afastando. À medida que ele ficava mais longe mais as lagrimas ameaçavam a
rolar. Eu não queria tê-lo magoado, jamais quis, e agora, ele estava com raiva
de mim. Isabella como você é burra! Gritei
mentalmente. Eu não poderia deixar ele sair assim, não com raiva de mim.
-
Jay espera! – gritei por causa do barulho alto do som e comecei a corre, ou
melhor, tentei corre. Juro que essa era a ultima vez que eu usava salto alto.
Suspirei entes de parar e tirar o salto.
Tava pouco me importando se as outras pessoas estavam vendo, eu só
queria agora era corre livremente, o que foi fácil de fazer depois que eu tirei
o salto. Quando eu já estava pra chegar a saída da quadra, uma senhora de
aparência de 70 e poucos anos, morena e vestida de uma forma nem um pouco
convencional, me parou e puxou minha mão com força e começou a falar com uma
voz esguichada.
-
Sua vida ainda será marcada por muito sangue, minha menina... As pessoas
próximas a você pagaram pelas suas ações... – eu a olhava aterrorizada, tentava
puxar minha mão, mas ela segurava mais forte ainda, começando a me causar dor –
Você verá muita morte, a morte das pessoas que você ama... – ela acabou de
falar em um fio de voz, e da mesma maneira surpresa que chegou foi embora, me
deixando com o coração acelerado e a respiração descompensada. Tive que me
controlar pra não cair, enquanto corria pro banheiro.
Me
olhei no espelho e vi o quanto eu estava destruída. Não exteriormente, mas
interiormente. Se reparasse bem em meus olhos, veria o medo neles, o pavor,
tristeza e outros mil sentimentos que faziam minha cabeça girar. Quem era aquela mulher e por que ela disse
aquelas coisas? Era uma das perguntas que não saiam da minha cabeça.
Suspirei e joguei água no meu rosto, pouco me importando com a maquiagem. Eu
precisava ir embora, mas a minha “briga” com o Jay acabou com qualquer chance
de eu ir agora, poderia pedir carona a Jéssica, mas a festa tava começando
agora, ela tinha o direito de se divertir. Mas eu não podia ficar aqui, não
depois de tudo o que tinha acontecido. Suspirei antes de sair do banheiro,
decidida a ir andando. Já estava no meio do caminho para ir pra quadra, quando
ouço gritos aterrorizantes de lá. Sai correndo pra lá, jogando o sapato em
qualquer lugar. Quando chego, me deparo com a imagem mais grotesca que eu já
vi, depois da morte dos meus pais.
Michelle
Davis – uma garota que tinha aula comigo de inglês, estava estirada no chão da
quadra, com a cabeça virada na minha direção, seus olhos estavam vagos, não
vendo nada, mostrando que a morte estava ali. Sangue jorrava incansavelmente de
seu pescoço, que mesmo de longe, dava pra ver que estava quebrado. Sua fantasia
de enfermeira estava toda manchada de sangue, não só o que escorria do pescoço,
mas também da regiam dos seios e barriga. Arfei ao ver suas pernas. Sua meia
calça vermelha estava toda rasgada, o osso do joelho da perna esquerda estava à
mostra, e seu pé direito estava virado pro outro lado. Mas não foi isso que me
fez gritar de pavor, foi ver ao longe, do outro lado da quadra, uma figura
encapuzada, com as mãos dentro da calça jeans escura e todo de preto. Não dava
para ver seu rosto, mas a sua boca estava bem visível embaixo do capuz. Sangue.
Era sangue que escorria de seus lábios, e o pior não era isso, era o sorriso de
prazer neles.
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