Capítulo 3 - O Que Há Com Ele?
Minhas
pernas tremiam enquanto eu andava pelos corredores da escola deserta. Tinha
ficado mais tempo dentro do banheiro do que imaginava, quando sai não tinha
mais nenhum aluno nos corredores.
Depois
que Edward saiu, eu continuei sentada no chão, encarando o que ele tinha feito
na parede. Como ele fez aquilo? Essa
era uma de muitas perguntas que rolavam em minha mente. Só alguém forte o
bastante conseguiria quebrar um azulejo, e mesmo com a força, ainda sairia
machucado, mas Edward não pareceu se machucar, ou se importar com a dor, pois
mesmo com a rapidez que saiu do banheiro, eu pude perceber que a única coisa
que ele sentia era raiva, uma raiva que ainda me deixava confusa.
Na
verdade não era só isso que me deixava confusa, muitas outras coisas também. A
primeira era como ele sabia onde eu estava, sendo que eu fui ao banheiro quando
ele já tinha saído, e porque ele me ajudou, já que na hora da aula me tratou
tão mal? Minha cabeça girava com tantas perguntas, girava tanto que eu tive que
me segurar na parede para não despencar no chão. Respirei fundo várias vezes,
até que me senti bem para voltar a andar, ainda tinha que ir na secretária
entregar a caderneta, por isso levantei a cabeça e me encaminhei para a
secretária. Quando cheguei lá, a mesma senhora que me atendeu de manhã cedo,
ainda continuava encostada no balcão.
-
Ah oi! – exclamou sorrindo, eu só fiz pegar a caderneta da minha mochila e lhe
entregar – Então, como foi o primeiro dia?
-
Bom – menti abaixando a cabeça e saí sem espera ver se ela tinha acreditado na
minha mentira ou não.
Não
estava a fim de andar todo o caminho de volta pra casa, mas não tinha jeito.
Teria que falar urgentemente com Kate, precisava rápido de um carro. No
estacionamento tudo era silêncio, todos os carros que tinham antes,
desapareceram. Será que fiquei tanto
tempo no banheiro? Perguntei-me mentalmente.
Respirei
fundo antes de começar a andar. Não queria mais pensar no que tinha acontecido
no banheiro, por isso coloquei meus fones de ouvido e sai andando. Quando cheguei em casa já era quase de noite,
demorei mais do que de manhã para andar, pois dessa vez, aprestei mais atenção
nas coisa a minha volta, não que tivesse muita coisa para se vê, já que quase
toda a cidade era verde, com muitas árvores e super molhada, cheguei em casa
ensopada por conta da chuva que caiu. Meu cabelo grudava em minha testa, e
pingava nas minhas costas.
Quando
passei pela soleira da porta, que fui perceber que Kate já tinha chegado.
Suspirei aliviada, pelo menos hoje, eu não teria que fazer o jantar, pois
infelizmente, eu era péssima cozinheira, o que era inacreditável, já que minha
mãe era uma mulher de mão cheia.
-
Ah Bella que bom que chegou! – exclamou sorrindo e com uma travessa de lasanha
na mão quando me viu passar pela porta.
-
Boa noite – cumprimentei tirando a jaqueta e sacudindo o cabelo para ajudar
secar.
-
Eu falei que podia te pegar – advertiu me vendo molhada.
-
Relaxa... Humm eu vou subir pra trocar de roupa e venho te ajudar ok? – falei
já subindo as escadas.
-
Ok.
Entrei
no meu quarto já tirando a roupa. Eu tremia da cabeça aos pés, provavelmente
meus lábios deveriam está roxos. Só trocar de roupa não adiantaria, por isso
resolvi tomar um banho. A água quente do chuveiro fez a tremedeira diminuir um
pouco, pelo menos na parte da costa e peito. Não poderia demorar muito como
queria, então, só me lavei rápido e fui me vesti.
Quando
desci Kate já tinha posto os pratos na mesa e só estava me esperando para
jantar.
-
Então como foi o primeiro dia de aula? – perguntou quando me sentei.
-
Bom – respondi a mesma coisa que tinha dito a moça da secretária mais cedo.
-
Tcs...tcs...tcs... Pelo seu tom de voz não parece que foi bom.
-
Foi como todo primeiro dia de aula Kate – expliquei melhor enquanto dava uma
garfada na lasanha – Humm... Kate?
-
Sim?
-
Eu queria saber se poderia da uma mexida no dinheiro dos meus pais – falei
abaixando a cabeça. Mesmo depois de todo esse tempo, fala deles ainda me
machucava.
-
Por quê? – perguntou surpresa.
-
Eu preciso de um carro – falei fazendo uma careta. Odiava pedir as coisas, mas
era necessário, já que quem comandava a conta era Kate, e eu só teria direito
de mexer quando eu completasse 18.
-
Nada disso Isabella, você não vai mexer na conta que seus pais te deixaram, se
você quer dinheiro para um carro, eu vou lhe dá – falou com veemência.
-
Mas Kate...
-
Nada de mais Isabella, seus pais lhe deixaram esse dinheiro para sua faculdade,
e você não vai mexê-lo até lá – falou de um jeito que mostrava que não falaria
mais daquele assunto, e como eu sabia que não adiantaria discutir, só abaixei a
cabeça, tentando não deixar transparecer meu desgosto com aquilo.
Não
gostava que Kate ficasse pagando as coisas para mim, por isso que na Flórida eu
tinha um trabalho, pelo menos assim eu não dependeria dela para tudo. Kate já
tinha gasto demais comigo, mais do que ela tinha até, mas mesmo assim
continuava a pagar tudo por mim.
-
Bella eu tenho uma coisa séria para tratar com você – falou depois que ficamos
um tempo em silencio.
-
O que?
-
Você deve está se perguntando o porquê dessa minha repentina vontade de vim
para Forks né? – perguntou, eu só fiz da de ombros. Realmente isso tinha
passado pela minha cabeça antes, logo que ela avisou da nossa mudança, mas
preferir não me focar nisso, ela devia ter bons motivos para querer mudar –
Bom... É que eu conheci um cara.
-
Como? – perguntei surpresa.
-
Isso que você ouviu, eu to namorando – falou sorrindo nervosamente. Fiquei um
tempo parada absorvendo tudo que tinha escutado. Kate namorando? Bom agora tá explicada o porquê de ela andar tão
animada nesses últimos dias. Ela continuava a me encarar, com um misto de
nervosismo e ansiedade. Com certeza queria saber o que eu achava do seu
namoro... Deus o que eu poderia achar? Eu
estou feliz certo? Afinal depois de tanto tempo, era ótimo que Kate esteja
retomando sua vida, isso quer dizer que pelo menos uma de nós duas estava
feliz.
-
É...bom...parabéns – falei depois um tempo em silencio. Essa minha resposta
deve ter deixado Kate mais tranqüila, pois suspirou em alivio, o que quase me
fez rir – Ele é aquele seu tal amigo que deu um jeito na casa e comprou meu
computador?
-
É – respondeu risonha. Era bom vê-la feliz, pelo menos ela estava seguindo em frente – Ele vem amanhã aqui.
-
Oh! – exclamei surpresa. Não era acostumada com pessoas em casa, durante anos
foi só eu e Kate, não sei como agiria com mais uma pessoa perambulando pela
casa.
-
Relaxa, é só um jantar, ele não vai dormi aqui se é o que acha – explicou
depois que viu minha cara de surpresa.
-
Ah ótima – falei tentando não parecer aliviada – Estou louca para conhecê-lo.
-
Ele também está louco para conhecê-la – falou sorrindo e logo em seguida me
olhando de um jeito estranho.
-
O que foi?
-
E você? Não se interessou por nenhum menino da cidade? – fiquei estática com
aquela pergunta. Não era uma pessoa de conversa sobre esses tipos de assunto,
principalmente com Kate, que era minha tia, tornava tudo tão mais
constrangedor.
-
Que? Não...é...não – gaguejei abaixando a cabeça, provavelmente muito vermelha.
Não sei por que, mas no momento em que disse isso, a imagem de Edward Cullen
veio em minha cabeça. Seu rosto sério, sua boca em uma linha reta, mostrando um
pouco de estresse e principalmente seus olhos, olhos negros como carvão, frios
e ao mesmo tempo quentes. O que está
acontecendo comigo? Pensei enquanto balançava a cabeça, tentando tirar
essas imagens da minha mente.
-
Ei desculpa, não pensava que ficaria assim – disse Kate sorrindo.
-
Não! Relaxa – falei levantando e pegando meu prato – Acabou? – perguntei
apontando para seu prato, ela só fez afirma. Lavei os pratos rapidamente, aquela conversa
tinha me deixada um pouco nervosa e ao mesmo tempo estressada e eu nem sabia
por quê! Logo que acabei de lavar os pratos, dei boa noite para Kate e subi pro
meu quarto. Estava morta de sono, pelo fato de ter acordado tão cedo hoje, por
isso logo que acabei de escovar meus dentes fui me deitar. Mas antes da inconsciência
me levar, uma imagem apareceu em minha mente, e essa imagem tinha nome e
sobrenome...
Edward
Cullen.
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Acordei
com o despertado tocando. Graças a Deus tive uma noite maravilhosa. Sem sonhos,
ou melhor, dizendo, sem pesadelos. Tomei banho e me vesti rapidamente, quando
desci Kate já estava acordada.
-
Bom dia – falei.
-
Bom dia – respondeu se sentando na cadeira para comer, eu rapidamente peguei
uma tigela, e o cereal e leite – Nem adianta dizer que hoje você vai a pé, pois
eu vou te levar.
-
Ah não precisa...
-
Precisa sim, e relaxa ok? Isso não vai durar muito tempo, hoje mesmo eu vou
tentar resolver esse seu problema do carro.
Não
tinha como discutir com aquilo, até porque eu não queria mesmo ir andando.
Tomamos nosso café rapidamente. Era fácil morar com Kate, ela respeitava meu
espaço, não era de ficar me perguntando várias coisas, ela preferia meu
silencio a qualquer coisa.
-
Já tá pronta?
-
Já, só vou subir pra escovar o meu dente – disse e corri pro banheiro. Escovei
meu dente rapidamente, e quando voltei Kate já me esperava na porta.
Fomos
o caminho todo em silencio. Quando chegamos à escola só me despedir, dizendo
que ela não precisava vim me buscar, como hoje seria o jantar com o namorado
dela, disse pra ir indo se preparar, ela até tentou discutir, mas logo aceitou.
Quando
entrei na escola, meus olhos começaram a vagar pelos corredores, a procura de
alguém. Eu sabia que isso era loucura, mas mesmo assim não conseguir evitar,
meus olhos continuaram a procurar o Edward. Eu
sou uma idiota! Pensei. Eu só o conhecia um dia, e já estava viciada nele.
No
momento em que passei pela frente do banheiro feminino, a imagem de nós dois
ontem, sentados no chão, veio em minha cabeça. Passado todo o estresse do meu
quase desmaio, de sua súbita saída e do azulejo quebrado, pude me concentrar em
outros detalhes, quase tão importantes quanto estes. A primeira era sua pele
fria. Eu só senti isso uma vez na minha vida, e apesar de naquela época eu ser
criança e está meio desesperada com o assassino que estava preste a me matar,
me lembro muito bem de seu toque. Como
Edward poderia ter a mesma pele fria? E mais! Ainda tinha a sua velocidade
e força. Nem um ser humano normal conseguiria quebrar um azulejo, muito menos
sair naquela velocidade. A não ser que...
-
Iai garota do mundo da lua – fui tirada dos meus devaneios com Jéssica falando
ao meu lado – Vai pra aula, ou só veio para escola pra ficar andando pelos
corredores?
-
Ah oi – falei abaixando a cabeça constrangida. Dei uma olhada ao redor, e
constatei que quase não tinha mais nenhum aluno nos corredores. Fiquei tanto
tempo pensando no que tinha acontecido ontem, que nem vi o tempo passar – Eu
estava um pouco distraída.
-
Percebi – disse rindo e puxando meu braço – Vem, pois já estamos atrasadas.
Entramos
na sala um pouco atrasadas, mas o professor não se importou, já que todos da
sala ainda conversavam.
-
Ei aonde você foi ontem depois da aula? – perguntou depois que nos sentamos.
-
Eu estava no banheiro.
-
E você tava bem, ou...
-
Não, eu estava bem – a interrompi, sabendo o que diria.
-
Então por que...
-
Acho que precisava de um momento só pra mim – respondi abaixando a cabeça. Ela
não precisava saber da minha incrível capacidade de chorar quando estou com
raiva.
-
E ficou todo aquele tempo sozinha? – perguntou erguendo as sobrancelhas.
-
Bem... – droga! Eu era uma péssima mentirosa. Conseguiria dizer que estava
sozinha? Ou teria algum problema em dizer que estava com Edward?... Não,
provavelmente não teria problema, já que não fizemos nada certo? Ele só foi me
ajudar – Edward Cullen estava lá.
-
O que?! – praticamente gritou tamanha foi sua surpresa. Sua ação me deixou um
pouco ofendida. Era tão difícil assim acreditar que Edward estaria comigo? Que
ele poderia está interessado em mim?... Interessado!
Até parece, quando Edward Cullen estaria interessado em mim?
-
Por que a surpresa?
-
Não desculpa, mas é que... É surpreendente, sabe? Ele nunca fala com ninguém, a
não ser seus irmãos – explicou e me puxou mais pra perto – E o que ele foi
fazer no banheiro feminino?
-
Humm... Foi vê se eu tava bem – falei.
-
E...
-
E o que?
-
Vocês não fizeram nada? Tipo... Conversa? – perguntou exigindo mais
detalhes.
-
Ah não... Ele teve que sair, acho que tinha que resolver alguma coisa – menti.
Bom entre aspas era mentira, afinal a parte da saída era verdade.
-
Oh.Meu.Deus – falou pausadamente – Você acha que ele tá a fim de você?
-
O que? Não, claro que não – exclamei. Não sei por que, mas essa afirmativa me
fez senti uma pontada no peito.
-
Se você diz – falou rindo.
Depois
disso ela não teve como volta a tocar no assunto, pois logo o professor começou
a aula.
Durante
todo o tempo da aula, tentei ao máximo não pensar em Edward. Minha cabeça já
estava cheia demais para eu ficar me preocupando se ele estava, ou não estava
interessado em mim.
Fiquei
aliviada quando a campa tocou, informando o fim da aula. Minha próxima aula era
de história, mas não teria com Jéssica, então ela se despediu dizendo que nos
encontraríamos na cantina. Quando entrei na sala o professor ainda não tinha
chegado, então corri pro meu lugar. Ainda não conhecia o professor de história,
pois ontem ele faltou, mas pelo o que as meninas da sala diziam, ele deveria
ser lindo.
-
Bom dia turma! – disse o professor, entrando na sala. Fiquei de olhos
arregalados quando o vi. Ele tinha uma pele inacreditavelmente branca, seus
olhos eram de um castanho estranho e tinha cabelos meio loiros. Ele era com
certeza o professor mais bonito que já vi – Desculpe ter faltado ontem,
problemas pessoais – falou sorrindo pra turma, até que seus olhos pararam em
mim – Ah aluna nova!
-
Oi – disse tímida abaixando a cabeça.
-
Então como se chama? – perguntou parando perto da minha carteira.
-
Swan, Bella Swan – quando disse isso, seus olhos se arregalaram e um sorriso
pequeno nasceu em seus lábios.
-
Bom Bella, eu sou Garrett, o professor de história, seja bem vinda a nossa
turma.
Dizendo
isso voltou para frente do quadro e iniciou a aula. De vez em quando ele me
olhava, sempre sorrindo, como se já me conhecesse, o que me deixava um pouco
constrangida. E assim passou até a hora do intervalo.
Encontrei
Jéssica no refeitório, me esperando na fila pra comprar o lanche. Foi
impossível evitar com que meus olhos vagassem pelo refeitório, a procura de
Edward. Senti uma pontada no peito, quando percebi que ele não estava lá, só
seus irmãos, que inacreditavelmente me encaravam de uma forma um tanto
estranha. Principalmente a loira, Rosalie se não me engano, me encarava com
raiva e ódio, virei à cara quando percebi isso.
-
Você tá legal? – perguntou Jéssica vendo meu rosto.
-
Sim... Só não to com fome – falei. Quando percebi que Edward não estava lá, toda
a minha fome e animação se foram. O que
está acontecendo comigo?! Gritei mentalmente. Como eu já posso está agindo
assim, se eu o conheço só há um dia?
Depois
de Jéssica pagar o seu lanche, fomos nos sentar em uma das mesas do refeitório.
No momento em que Jéssica se sentou, começou a falar coisas que eu não estava
ouvindo. Eu só conseguia pensar nele, no porque de ele não ter vindo, porque
saiu daquele jeito ontem do banheiro, e mais uma coisa que eu me recusava a se
quer imaginar.
-
Bella você me ouviu? – perguntou Jéssica, parecendo um pouco brava por eu não
ter lhe escutado.
-
Ah desculpa, não ouvi – desculpei-me abaixando a cabeça.
-
O que lhe deu hoje? Parece tão distante – comentou.
-
Não é nada – neguei balançando a cabeça – Só... To um pouco cansada – menti.
-
Sei... – falou parecendo não acreditar muito na minha mentira.
Depois
disso acho que ela desistiu de falar comigo, pois logo iniciou uma conversa com
uma garota de óculos que estava ao seu lado. E assim passou à hora do
intervalo. Saí do refeitório triste, pois sabia que hoje, eu não o veria. Senti
um nó se formando em minha garganta, com o pensamento de que a culpa de ele não
ter vindo hoje era minha. Não seja idiota
Bella! É claro que a culpa não era sua. Edward Cullen nem me conhecia, jamais
poderia ser culpa minha.
Estava
tão imersa em meus pensamentos, que nem percebi quando me choquei contra uma
coisa dura. O baque foi tão forte, que se mãos frias não tivessem me pegado,
estaria no chão nesse momento.
-
Oi Bella – disse Edward Cullen sorrindo lindamente, enquanto me segurava para
não cair.
Meu
coração deu um salto quando percebeu que ele estava aqui, que ele tinha vindo.
Esse
Edward não era o mesmo que eu tinha conhecido ontem, pelo menos não
fisicamente. Seu corpo e rosto não pareciam mais tensos, as olheiras que antes
tinha, desapareceram completamente, e os olhos... A imensidão negra de antes,
fora substituída por um castanho dourado, tão lindo que fez meu coração perde
uma batida. Mas como era possível? Seus
olhos eram pretos ontem, e agora estão castanhos?
-
Bella? – falou Edward chamando minha atenção, só aí fui perceber que ele ainda
me segurava e esperava uma resposta.
-
Ah o...oi – gaguejei nervosa, me mantendo ereta e me soltando de sua mão. Meu
corpo gemeu quando percebeu a falta de seu toque. Para Isabella! Gritei mentalmente.
-
Você está bem? – perguntou simpático e ainda sorrindo. Tive que desviar meus
olhos do seu lindo rosto, se não jamais conseguiria responder.
-
Estou – respondi encarando o corredor a nossa volta. Os alunos que passavam ao
nosso lado nos encaravam curiosos. Claro que eles encarariam. O que uma simples
garota como eu, estaria falando com alguém como Edward Cullen?
-
Perdoe-me pela minha saída de ontem, eu estava com...problemas – falou com o
cenho franzido.
-
Ah não, sem problema – falei abaixando a cabeça envergonhada – Obrigada por
ontem.
-
Não a de quer.
Depois
disso ficamos em silencio. Com ele me encarando sorrindo e eu mantendo a cabeça
baixa. Como eu queria que ele me tocasse
de novo! Pensei. Apesar de seu toque frio ainda me deixar com um pouco de
medo, a falta dele fazia meu coração gritar.
Levantei
minha cabeça, encarando Edward diretamente. Ainda não conseguia entender como
seus olhos poderiam ter mudado de cor, isso era impossível, a não ser que ele
usasse lentes de contato.
-
Você... – não consegui terminar. Com certeza ele me acharia doida quando eu
perguntasse isso.
-
Sim? – falou divertido.
-
Você...usa lentes de contato? – perguntei logo abaixando a cabeça mais vermelha
do que pimenta.
-
O que? – perguntou surpreso e depois riu. O riso mais lindo que eu já tinha
ouvido – Não, claro que não.
-
Ah... – fiquei mais vermelha ainda. Boa
Bella, agora ele comprovou que você é uma maluca.
-
Por que a pergunta?
-
Não é que... – levantei a cabeça, lhe encarando – É que ontem no banheiro...eu
pude jurar que seus olhos estavam pretos.
Ao
contrario do que eu imaginei, ele não riu ou coisa assim, mas ficou sério, me
encarando de olhos arregalados e com a máscara de tensão de volta.
Eu
já estava pronta pra dizer para ele esquecer, me desculpar, mas fui
interrompida por uma voz grossa atrás de mim.
-
Por que não entramos, a aula já vai começar – falou Garrett, o professor de
história encarando seriamente Edward.
-
Mas a aula agora é de biologia... – falei nervosamente.
-
O professor faltou, e eu vou dá aula hoje – respondeu ainda encarando Edward.
-
Ah tudo bem – falei abaixando a cabeça e me dirigindo a sala, mas antes me
virei pra vê se Edward estava vindo, mas não, continuava no mesmo lugar, a
única diferença era que agora ele encarava o professor de volta – Você não vem?
– perguntei quebrando o silencio constrangedor que ficou.
-
Já vou – falou sério, sem me olhar.
Abaixei
a cabeça de novo e entrei na sala, já indo em direção a minha mesa. Lá dentro
todos os alunos me encaravam. Que
maravilha! Ainda era considerado errado encarar os outros, certo?
Não
vi Edward entrando na sala, só o senti sentando ao meu lado, o mais afastado de
mim. Essa ação fez com que as imagens de ontem voltassem a minha mente, quando
ele me tratou tão mal, fazendo com que a minha famosa vontade de chorar
voltasse.
O
professor começou a falar alguma coisa que eu não ouvia, só conseguia ficar de
cabeça baixa, sem olhar para Edward. E assim passou aquele horário, um dos mais
longos da minha vida, devo acrescentar. Edward em nenhum momento falou ou olhou
pra mim, o que fez meu coração gemer de dor. O professor Garrett, como mais
cedo, ficou me encarando de longe, e de novo fiquei constrangida.
Como
ontem, quando a campa tocou, Edward saiu sem me dirigir à palavra, saindo mais
rápido que qualquer um. Suspirei com isso. Ele
só poderia ser bipolar! Era a única coisa que passava pela minha cabeça.
Andava
pelos corredores da escola sem animo, não sabendo o porquê de Edward agir dessa
maneira. Antes de começar a aula ele me tratou tão bem, mas agora, nem queria
olhar na minha cara. Como certeza ele
gosta de brincar com as pessoas. Fui tirada de meus pensamentos com Jéssica
aparecendo ao meu lado.
-
Quer carona pra casa? – perguntou sorridente assim que saímos da escola.
-
Não quero incomodar...
-
Que isso, sou eu que estou oferecendo certo? Então não é incomodo nenhum –
falou pegando minha mão e me levando até seu carro. Antes de entrar, meus olhos
vagaram pelo estacionamento a procura dele, mas não encontraram nada. Suspirei
tristemente ao perceber isso – Vai ficar ai vendo os outros, ou vai entrar? –
brincou Jéssica.
-
Desculpa – falei entrando.
-
Então, como foi à aula hoje? – perguntou enquanto começava a dirigir.
-
Foi boa – menti abaixando a cabeça.
-
Eu não quero saber se foi boa, eu quero saber como foi vê o Edward depois de
ontem – explicou melhor.
-
Oh... – exclamei pega de surpresa. Não era acostumada a ter amigas, perdi todas
que julgava ter depois da morte dos meus pais, e ter Jéssica assim ainda era
muito estranho, principalmente porque nos conhecíamos há um dia – Foi normal.
-
Normal? Você é a única garota que eu conheço que conversou com Edward Cullen, o
cara mais gato do colégio, e quer que eu acredite que foi normal? – falou
sarcástica.
-
Ok... – falei tentando achar uma maneira de matar sua curiosidade – Edward é...
Estranho.
-
Estranho todo mundo sabe que ele é, ele e a família – comentou rindo – Mas o
que você quer dizer com estranho?
-
Ele muda de personalidade muito rápido – falei a verdade, expondo o que pensava
dele – Uma hora ele está conversando amigavelmente comigo, na outra... Me
ignorando completamente.
-
O ruim de gostar de homens como Edward... Eles sempre acham que são superiores
aos outros.
-
Eu não gosto dele! – exclamei, mas a verdade em minhas palavras não convenceu
nem a mim mesma – E ele não é assim, ele é só...
-
Confuso? – perguntou erguendo as sobrancelhas.
-
Talvez? – falei passando a mão pelo cabelo – Eu não sei... Eu só o conheço há
um dia, é impossível saber qual é o problema dele.
-
Eu a conheço há um dia, mas já sei que seremos grandes amigas – falou sorrindo
pra mim e parando o carro na frente da minha casa.
-
Como sabia onde eu morava? – perguntei assustada, pois não lembrava de ter lhe
falado nada.
-
O bom de se morar em cidade pequena, é que você sabe da vida de todo mundo – falou
rindo – Eu conhecia a mulher que morava ai.
-
Sério? – perguntei realmente curiosa – E como ela era?
-
Uma completa doida, é sério, acho que aquela velha tinha um parafuso a mais...
Todos aqui a chamam de bruxa – falou rindo.
-
Bruxa? Por quê?
-
Ah pelo jeito de ela se vestir e ela também faz umas previsões muito estranhas.
-
Como o que? – perguntei realmente curiosa.
-
Ela previu que o mal chegaria à cidade – falou como se não acreditasse nem um
pouco naquilo – Mas quem chegou foi os Cullens.
-
Os Cullens?
-
Ahum, e ainda falou mais... Disse que a morte os acompanhava – explicou rindo –
Os Cullens são estranhos, mas duvido que perigosos.
-
É, com certeza eles não são perigosos – falei com a voz travando – Acho melhor
eu ir... – falei tirando cinto de segurança – Obrigada pela carona.
-
Não por isso – respondeu sorrindo, eu só sorri de volta e sai do carro.
Depois
só ouvi o carro saindo cantando pneu. Entrei em casa e Kate ainda não tinha
chegado, a carona de Jéssica me adiantou bastante tempo, por isso cheguei cedo.
Subi, troquei de roupa e fui fazer uns deveres de casa que mandaram hoje.
Fiquei com a cara enfiada nos livros até umas 07h00minh, quando Kate chegou.
-
Que horas seu namorado vem? – perguntei lhe ajudando com as compras.
-
As oito, por isso to tão nervosa, vai ser a primeira vez que eu cozinho pra ele,
sabe? – falou nervosa, pegando varias panelas.
-
Não é melhor ir trocar de roupa – falei apontando pra ela. Continuava com a
saia social, camisa branca de gola role e salto alto.
-
Não to com tempo pra isso – falou só chutando o salto pro lado e começando a
fazer a comida.
Lhe
ajudei no que podia, pois não era muito boa cozinhando então... Enquanto
cozinhávamos, Kate falou que tinha conseguido um ótimo carro pra mim e que
amanhã de manhã o dono vinha trazê-lo para eu vê, mas foi logo adiantando que
não era muito novo, mas eu não liguei, se andasse pra mim estava ótimo. Perto
das oito, Kate subiu pra trocar de roupa e eu fiquei arrumando as coisas na
mesa, e inacreditavelmente o tal namorado de Kate chegou as 08h00minh em ponto,
até me assustei quando a campainha tocou.
-
Nossa, ele é pontual – falei enquanto Kate descia as escadas correndo para
atender a porta.
-
Como estou? – perguntou nervosa ajeitando o vestido tomara que caia preto.
-
Está linda – falei com sinceridade. Ela só fez sorri e abrir a porta. Quando o
namorado de Kate entrou pela porta fiquei de queixo caído, não podia está
acreditando no que estava vendo, meu susto foi tanto, que a exclamação que saiu
da minha boca foi impensada – Caramba!
-
Oi Bella – falou Garrett, o meu
professor de história.
-
O...o...oi – falei depois de muito gaguejar.
-
Eu sei que pode ser estranho, pois ele é seu professor, mas fique claro que eu
comecei a namorar com ele antes – se explicou Kate, provavelmente vendo a minha
cara de espanto.
-
Nã...não, não tem problema nenhum, só... Fui pega de surpresa – falei
envergonhada pela minha atitude.
-
Fico feliz que não tenha nenhum problema, pois seremos grandes amigos – falou
Garrett sorrindo pra mim. Agora eu entendia seus olhares de mais cedo.
-
Bom, vamos jantar? – perguntou Kate depois que ficamos um tempo em um silencio
constrangedor.
-
Claro – respondeu Garrett pegando sua mão e a levando a cozinha. Eu ainda
fiquei um tempo na sala, me recuperando do susto de saber que o namorado da
minha tia é meu professor.
Depois
de respirar fundo, fui até a cozinha, aonde os encontrei me esperando para
comer.
-
Então Bella, como foi o segundo dia de aula? – perguntou Kate quando acabei de
locar a comida no meu prato.
-
Foi...normal – falei abaixando a cabeça.
-
Bella é uma ótima aluna, mesmo que hoje tenha sido meu primeiro dia de aula com
ela – falou Garrett me deixando extremamente vermelha.
-
Ah eu sei, Bella sempre foi muito esforçada – concordou Kate sorrindo orgulhosa
pra mim. Abaixei a cabeça constrangida. Odiava receber elogios, para mim, só
recebia elogios quem era perfeito e não alguém como eu. Uma garota totalmente
desengonçada. Por isso tratei de mudar de assunto.
-
Como se conheceram? – perguntei enquanto dava uma garfada no meu ravióli.
-
Encontrei com Garrett em uma noite, em um bar da Flórida, ele estava de passagem
e agente começou a conversa, nos encontramos mais algumas vezes...
-
E uma semana depois estávamos namorando – Garrett encurtou a história.
-
Diria que foi amor a primeira vista – falou Kate sorrindo para Garrett
apaixonadamente.
Abaixei
a cabeça sorrindo com essa cena, ainda era estranho demais vê minha tia amando
novamente. Depois da morte de meus pais, Kate fazia tudo por mim e nada por
ela, era bom saber que isso estava mudando.
Eles
ficaram conversando todo o resto do jantar, eu só respondia quando queriam minha
opinião em alguma coisa. Durante todo o decorre do jantar, percebi que Garrett
não era muito de comer, pois seu prato estava praticamente intocado, o que eu
achei estranho, já que a comida estava maravilhosa. No final, Garrett foi para
sala, e eu e Kate ficamos lavando a louça.
-
Então, o que achou dele? – cochichou enquanto lavava um prato.
-
Humm... Tirando o fato de que ele é meu professor e que praticamente não comeu
nada... – falei olhando pro seu prato cheio de comida – Ele é legal.
-
É, Garrett não é muito de comer... Pelo menos não na minha frente.
-
Ele deve ter alguma dieta especial – brinquei rindo e tirando o prato de sua
mão – Vai lá, deixa que eu termino as coisas aqui.
-
Sério? – perguntou sorrindo, eu só fiz confirma com a cabeça – Se precisar me
chama!
Dizendo
isso ela saiu da cozinha. Lavei os pratos rapidamente, queria dar-lhes
privacidade. Kate merecia isso. Logo que acabei de lavar as coisas, lhes
desejei boa noite e subi pro meu quarto. Tomei um banho rápido e me vesti na
mesma rapidez.
Quando
deitei na cama, minha cabeça estava a mil. Imagens do dia passavam em minha
cabeça de forma estranha. A principal imagem era de Edward, primeiro ele me
tratando bem e depois mal, de seu sorriso encantador, de seus olhos castanhos
surpreendentemente lindos... Suspirei não querendo mais pensar nele. Edward não
era o cara certo pra mim. Não! Eu é que
não era certa pra ele! Garotos como Edward Cullen, merecem lideres de
torcida, loiras e estonteantes, e não uma garota como eu, louca e que acreditava em vampiros. Meu coração doeu a
constatar isso.
Antes
da inconsciência me levar, uma lágrima escorreu pelo meu rosto, me lembrando
quem eu era.
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Não
acordei tão bem quanto no dia anterior, motivo? Edward Cullen. Ele apareceu
direto em meus sonhos, sempre longe de meu alcance, o que me fazia acorda
várias vezes a noite. De manhã estava cheia de olheiras, o que não passou
despercebido por Kate na hora do café.
-
Não dormiu bem? – perguntou tomando um gole de seu café.
-
Ah é... Sonhos ruins – falei abaixando a cabeça.
-
Pesadelos? – perguntou preocupada. Kate pensava que meus pesadelos com meus
pais já tinham acabado por isso seu tom de preocupação.
-
São só sonhos Kate – falei. Ela não precisava saber que esses sonhos tinham a
ver com o garoto da minha escola extremamente lindo e totalmente fora do meu
alcance.
Percebi
que ela falaria alguma coisa, quando a campainha tocou. Ela foi atender antes
que eu tivesse a chance de levantar do meu lugar. Ouvi uma voz grossa e logo
Kate gritando meu nome animadamente. Levantei-me dando uma ultima colherada no
meu cereal e fui ver o que ela queria.
-
Bella esse é Billy... – falou assim que cheguei a sala – O dono do carro de que
lhe falei ontem.
-
Ah... – exclamei, me lembrando que hoje, finalmente, eu conseguiria um carro –
Oi.
-
Olá Bella – cumprimentou-me sorrindo. Billy era um homem, de aparência de
trinta e poucos anos, barbudo, cabelos negros, um pouco robusto, de cadeira de
rodas e com um sorriso encantador, mesmo com a idade.
-
Então Bella, pronta para ver seu carro? – perguntou Kate sorrindo, eu só fiz
confirmar com a cabeça.
Fomos
até a frente de casa, onde dois carros se encontravam. O Acura azul escuro de
Kate e outro que eu não conhecia, mas que supus ser meu futuro carro. Parecia
ter a pintura original, o que explicava a cor um pouco desbotada, o que
antigamente era vermelho, agora parecia mais um laranja amarelado. Mas tirando
esse detalhe, ele era perfeito, ou pelo menos perfeito pra mim. Não era
chamativo, parecia ser resistente, o que para uma pessoa como eu, totalmente
desastrada, era perfeito, e apesar da aparência desbotada, ele ainda continuava
lindo. Deus! Eu amei!
-
Então o que achou? – perguntou Kate ansiosa.
-
É perfeito, eu amei – falei finalmente sorrindo e tocando a lateral do carro –
Humm que marca é?
-
É um Honda Civic 1988 –respondeu Billy sorrindo pra mim – Pode parecer velho,
mas essa lata velha é bastante resistente.
-
Eu espero que sim – falei ainda admirando o meu carro. Sim meu carro, porque ele seria meu.
-
Ai que bom que você gostou – falou Kate animadamente – Estava preocupada que
não gostasse.
-
Como não gosta? Ele é... Perfeito.
-
Ótimo, então porque você não o estréia logo – propôs.
-
Como?
-
Vai pra escola com ele, eu só tenho que resolver umas coisas com o Billy, mas o
carro praticamente já é seu – explicou, eu só fiz sorri abertamente e lhe dá um
abraço em agradecimento – Anda vai pegar seu material, se não você vai se
atrasar.
Eu
concordei com a cabeça e entrei em casa para pegar minha mochila. Quando voltei
Billy me esperava com as chaves do carro na mão, agradeci pegando-a e dando
partida no carro.
Andar
pela primeira vez no meu carro foi
incrível, mesmo ele tendo dado um grito de resmungo logo que girei a chave na
ignição e ter travado um pouco, ainda sim, foi incrível, pois finalmente eu não
teria que depender de ninguém para ir a lugar nenhum.
Na
escola, todos viraram a cara quando entrei no estacionamento, não sei se pelo
fato do carro não ser conhecido, ou por ele fazer um barulho, não tanto silencioso.
-
Carro novo é? – perguntou Jéssica enquanto andávamos pelo corredor do colégio.
-
É, ganhei hoje de manhã – falei não conseguindo parar de sorri.
-
Parabéns – disse antes de entrarmos na sala de aula e passar mais algumas horas
enfrentando o terrível colegial.
Durante
o decorre do dia nada de importante aconteceu, é claro se você considerar o
fato de minha barriga embrulhar toda vez que eu pensava em Edward for um
acontecimento importante. Na hora do intervalo, de novo ele não estava lá, só a
família dele, que ainda me encaravam de uma forma estranha. Quando chegou a
hora da aula de biologia, parecia que eu ia vomitar. E se ele não quisesse falar comigo? Pior! Se ele quisesse falar comigo?
O que eu falaria? Isso eram algumas perguntas que giravam em minha mente
enquanto eu andava pelos corredores da escola, em direção a aula. Quando eu entrei na sala é que eu tive
certeza que iria vomitar. Edward Cullen estava sentado no lugar de sempre, com
a cabeça abaixada, encarando o seu livro de biologia. Meu coração palpitou
freneticamente ao constatar que ele estava lá, lindo e encantador como sempre.
Suspirei indo em direção ao meu lugar. Aja
normalmente Isabella. Pensei enquanto meu sentava ao eu lado.
-
Oi Edward – cumprimentei educadamente, tendo um surto de coragem surpreendente.
Ao contrario do que imaginei, ele não falou nada, simplesmente levantou a
cabeça um pouco, sem me olhar diretamente e balançou a cabeça em resposta.
E
aquele foi meu ultimo contato com Edward Cullen.
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