15 de abril de 2013

Capítulo 19 - Ciúmes (O Trato - Primeira Temporada)


Capitulo 19 - Ciúmes

- Deus eu já disse que não foi eu! – exclamei exaltada.
Nesse momento estava na sala do diretor, discutindo com o próprio sobre aquele lance do roubo. Depois de terem achado o colar na minha mochila, a Tânia começou a me chamar de monte de coisas, de ladra, safada, e muitos outros xingamentos que eu não ouvi por está ainda petrificada. Ainda não entrava na minha cabeça como aquele colar foi aparecer na minha mochila... Tá que eu sabia que foi a Tânia, mas como ela fez isso eu não sei.
- Srta.Swan o colar foi achado em sua mochila – continuou dizendo a desgraçada do diretor Smith.
- Será que já passou pela sua cabeça que alguém colocou a porra do colar lá? – perguntei com raiva.
- Olha a boca! –repreendeu – E mesmo que tenham colocado, quem teria feito isso?
- A própria dona do colar?
- Que absurdo! Por que a Srta. Denali faria isso?
- Para me ver nessa situação, ela quer acabar comigo.
- Que ridículo – falou balançando a cabeça em negação.
Meu pai amado, se um dia eu soubesse que ficaria nessa situação, já teria puxado o saco do diretor há mais tempo, pelo menos assim eu me garantia.

- Me diz? Por que diachos eu ia querer um colar dela? – perguntei colocando minhas mãos na mesa – Justo dela? Olha é sério, posso não ser a garota mais rica do mundo, mas isso não quer dizer que eu tenha que chegar a esses extremos... Rouba? Fala sério meu velho, minha mãe tem grana, eu não preciso roubar.
- Então me diga, por que o colar estava em sua mochila?
- Eu.Não.Sei – falei tentando me controlar para não meter a mão na cara do Sr. Gorducho – Eu realmente não sei como aquela merda foi parar na minha mochila.
- Então eu não posso fazer nada Srta. Swan, a não ser puni-la.
Respirei fundo quando ouvi isso. Ok se controla Isabella! Ele não tem culpa, eu sei que você quer matá-lo nesse momento, mas você tem que se controlar, pensei.
- Tudo bem – falei depois de respirar mais fundo ainda – Vamos a minha punição... Me daí, sei lá, uma semana de suspensão.
- Sinto muito Isabella, mas em caso de roubo, não impomos suspensão – explicou.
- Então o que é? Trabalho comunitário?
- Não! Mas sim medidas mais severas.
- Como o que?
- Expulsão.
Quando ouvi essa palavra congelei. Expulsão! Deus eu não podia ser expulsa. Expulsão queria dizer nada da bolsa de estudos, nada de Londres, nada de nada.
- O senhor não pode me expulsar – falei depois de um tempo.
- Eu sinto muito Isabella, mas não podemos mudar as regras – se desculpou.
- Não... – ri sem humor algum – Você não tá entendo! Se eu for expulsa, é adeus a minha bolsa de estudos... Sabe o que é isso? Sabe o quanto eu lutei por isso? – perguntei a raiva voltando a ferve em mim.
- Devia ter pensado nisso antes de roubar o colar.
- MAS EU NÃO ROUBEI! – gritei – QUE MERDA!... Quantas vezes eu vou ter que dizer isso?
- Desculpe, mas o colar foi achado em sua mochila, então conseqüentemente deve ter sido você.
- Ah claro! Tá na cara que fui eu né? – ironizei – Tenho certeza que se fosse a Tânia nem uma suspensão o senhor daria.
- O que a senhorita está insinuando? – perguntou se levantando da cadeira. É, agora eu realmente tinha irritado o velho, mas qual é? O cara quer que eu leve numa boa? - Espero que a senhorita retire o que disse!
- Eu não disse nada – me defendi.
- Mas insinuou!
- Insinuar não é falar! Vai dá pessoa interpretar, e pelo que vejo o senhor interpretou de maneira um tanto errada.
Ficamos os dois, se encarando com raiva. Se um dia eu quis matar um diretor, esse dia foi hoje, só não falei umas boas verdades para ele, pois tinha medo que isso me prejudicasse mais. Quando eu já tava pra falar, alguém abre a porta com força, nos dando um susto.
- O que quer que esteja acontecendo aqui, é tudo mentira! – entrou falando Carlisle.
- Fala sério! O que você faz aqui? – perguntei pasma. Desde quando meu pequeno problema virou uma coisa publica?
- Sua mãe está viajando Isabella, e enquanto ela estiver fora, eu sou responsável por você – explicou.
- Eu não preciso de responsável. Eu já sou maior de idade. 
- Maior idade que só chegou há dois dias!
- Idade é só um numero Carlisle! Eu já sou muito mais madura do que metade desses bastardos da escola.
- Chega Isabella! Não vamos resolver isso agora! – falou e se virou para o diretor – O que está acontecendo?
- Sua filha foi pega roubando – explicou.
- Roubando coisa nenhuma! – me exaltei – Alguém colocou a merda do colar na minha mochila.
- Isso é verdade? – perguntou Carlisle olhando sério pro diretor.
- Bem, tecnicamente sim, mas...
- Então não sei por que estamos tendo essa conversa, está na cara que algum delinqüente colocou o colar na mochila dela só para prejudicá-la.
- Mas senhor...
- Não tem mais...  Isabella não é uma ladrona, e me impressiona o senhor achar isso.
- Desculpe, mas o colar foi achado na mochila dela, e todos sabem aqui que a Srta.Swan e a Srta. Denali não se dão muito bem.
- Então acho que isso é um caso a se tratar com a tal Srta. Denali, pois minha filha não é nenhuma briguenta – Caraca! Ai ele errou legal, pensei – Vamos Isabella.
- Ela não pode ir – interveio a porra do diretor! Fala sério isso só podia ser marcação em mim, porque ele não me deixava ir? – Ela pode até não ter roubado, mas enquanto o culpado não se entregar, Isabella continua expulsa.
- Isso não quer dizer que eu continue, quer dizer que eu já to expulsa mesmo, afinal quem roubou não vai se entregar – falei com raiva.
- Então sinto muito Srta. Swan.
- O senhor... – começou Carlisle, mas eu o interrompi.
- Quer saber?... FODA-SE! Agora quem não quer ficar nessa PORRA de escola sou eu - falei e sai da sala do diretor batendo a porta com força, torcendo pra que essa força fosse suficiente para quebrar o vidro da porta.
Quando já estava fora da sala do diretor respirei fundo, me controlando pra não matar ninguém. Já tinha tocado a campa do intervalo, por isso quase todos os alunos estavam no corredor, todos me olhando com desprezo, juro que senti vontade de pegar essa cara de desprezo deles e esfregar no chão.
- O que é? Perdeu alguma coisa? – perguntei com raiva para um nerd que estava passando ao meu lado e me olhando de olhos arregalados, quando ouviu minha voz saiu correndo. – Arg! – grunhi e sai andando, em direção a saída da escola, não queria ficar mais nenhum segundo nessa porra de lugar.
Quando já estava chegando à saída, eis que me deparo com a criatura causadora de tudo isso. Tânia estava apoiada em seu armário rindo igual uma hiena com seus rabos (diga-se Lauren a sem homem e a tamanduá barriguda). Quando me viram param de rir, só deixando um sorriso de vitória nos lábios.
- Ora Isabella o que faz aqui? Não deveria está na sala do diretor? – perguntou sorrindo Tânia.
- SUA VADIA VOCÊ ME PAGA! – gritei com raiva batendo a mão no armário.
- Credo Isabella! Eu não fiz nada, na verdade quem fez foi você, ou você esqueceu que quem roubou aqui foi você? – falou apontando pra mim.
- Sua vagabunda você acha que eu não sei que foi você – falei mais baixo me aproximando – Só não sei o que você ganha com isso, pra quer querer que eu vá embora dessa escola? Pra ter o Edward só pra você? Se toca... O Edward já não tá mais na sua há muito tempo – falei estalando o dedo em sua cara, e quando eu falei no Edward, sabia que tinha chegado no seu ponto fraco.
- Sua cachorra você me roubou ele – falou com raiva.
- Eu? Para de ser estúpida Tânia, você o perdeu por causa de seus ciúmes e traições.
- Como é que é?  - perguntou parecendo que tinha visto um fantasma.
- Agradeça a seu querido Mike por ter uma boca tão grande – falei sorrindo. Quem é que tá na lama agora? Pensei.
- Você não contou pro Edward né?
- Nem precisei! É só ver essa sua cara de puta que todo mundo já percebe.
- SUA VADIA! – gritou tentando me dá um tapa, mas eu fui mais rápida e peguei seu pulso, quase o torcendo.
- O dia em que você encosta um dedo em mim, vai ser o dia em que você terá alguma coisa Tânia, pois eu posso ficar sem merda nenhuma, como faculdade e Edward, mas eu sou mil vezes melhor que você, pois eu sou alguém que joga limpo – falei soltando sua mão a virando, mas parecia que a vadia tava querendo briga, pois puxou meu cabelo, fazendo com que eu cambaleasse pra trás.
- Sua desgraçada – grunhiu tentando me bater de novo, e de novo eu fui mais rápida.
- Já que você quer briga Tânia, então é o que você terá – falei e lhe joguei no chão, me sentando em cima de sua cintura e lhe dei um tapam no rosto – Você vai aprender a nunca mais se meter com uma Swan – e comecei a lhe dá vários tapas, misturados com socos, ela por sua vez ou puxava meu cabelo ou arranhava meus braços.
- AAII SUA LOUCA! – gritou quando eu lhe dei um soco no rosto.
Eu estava completamente descontrolada, tanto pela raiva quanto pela magoa. Eu não estava batendo nela só por causa do roubo, mas porque é culpa dela que eu e Edward não estamos juntos. Lágrimas caiam dos meus olhos sem eu perceber, o que fazia eu ficar com mais raiva e lhe dá mais socos. Lá no fundo, eu ouvia gritos, tanto de socorro como de incentivo, mas eu nem ligava, só queria acabar com a raça daquela piranha.
- SUA VAGABUNDA! – gritei quando ela me deu um tapa no rosto – NUNCA MAIS TOQUE EM MIM! – e lhe devolvi o tapa, de repente senti braços na minha cintura, me levantando de cima dela – ME LARGA! EU VOU ACABAR COM A RAÇA DESSA DESGRAÇADA! – esperneei me debatendo nos braços de quem quer que seja.
- CHEGA BELA! – gritou Edward tentando me segurar, o que me deu mais raiva ainda! Porra tinha que ser ele?
- ME LARGA EDWARD – falei tentando sair de seus braços – É SÉRIO PORRA!
- Eu vou te larga, mas tenta ficar calma – falou afrouxando os braços, quando me senti solta virei e lhe dei um tapa na cara. Todos ficaram surpresos com a minha ação, principalmente Edward que me encarava de olhos arregalados.
- Isso é tudo culpa sua – sussurrei magoada entre lágrimas e dei meia volta, indo pra fora daquele inferno. Quando senti os primeiros pingos de chuva, é que fui perceber que já tinha saído da escola – AAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHH! – gritei antes de entrar no meu carro e sai cantando pneu.
Cheguei em tempo recorde em casa. Entrei sem me importar de trancar a porta e corri pro meu quarto, bati com força a porta, e parei, respirando fundo, enquanto algumas lágrimas traiçoeiras ainda rolavam pelo meu rosto.
Ainda não acreditava no que havia feito. Deus eu bati em Edward! Tá que ele tem grande parcela de culpa nisso, mas eu jamais deveria tê-lo batido...
- AAAAHHH – gritei puxando meus cabelos e corri pro meu banheiro já tirando a roupa. Talvez um banho me fizesse relaxar.
 Não sei quanto tempo fiquei debaixo d’água, só sei que foi o suficiente para deixar minha pele engelhada e ao contrário do que eu imaginei o banho não me fez relaxar coisa nenhuma, na verdade me fez ficar mais aflita ainda, mas pelo menos, as lágrimas já tinham cessado.
Quando voltei pro quarto, o meu celular tocava incansavelmente. Suspirei já sabendo quem era, mas não ia atender, não tava com cabeça pra ficar conversando com ninguém agora. Fui pro meu closet, peguei a primeira roupa que eu vi pela frente e amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo frouxo.
Desci e fui direto pra cozinha. Só tinha uma coisa que acabava com a minha tristeza, e ele se chamava chococo. Peguei o pote todo de sorvete de chocolate, uma colher e voltei pro meu quarto. Coloquei um filme qualquer de mulherzinha que Alice tinha me dado, onde a moçinha era uma desengonçada da escola que era apaixonada pelo moçinho que era o mais popular. Deite-me na cama, como o braço ao redor do sorvete. Não tinha dado nem meia hora de filme e eu já estava aos prantos. Ótimo! TPM avista.
Chorava tanto que meu peito doía, e pior que eu nem sabia o porquê eu tava chorando, não sabia se era por mim, por Edward, ou pela garota do filme que tinha sido rejeitada, só sei que chorava demais, provavelmente meu choro dava pra escutar lá de fora. Mas um tempo de choro passou, quando ouvi alguém entrando no meu quarto...
- Meu Deus Bella o que ouve? – perguntou Alice entrando aflita no quarto e tentando enxugar as lágrimas do meu rosto.
- Aiiii é tão triste Aliceee... up... – solucei comendo um pouco de chocolate – O garoto não gosta delaaaa – e voltei a chorar mais.
- Você tá chorando por causa do filme? – perguntou pasma.
- Ééééé... – choraminguei – Como... up... Um garota... up... Tão bonita... up... Pode se interessar por um cara como esse... hmmm – gemi chorando depois de comer um pouco mais do sorvete.
- O que foi?
- O sorvete tá frioooo... – chorei mais. 
- Meu pai amado, tinha esquecido como você ficar sensível quando tá de TPM.
- EU NÃO TO DE TPM! – gritei entre lágrimas, dando-lhe um susto.
- Claro que não – concordou de um jeito estranho.
- Ai Alice – falei largando o chococo, nome lindo que eu dei ao meu sorvete, e indo abraçá-la – Por que tem que ser assim?
- Assim como Bella? – perguntou mexendo em meus cabelos.
- Por que o amor dói tanto? – perguntei chorando – Seria muito mais fácil se todos nos odiássemos, pelo menos não doeria tanto.
- Acho que não Bella... – sussurrou – Se só existisse ódio, jamais sorriríamos, abraçaríamos ou beijaríamos alguém... Se só existisse ódio, o mundo seria um lugar frio e cruel.
- O amor é uma merda! – choraminguei, ela riu e concordou.
- É por isso que gostamos tanto dele, pois nossas vidas seriam nada sem um pouco de merda.
- Que frase horrível Alice – falei olhando pela primeira vez pra ela.
- Eu sei – respondeu rindo, mas logo parando – Você quer conversa...
- Não! – falei fungando – Só quero que você cale a boca e me dei seu colo, pois tá doendo muito Alice – falei e voltei a chorar deitando a cabeça em sua coxa, enquanto ela fazia carinho em meu cabelo. Não sei quanto tempo mais fiquei chorando, só sei que foi tempo suficiente para minhas lágrimas cessarem e eu cair na inconsciência.
......................................*....................................
Acordei com uma dor de cabeça infernal, provavelmente por conta do meu chororô do dia anterior. Alice não estava mais no quarto comigo, mas quando levantei encontrei um bilhete, onde ela avisava que teve que sair, mas que tinha deixado minha comida pronta.
Fui pro meu banheiro, precisa tomar um belo banho, e como eu previ no dia anterior, minha menstruação desceu. Tudo o que eu precisava! Odiava ficar menstruada, pois já sou um pouco mal humorada normalmente, imagina com meus hormônios lá em cima?
Tomei meu banho rápido, e me vesti mais rápido ainda. Como não ia pra escola, só coloquei uma calça de moletom e uma regata branca. Desci e vi que minha mesa estava posta. Iria agradecer Alice depois por isso, se não fosse ela, era provável que eu só comece uma tigela de cereal. Me fartei, afinal não é todo dia que eu tenho comida posta assim pra mim. Já tinha terminado de lavar a louça, quando ouço a campainha.
- Se é essa hora, já sei que não é coisa boa – falei abrindo a porta – E olha eu tinha razão.
- Rá, rá muito engraçado Bella – falou Jared entrando, de novo sem pedir licença, logo atrás dele, vinha Alice.
- Desde quando minha casa virou casa da mãe Juana? – perguntei sarcástica.
- Não comece Bella, viemos para ajudar – falou Alice.
- E essa ajuda seria como? – perguntei me sentando no sofá.
- Por que você tá vestida assim? – perguntou ignorando minha pergunta.
- Por que você tá na minha casa? – revidei.
- Uff! Eu odeio quando você tá de TPM – falou bufando e cruzando os braços.
- Ótimo então cala a boca – falei grossa, me levantando – Dá pra me dizer o que vocês querem?
- Viemos te ajudar – falou Jared.
- Sério? Nem tinha percebido isso quando Alice falou – e olha lá o sarcasmo de novo.
- Bella a gente achou um modo de você volta pra escola – falou ignorando o meu sarcasmo.
- O que? Como?
- Jared teve uma ideia brilhante – falou Alice sorrindo.
- E que idéia seria essa, posso saber? – falei cruzando os braços.
-Eu vou dizer que fui eu que roubei o colar e coloquei em sua bolsa – falou tranqüilo.
- O QUE?! – gritei tamanha foi minha surpresa – Você é doido garoto?
- Não.
- Jared você pode ser expulso, será que você percebeu isso? Eu não vou deixar você...
- Eu não to pedindo sua permissão Bella – me interrompeu – E relaxa que eu não vou ser expulso.
- Como você tem tanta certeza?
- O Sr. Smith jamais expulsaria o filho do governador dessa cidade, principalmente porque é meu pai que paga as reformas que aquele diretor vive fazendo na escola.
- Você é louco – sussurrei balançando a cabeça em negação.
- Eu to certo e você sabe disso – falou se aproximando de mim – Leve isso como um pedido de desculpas Bella.
- Eu já te perdoei.
- Mas eu não... – sussurrou e segurou minha mão direita – Eu já te magoei de mais Bella, e isso é pouco comparado ao que eu fiz a você.
Fiquei olhando seu rosto, não seria certo fazer aquilo com Jared, eu não era assim, jamais usaria os outros, mas eu tinha que admitir que a ideia dele era brilhante. Sr. Smith era guiado pelo dinheiro, por isso defendia tanto a lacraia oxigenada, se Jared falasse aquilo, ele me liberaria na hora e provavelmente não o expulsaria.
Merda o que eu faço?
- Se você for expulso, eu acabo com essa mentira na hora – falei depois de um tempo pensando.
- EBA! – Alice gritou me puxando para um abraço – Agora sobe e troca de roupa rápido, pois já estamos atrasados.
Corri pro meu quarto, tirando a roupa logo que entrei. Nem percebi que roupa coloquei, pois estava tão nervosa que nem olhei. Passei uma maquiagem rápida, só porque eu tava com uma cara de doente do caramba e desci.
- Pronta! – falei sem fôlego quando cheguei à sala.
- Ótimo, vamos – falou Alice me puxando pela mão e me levando ao seu carro.
Já tinha andando com Alice de carro muitas vezes, mas isso não quer dizer que já tenha me acostumado. Ela corria mais do que eu, não sei como não batemos em nada, mas tinha que admitir que essa correria dela nos ajudou muito, pois em pouco tempo já estávamos na escola.
Quando desci do carro todos me encaram. Ótimo era tudo o que eu queria! Por onde eu passava ganhava olhares nada amistosos, uns ainda tinham a audácia de me chamar de ladra, fala sério! Todos que falavam isso, eu só dava o meu maravilhoso dedo médio e mandava-os para o raio que o parta.
- Não liga pra eles – falou Jared ao meu lado. Nem tinha reparado que ele estava lá.
- Relaxa eu não me importo, essa gente não tem o que fazer da vida mesmo – falei dando de ombros.
Rapidamente chegamos à sala do diretor, paramos os três na frente da porta.
- Acho melhor eu entrar sozinho – falou Jared parecendo nervoso.
- Ok! Se precisar de ajuda é só falar – dei incentivo. Ele respirou fundo algumas vezes e abriu a porta, pronto pra encarar o buchudinho mal humorado.
- Ah Sr. Woolf o que deseja? – ouvimos o diretor dizer quando Jared entrou na sala, mas logo depois tudo ficou em silencio, pois Jared fechou a porta.
- Tá nervosa? – perguntou Alice roendo as unhas.
- Por que eu estaria nervosa? É o Jared que vai levar a culpa né? – falei indiferente por fora, mas tremendo por dentro.
Se esse plano não desce certo tudo já era. Eu ia continuar expulsa, não iria pra faculdade e ainda por cima, agüentaria as piadinhas da filha da mão da Tânia. Quando pensei nela, que me lembrei da nossa briga ontem.
- Alice o que aconteceu com a Tânia ontem? Depois que eu fui embora? – perguntei curiosa.
- Além de você deixar ela com um olho roxo? – perguntou rindo – Nada de importante. Ela foi à sala do diretor, reclamou de você, disse que você era uma desequilibrada e coisa e tal, mas logo calou a boca quando Edward disse que quem tinha começado foi ela.
- Edward disse isso?
- Ahum – afirmou balançando a cabeça.
Não sabia se me sentia feliz com isso, ou com mais raiva, porque apesar de Edward ter me defendido, a maior parte da culpa ainda era dele. Quem mandou ele se meter com uma piranha daquelas? E pior! Me meter no meio? Tá que eu, como uma anta que sou, aceitei aquele acordo absurdo, mas mesmo assim...
- Terra chamando Bella! – quase gritou Alice, estalando os dedos na minha cara.
- O que? – perguntei irritada.
- O Jared quer que você entre!
- Mas já?
- É!... Vai logo – falou me empurrando para dentro da sala.
Quando entrei, me deparei com um Jared sentado na cadeira, parecendo bem relaxado e um direto barrigudo suando mais que lutador de vale tudo...
- Ah Srta. Isabella, que bom vê-la – falou sorrindo falsamente.
- Bom? – perguntei sarcástica. Mas que diretor filho de uma mal comida! É mais falso do que os seios da lacraia oxigenada. Ontem mesmo faltava querer me expulsar daqui chutando a minha bunda, agora vem com sorrisinhos? Vê se eu posso com isso?
- Por que não se senta? – perguntou ignorando meu sarcasmo. Fui me sentar na cadeira ao lado de Jared, que sorriu a me ver – Bom acho que já sabe por que esta aqui, não é mesmo?
- Sei – respondi séria.
- Ótimo então sabe que o Sr. Woolf confessou que foi ele que roubou não é?
- Sim ele já me disse – afirmei balançando a cabeça e mandando um olhar para Jared, informando que se ele quisesse desistir a hora era agora, mas ele por sua vez só fez sorri amplamente.
- Sr. Smith, não vamos mais tomar o tempo de Isabella não é mesmo? – falou sorrindo amigavelmente para o diretor – Por que o senhor não liga para o meu pai, o chamando aqui? Ou se não quiser, é só me expulsar mesmo, mas eu sei que meu pai ficaria muito desapontado, sabe? Ver seu filho sair de uma escola tão boa como essa... – falou abaixando a cabeça e fazendo uma cara dramática, tive que me controlar para não rir.
- Seu pai ficaria decepcionado? - perguntou o diretor, passando um pano na testa, para tirar um pouco do suor.
- E muito! Meu pai gosta muito da escola Sr. Smith, adora ajudar o senhor em suas reformas, ficarias muito triste se soubesse que o senhor me expulsou, tenho certeza que até pararia de lhe ajudar com aquela verba sabe? – falou se inclinado mais para o diretor que arregalou os olhos e engoliu seco.
- Que isso Sr. Woolf – falou rindo nervoso – Eu jamais daria esse desgosto a seu pai e a você – sorriu amplamente – Por que não esquecemos esse mal entendido hein? Eu não preciso expulsar ninguém não é? A Srta. Isabella é dada como inocente e o Sr. pega uma simples suspensão o que acha? Uns três dias, está bom?
- Perfeito! – exclamou Jared levantando e apertando a mão do diretor mais falso do mundo – Foi ótimo conversa com o senhor.
- Digo o mesmo Sr. Woolf – falou suspirando. Eu só fiz sorri, feliz da vida. AHAHAHAH EU NÃO VOU SER EXPULSA! TOMA LACRACIA OXIGENADA! ESPERO QUE MORRA NO INFERNO, JUNTO COM OS SEUS RABOS!
- Vamos Bella? – falou Jared me tirando de meus devaneios.
- Claro – falei me levantando, e olhando para o diretor suador – O senhor não acha que me deve alguma coisa Sr. Smith?
- Como o que? – perguntou confuso.
- Eu não sei... Quem sabe um pedido de desculpas?
- Ah... – abaixou a cabeça constrangido – Me...me desculpe Sr. Swan, foi totalmente sem cabimento o que eu fiz, espero realmente que me perdoe.
- Ah que isso Sr. Smith... – falei sarcástica – Eu jamais o perdoaria – sai sorrindo, deixando-o para trás com os olhos arregalados.
- Iai deu certo? – perguntou Alice pulando de tão nervosa.
- Deu, a Bella não vai ser expulsa – explicou Jared.
- AAAAAHHHH! – gritou vindo me abraçar.
- Menos Alice – pedi me afastando.
- Menos nada, isso é perfeito você não percebe? Não sendo expulsa, você vai poder ir ao baile comigo – falou com os olhos brilhando.
- Ah vai sonhando Alice, eu não vou pra merda nenhuma de baile – neguei fervorosamente.
- Ah vai sim, ou eu não me chamo Mary Alice Cullen – disse estufando o peito, o que me fez revirar os olhos. Cara eu não mereço ter uma amiga assim! – Ei, ei eu já vou tá, tenho que avisar pro meu loirinho que tudo deu certo... Beijos – me deu um beijo no rosto e saiu.
- Vai pra aula? – perguntou Jared depois de um tempo em que ficamos em silencio.
- Oh não! Vou pra casa, sabe? Aproveitar esse meu ultimo dia de liberdade – falei sarcástica.
- Ok! Então quer que eu te leve? – perguntou parecendo um pouco tímido.
- Tá – falei simplesmente e começamos a andar em direção a saída da escola. O caminho todo fomos em silencio, eu não sabia o que dizer, desculpas? Claro! Mas o que mais? Minha relação com o Jared não era uma das melhores, se eu dissesse alguma coisa errada, ele acharia que teria ainda alguma chance comigo, mas se eu não dissesse nada, acharia que eu sou uma ingrata.
Que duvida cruel!
- Obrigada! – falei finalmente quando já estávamos fora do colégio e parando na sua frente – Eu estaria totalmente ferrada sem você.
- Que isso Bella, já falei que fiz tudo isso para tentar te recompensar.
- Eu sei, mas ficaria melhor se pudesse te da algo em troca – falei passando as mão pelo cabelo – O que você quer?
 - Você vai me dá qualquer coisa? – perguntou sorrindo sacana, o que me fez dá um passo para trás.
- Depende!
- Do que? – falou chegando mais perto de mim.
- Do que você vai pedir – falei nervosa.
- E se eu dissesse que quero você – falou parando a centímetros de mim.
- Jared... – sussurrei em advertência.
- Relaxa Bella – disse e segurou meu rosto com suas mãos – Deixa rolar – e antes que eu dissesse qualquer coisa ele me beijou.
Primeiro eu fiquei estática, tomada pelo choque da ousadia dele. COMO ELE OUSA ME BEIJAR?! Mas no momento em que esse pensamento veio, me lembrei das vezes que vi o Edward beijando a vaca loira. Ele não parecia se importa nem um pouco por eu está vendo, então porque eu teria de me importa se ele estava vendo isso? Eu era solteira não? E sinceramente já tava há meses sem da um beijinho em ninguém, tava na hora de eu deixar o Edward de lado e segui minha vida, e com esse pensamento, abri a boca dando passagem língua de Jared.
Como posso descrever o beijo?... Bom era um beijo qualquer, não que não fosse bom, pois Jared beijava muito bem, mas era só isso, nada de tremores, frio na barriga e coração acelerado, só um simples beijo, mas se eu queria mesmo esquecer o Edward, um simples beijo haveria de me ajudar não é mesmo?
Quando já estava para me afastar, para recuperar o ar, eis que sinto alguém puxar meu braço, me separando de Jared.
- O QUE VOCÊ PENSA QUE TÁ FAZENDO? – perguntou Edward enraivecido.
- O que? – perguntei confusa.
- Cara larga ela – falou Jared calmo.
- CALA A BOCA! – gritou dando um soco no rosto de Jared, que cambaleou para trás.
- EDWARD PARA! – gritei assustada com sua ação.
- PARA VOCÊ! – falou pela primeira vez me encarando. Seus olhos verdes estavam em chamas, tomados por uma raiva indescritível – Vem!
- ME LARGA EDWARD! – gritei enquanto ele me puxava para o seu carro.
- CALA A BOCA BELLA! – gritou de volta e me jogou dentro do carro, só para em seguida ir paro o lado do motorista.
- O que você pensa que está fazendo? – perguntei com raiva.
- O que você pensa que tava fazendo beijando aquele cara?
- Edward a vida é minha e eu faço dela o que eu quiser.
- NÃO! – gritou e deu uma curva tão fechada que fez meu corpo bater contra a porta do carro.
- Aiiii... – gemi colocando a mão na costela, aonde tinha batido. Meu gemido deve ter chamado a atenção de Edward, pois de repente ele falou mais calmo.
- Você tá bem? – perguntou diminuindo a velocidade.
- To! – falei e virei à cara, olhando através da janela.
Nem reparava pra onde estávamos indo, na verdade nem me importava, eu só conseguia sentir uma raiva indiscutível dele. Quem ele pensa que é pra me pegar daquele jeito? E pior! Gritar comigo? Ah mais eu tava com uma vontade de meter a mão na cara desse...desse... Arg!
- Você tá brava comigo? – perguntou quebrando o silencio.
- Brava é pouco por o que eu to sentindo – resmunguei cruzando os braços.
- Me perdoa, eu...eu não queria te machucar, é só que, quando eu te vi...
- Viu o que Edward? – o interrompi com raiva – Me viu beijando alguém é isso? Idai? Que eu saiba, eu e você não temos nada, na verdade nunca tivemos.
- Eu sei...
- Se você sabe, por que fez aquilo?
- Eu...eu não sei – falou suspirando.
- Entenda uma coisa Edward, você não é nada pra mim ok? Mal amigos somos – falei. Doía-me falar aquilo, mas o que eu podia fazer? Era a verdade. Edward nunca foi mais do que meu colega, um colega que me conhece muito bem, devo acrescentar, mas mesmo assim...
- Não fala assim... – sussurrou balançando a cabeça em negação.
- É a verdade Edward!... – suspirei tentando me acalmar, não adiantaria eu conversa com ele agora, eu tava de cabeça quente, acabaria dizendo coisa que não queria – Olha eu to nervosa tá? Estressada, não to no clima de conversa, por isso me leva pra casa ok?
- Bella...
- AGORA! – gritei impaciente.
Ele só fez concorda com a cabeça e dá uma curva, indo em direção a minha casa. Em poucos minutos já estávamos lá. Sai do carro sem me despedir e bati a porta com força. Entrei em casa soltando fogo pelas ventas, mas parei estática quando vi quem estava dentro da minha casa.
- Que eu saiba é pra isso que existe tranca! Pra não deixar ninguém entrar! – falei cruzando os braços e encarando as duas criaturas na minha frente, leia-se Alice e Emmett. 
- Bellinha! – exclamou Emmett vindo me abraçar.
 -Ai Emmett me larga – me queixei saindo de seu abraço.
- O que eu fiz? – fez cara de choro.
- Relaxa é só TPM – sussurrou Alice nada discreta.
- Dizem logo o que vocês querem! – falei impaciente.
- Temos a solução para os seus problemas Bella – falou Alice feliz.
 - Qual deles?
- O do dinheiro – explicou Emmett sorrindo.
- É? Eu posso saber como?
- Você vai participar de um show de talentos – disse Alice colocando um panfleto na frente da minha cara.
- O QUE? 

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