15 de abril de 2013

Capítulo 14 - Epílogo (O Trato - Segunda Temporada)


Capítulo 14 - Epílogo

Oito anos depois...

- Empurra Bella, empurra! – gritava minha mãe.

- PORRA EU TO EMPURRANDO! – gritei segurando a mão de Edward mais forte. – AAAAAHHHHHH!

- Você consegue Bella... – continuava a dizer o idiota do meu namorado.

- Cacete se você acha que isso é fácil vem fazer!... AAAAAAHHHHHHH!!! – respirei fundo sentindo o cansaço me dominar. Quatro horas de parto e aquela criança não saia de mim, estava a ponto de pedir uma cesariana. – Eu juro Edward Cullen, que eu nunca mais vou fazer sexo com você! AAAAAAAHHHHH!

- Ela ta brincando né? – perguntou nervoso para Ângela que filmava tudo com a câmera. Eu não conseguia enxergá-la, mas ouvi sua risada.

- Só mais um pouco Bella, já estou vendo a cabeça. – disse Renée.

- Você falou isso duas horas atrás. – choraminguei. Caí cansada contra a cama do hospital, sentindo as primeiras lágrimas de derrota banharem meu rosto.  – Eu não consigo.

- Claro que você consegue... Bella olha para mim. – Edward puxou meu rosto suado em direção ao seu. – Você consegue. Você é a mulher mais forte que eu conheço... – sussurrou encostando sua testa na minha. – Superamos tanta coisa Swan, não podemos desistir agora.

Eu sabia do que ele estava falando. Tentávamos a mais de três anos ter um bebê, até tratamento havíamos feito. Após tanto tempo chegamos a desistir, até que aconteceu. Edward vendo o quanto eu estava triste preparou um jantar para nós no nosso apartamento e naquela noite nosso pequeno bebê foi concebido. Ele estava certo, não podia desistir, não depois de lutar tanto pelo meu pequeno menino.

- Tudo bem... – respirei fundo antes de fechar os olhos e segurar sua mão com mais força, fazendo força.

Foi necessário mais uma hora para finalmente meu garoto vim ao mundo.

Quando ouvi seu lindo choro de bebê não pude evitar as lágrimas de alegria e alivio. Edward beijou todo meu rosto, chorando junto comigo.

Uma emoção indescritível tomou conta de mim quando segurei meu bebê pela primeira vez. Ele era tão pequeno, todo sujo de sangue, mas lindo, igual ao pai. Olhos verdes, bochechas rosadas e lábios pequenos ornamentavam seu lindo rostinho.  Uma pequena camada de cabelos castanhos cobriam sua cabeça.

Era como ter o cristal mais precioso em meus braços.

- Meu amor... – chorei beijando sua testa. Ele ronronou baixinho se aconchegando mais ao meu corpo. – Nosso pequeno Anthony. – olhei para Edward que estava que estava do mesmo jeito que eu, com lágrimas nos olhos e um sorriso esplendido no rosto.

- Obrigada por me fazer o homem mais feliz do mundo Bella. – sussurrou beijando meus lábios. – Eu te amo.

- Eu te amo.

.............................*.............................

Foram dois dias no hospital me recuperando, com todos meus familiares em volta. Rosalie e Emmett não puderam vim porque não tinha com quem ficasse o pequeno Dean de apenas um ano. Alice e Jasper junto com Ângela, Jacob e Lucy ficaram ao meu lado o tempo todo, acompanhando desde que eu entrei em trabalho de parto. Renesmee me ligou logo após eu ir para o apartamento, ela estava no Canadá, aproveitando as férias com o namorado e amigos. A pirralha hoje era uma mulher, mas nem isso evitava que brigássemos uma com a outra.

A pequena Hope de oito anos ficou encantada quando viu Anthony, disse que ninguém mais tocaria em seu príncipe. Carlisle, Esme, Charlie e Renée eram a felicidade pura, estavam em júbilo por serem avós. Os meninos da banda também vieram, trazendo camisetas e balões com o símbolo do rock. Ri com o macacão preto que Zach me deu com as escritas “Eu amo a mamãe” e um desenho de guitarra logo embaixo.

Em outras palavras, eu estava rodeado de todo amor que eu poderia ter, principalmente o amor do meu namorado, que em nenhum momento deixou-me só.

Edward em todos esses anos foi meu porto seguro, apoiando-me em tudo e vice-versa. Brigávamos muito, mas nada atrapalhava o amor que sentíamos. Os momentos mais difíceis era quando ele saia em turnê com a banda, passando meses longe de mim, mas matávamos a saudade quando ele voltava e nos deliciávamos com o corpo e amor um do outro.

A banda dele finalmente havia ganhado o estrelato, por toda cidade via-se fãs correndo atrás deles e eu era uma delas. Sempre que podia ia vê-los e me emocionava sempre ao vê-lo cantar. Sua popularidade era enorme, por isso não me surpreendi ao ver tantos paparazzis na saída do hospital. Mantive a cabeça baixa, protegendo Anthony dos flashes das câmeras, enquanto Edward e seu segurança nos levavam para dentro do carro.  Sim, tínhamos um segurança agora, não que corrêssemos perigo, mas os meninos podiam ter fãs bem malucas.

Fiquei aliviada quando finalmente entramos em casa e eu pude colocar Tony em seu quartinho todo azul. Contemplei meu menino adormecido e agradeci a Deus por tudo ter dado certo. Agora que ele estava aqui, em casa, eu podia finalmente acreditar que ele era real. Fechei os olhos quando senti Edward me abraçar por trás e beijar meu ombro.

- Ele é lindo... – sussurrou em meu ouvido.

- Ele é nosso filho, o que você esperava? – brinque virando o rosto e ganhando um beijo do homem que me deu a glória de ser mãe.

- Cansada?

- Um pouco.

- Então vem, vou te colocar na cama.

Sorri quando ele me pegou no colo, carregando-me até o nosso quarto.

Não morávamos mais no pequeno apartamento de antes, hoje tínhamos nossa própria casa de três suítes, dois banheiros de visita, duas salas e uma cozinha. Com a fama de Edward e meu consultório de pediatria indo bem, conseguimos dinheiro suficiente para comprar a casa. No começo foi estranho morar em uma casa tão grande, mas após Edward me explicar às vantagens de se poder fazer sexo em cada cômodo, aceitei a moradia.

Suspirei feliz quando me vi deitada na cama macia, com Edward ao meu lado, fazendo carinho em meus cabelos.

- Quer comer alguma coisa? – perguntou beijando meus dedos.

- Eu na verdade queria conversar com você sobre uma coisa. – mordi os lábios nervosamente.

- O que?

Não respondi, ao invés disso, apoiei o braço direto na cama, impulsionando meu corpo contra o de Edward, ficando por cima dele.

- Já quer abusar de mim Swan? – brincou, fazendo-me revirar os olhos.

Com a mão esquerda abri a primeira gaveta do criado-mudo e de lá tirei uma pequena sacola marrom.

- O que é isso? – perguntou tentando pegar o objeto de minha mão, mas eu dei um tapa nele.

- Isso aqui é o que faltava para completar tudo.

...*... Link Alternativo ...*...

Rihanna Ft. Mikky Ekko – Stay

Desamarrei o laço da sacola e deixei que caísse em minha mão uma pequena caixa vermelha, que dentro continha duas alianças de ouro. Olhei para Edward e ele me encarava estupefato, provavelmente prevendo o que era.

- Há dez anos fizemos um trato, um maldito trato para você conquistar uma garota estúpida... – ri, sentindo meus olhos marejarem. – E bom, a gente se ferrou muito por causa disso. Brigamos muito, nos magoamos muito, mas em nenhum momento eu me senti fraca perto de você... Edward você me fez... Me fez sentir viva.

“Eu pensava que tinha tudo naquela época, imaginava que era feliz, mas então você entrou em minha vida como um furacão que vem destruindo tudo e eu nunca poderia imaginar que você seria o furacão que ajeitaria minha vida, porque Edward... Eu pensava que era feliz, mas nunca poderia ser feliz sem ter a minha outra metade.”

Respirei fundo antes de continuar:
- Você não percebe Edward? Você é a minha metade. – limpei a lágrima que escapou de meus olhos. – Eu não sei se você sente o mesmo, afinal estamos juntos há tanto tempo e você nunca quis dar o próximo passo, mas eu quero que você saiba que eu não me importo. Isso... – indiquei a caixinha em minhas mãos. – Isso não é nada, é só um objeto. Se você quiser ser meu eterno namorado ou só o pai do meu filho tudo bem, porque eu prefiro só tê-lo ao meu lado do que um dia ficar sem você.

“É meio clichê, mas eu não posso dizer mais nada do que... Eu amo você, Edward Cullen. E eu espero passar o resto da minha vida com você, seja casada ou não. Porque você é o ar que eu respiro, a terra em que piso, o mundo em que vivo. Você é minha vida Edward.”

Edward me encarava sem ação, petrificado no mesmo lugar de antes. Percebi que sua respiração era tão irregular quanto a minha, apesar de minha desculpa ser por causa do choro que eu segurava.

Estávamos juntos a mais de oito anos e se Edward não me pediu em casamento todo esse tempo, então era porque não queria nada muito sério. Por um momento esse pensamento me deixou triste, mas então percebi que se Edward me queria só para a companhia eu não me importava. Eu amaria por nós dois.

- Eu não sei o que dizer. – disse finalmente saindo do transe. – Eu não sei se te chamo de louca ou idiota.

- Edward...

- Não Swan, é a minha vez de falar. – me encarou sério, não dando oportunidade para eu retrucar. – Eu te amo sua louca, acho que te amo desde quando éramos crianças. Você está certa, brigamos muito, mas eu nunca fui capaz de te amar menos. Mas apesar de todo meu amor por você, não consegui perceber o quanto o matrimonio era importante para você...

- Não é...

- É sim. Eu deveria ter percebido que você ficou mexida quando todas as suas amigas casando e você ainda namorava o mesmo idiota aqui. Mas entenda Bella, eu não lhe pedi em casamento não porque não a amo o suficiente, mas porque sempre achei que casamento era pouco considerando o que temos... Eu não quero só colocar um anel em seu dedo ou esperá-la no altar, eu quero mais, quero passar o resto da minha vida ao seu lado, quero amá-la todos os dias, quero criar nosso filho juntos... Casamento não é suficiente para abranger tudo isso.

Ele se aproximou mais de mim e segurou meu rosto entre suas mãos, limpando as lágrimas que rolavam pelo meu rosto.

- Usando de suas palavras... Você também é minha vida Isabella Swan.

Então me beijou. Sua boca devastou a minha, tirando todas as minhas dúvidas e medo. Edward era inteiramente meu, de corpo e alma, e agora eu entendia que ele me queria tanto quanto eu o queria.

Seu corpo cobriu o meu, beijando-me com mais ardo. Passei minhas mãos pelas suas costas, apertando-o mais contra mim. Se eu não estivesse de quarentena, com certeza nossas roupas já estariam jogadas pelo quarto.

- Casa comigo... – pediu quando desgrudamos nossas bocas para recuperar o ar.

- Você não precisa pedir só por que...

- Não estrague meu momento Swan. – ele olhou fixamente para meus olhos. – Eu quero. Está na hora de todos saberem que você é minha.

- Eu sempre fui sua...

- Sempre. – e me beijou novamente. - Agora vamos fazer isso direito.

Ele saiu de cima de mim, se ajoelhando em cima da cama puxando-me junto. Pegou a pequena caixa da cama e a abriu, tirando de lá uma aliança de ouro, com uma pequena pedrinha de cristal no meio.

- Eu nunca serei perfeito Bella, sempre farei algo errado, muitas vezes estragarei tudo, não saberei trocar uma fralda... – rimos juntos. – Mas em uma coisa sempre serei bom, que é amar você. Então acho que você deve me aceitar como seu marido Isabella Swan, porque eu nunca a deixarei. Então, aceita casar comigo?

- Você sabe que eu sempre aceitarei tudo o que você pedir lagartixa. – respondi rindo de sua careta.

- Isso foi um sim?

- Sim Edward, isso foi um sim.

E depois ele colocou o anel em meu dedo, beijando-o logo em seguida. Peguei sua mão também colocando o anel em seu dedo e repeti o seu gesto. E como forma de selar o nosso mais novo compromisso, nos beijamos apaixonadamente.

E o que eu pensava ser a peça chave para terminar a história, na verdade era só o começo.

A vida é feita de confusões e desavenças, amores ganhos e perdidos, tratos feitos e desfeitos, mas acima de tudo, a vida é feita para ser vivida intensamente, e ao lado de Edward eu sei que amei, chorei, ri e fui feliz, como nunca antes havia sido.

Edward seria meu eterno namorado, minha eterna paixão. Ele seria meu eterno conto de fadas que ainda não tinha um “felizes para sempre”, mas que caminhava para isso.

Fim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário