15 de abril de 2013

Capítulo 11 - Reconciliação E Separação (O Trato - Segunda Temporada)


Capitulo 11 - Reconciliação E Separação

Adentrei no hospital em um total estado de torpor. Ainda não entendia o que havia acontecido; as palavras de Jacob simplesmente não faziam sentido para mim: Ele sofreu um acidente, Bella. Acidente? Como assim? Era o que eu havia perguntado em meio à histeria. Em minha consciência achava impossível ele sofrer algum acidente, pois quando saí da festa ele estava completamente bem, como isso pode ter mudado tão rápido?

E quase desmaiei quando Jacob disse que Carlisle ficou preocupado quando me viu sair de repente, e então quase ao amanhecer, ele foi de carro até o apartamento dos Cullens, mas um motorista bêbado ultrapassou o sinal vermelho e bateu bem no lado do motorista onde Carlisle estava.

Era tudo culpa minha, pensei enojada. Eu fui à culpada por ele ter sofrido o acidente. E apesar das palavras reconfortantes de Jacob, não conseguia evitar o nojo que sentia de mim mesma.

No hospital já se encontravam todos os Cullens, minha mãe e Charlie. Esme era reconfortada por Alice, que lhe abraçava enquanto chorava.

- Como ele está? – perguntei sentindo a habitual angustia no peito.

Edward foi o único que teve coragem de me responder.

- Ele está na sala de cirurgia agora.

- Cirurgia?

- O outro carro bateu em cheio o lado que ele estava, estão tentando fazer o possível, mas... Bella... – sentir ele protelar, como se não tivesse certeza se me contava ou não.

- O que?

- Carlisle perdeu muito sangue e... Isso causou um inchaço na região cerebral dele.

- Parai, o que você ta dizendo? Ta querendo dizer que Carlisle pode ficar em coma é isso? Ou pior ele pode... – não consegui terminar a frase. Senti como se tudo estivesse girando e se Jacob não tivesse me feito sentar com certeza teria desabado no chão.

Sabia de medicina o suficiente para saber que inchaço cerebral causava sequelas permanentes, indo desde o funcionamento da fala ao movimento do corpo. Se a batida tivesse acertado em uma região delicada de seu cérebro, Carlisle poderia nunca mais sair de uma cama, isso indo da premissa que ele acordaria, pois as chances de um coma induzido ou não eram altíssimas.

Coloquei os cotovelos nas coxas e apoiei as mãos no rosto. Isso não podia está acontecendo, não com Carlisle. Respirava fundo tentando segurar as lágrimas de rolarem, quando senti Renée vim para meu lado e simplesmente me abraçar. Era reconfortante ter sua presença ao meu lado nesse momento, pelo menos ela estava bem.

Passaram-se horas até que alguém veio dar noticias. Como eu esperava, a médica informou nada do que eu já não soubesse. Carlisle ficaria em coma induzido até que o inchaço no cérebro diminuísse e ele pudesse respirar sem os aparelhos. Graças a Deus o baque não prejudicou nenhum ponto de seu cérebro que lhe impedisse de falar e andar, mas apesar dessas consequências estarem descartadas, se o inchaço não diminuísse, Carlisle poderia nunca mais acordar.

Depois disso se passaram horas e horas de constante agonia. Na hora das visitas, deixei Esme ir primeiro, pois percebia que seu estado era pior que o meu. Ela não ficou muito tempo, disse que não aguenta vê-lo daquele jeito, então preferia ficar um pouco afastada. Eu a entendia, se pudesse também não gostaria de vê-lo naquele estado. Olhei para Jacob que estava no meu lado esquerdo e segurei sua mão com força, pedindo apoio. Ele sorriu fracamente para mim antes de eu levantar. Ao passar pela pelo corredor, não pude evitar lançar um olhar a Edward; um olhar que dizia claramente que eu precisava dele.

...*... Link Alternativo ...*...

Simple Plan – Save You

Com as mãos tremendo, abri a porta do quarto onde Carlisle estava e a cena que eu vi me deixou sem chão. Carlisle estava deitado, com seus olhos fechados e por entre sua boca e nariz estava o tubo respiratório. No seu braço o intravenoso lhe injetava soro. O bip,bip do aparelho me dava frio da barriga. A única coisa que me fazia respirar normalmente era ouvir os seus batimentos cardíacos, que apesar de não estarem muito regulares, era melhor que nada.

Respirei fundo antes de me sentar em uma cadeira que tinha próximo a sua cama. Não sabia muito bem o que fazer em um momento como esse. Nos livros que li, nunca explicava muito bem como a mocinha deveria agir ao ter seu pai em uma cama de hospital quase morto.

Suspirei segurando sua mão delicadamente, sabendo que isso era o máximo que eu podia fazer. Sua mão estava meio fria, mas era reconfortante sentir a pulsação do sangue em seu pulso.

- Você sabe que foi um idiota não é? – sussurrei com a voz engasgada por causa do choro que eu segurava. – Você não precisava ter ido atrás de mim. Você tinha que ter ficado com Esme, sua noiva. Você não pode ver o quanto ela está destruída Carlisle e tudo isso por sua causa, porque você foi um completo imbecil. – respirei fundo tentando me controlar, mas foi inútil, pois logo senti as primeiras lágrimas rolarem pelo meu rosto. – Você não pode morrer, não agora. Você não percebe? Você está tendo uma segunda chance Carlisle. Você está tendo a chance de recomeçar, de ter uma nova vida, e vai estragar tudo estando nessa merda de hospital!

Levantei da cadeira exasperada, começando a andar de um lado para o outro. Eu sabia que estava agindo de forma irracional, afinal ele estava desacordado, mas não conseguia evitar ficar com raiva por ele não acordar. Estava com raiva dele, mas principalmente de mim, por eu ser a culpada por ele está nessa situação agora.

- Você tem que acordar... – sussurrei deixando as lágrimas rolarem livremente. – Eu não posso perder meu pai, não agora que eu finalmente o tenho. – fui até ele, segurando suas mãos novamente. – Por favor, Carlisle. Acorde... Pai... Por favor... – supliquei deixando meu rosto cair sobre sua mão e chorei por quem sabe horas, até que alguém veio me avisar que o horário de visita tinha acabado.

Antes de ir, dei um beijo em seu rosto e sussurrei:

- Fique bom logo, papai.

Saí de lá ainda com lágrimas nos olhos. Na recepção todos ainda esperavam, mas o único que vi foi Edward que se encontrava encostada perto da porta. Quando ele me olhou meus soluços se tornaram mais altos e a única coisa que fiz foi correr para seus braços acolhedores. Eu não pensava em Jacob, Lucy, em ninguém, só queria por um momento sentir a paz que Edward na maioria das vezes me proporcionava.

- Shiii... Vai ficar tudo bem... – ele sussurrou contra meus cabelos antes de beijar minha testa e me apertar mais contra ele.

Funguei enterrando meu rosto contra seu peito, enquanto sentia ele beijar meus cabelos em tempos em tempos.

Foram dois dias de pura tensão e desespero. Vinte quatro horas após a cirurgia, Carlisle teve complicações e por pouco não o perdemos. Aquele momento foi um dos que eu nunca mais quero viver. Eu via no olhar de Esme o desespero vivo de perder aquele que se ama.

Mas então houve uma reviravolta. Após um tempo o inchaço cerebral começou a diminuir e então finalmente pudemos respirar aliviados. Foi com alegria que recebemos a notícia que Carlisle já poderia sair do coma e que logo, logo estaria acordando.

Finalmente as coisas estavam fincando mais calmas. Bem, pelo menos era o que eu pensava.

#Dois dias depois...

POV Jacob

Andava pelos corredores de Dartmouth a procura de Bella. Desde a festa de noivado de Carlisle e Esme ela vem me evitando. Não que eu a culpasse, levando em consideração o que eu fiz, era exatamente isso que eu esperava dela. Só não entendi como ela podia ter descoberto, afinal nem eu mesmo ainda não compreendia o que havia acontecido naquele dia...

Flash Back On

“Saí do salão de festa chutando tudo que via pela frente. Ainda não entendia a facilidade que Bella tinha de se enganar. Como ela podia continuar gostando de um cara que só a faria sofrer? Ele já não tinha provado que não a merecia?

Eu amava Bella, ela era a minha melhor amiga, mas vê-la perder o controle por um cara que não fosse eu me deixava possesso. Mesmo agora que estávamos juntos eu sentia que ela não estava completamente comigo e pirou desde que ela voltou daquela maldita cabana com o Cullen. Sentia que ela escondia algo de mim, mas era Isabella Swan, ela sempre teria uma carta escondida na manga, só esperava que esse segredo não acabasse mais ainda com o nosso relacionamento que estava cada vez mais em uma corda bamba.

- Droga, Bella! – grunhi chutando a grama embaixo dos meus pés. Puxei os cabelos com raiva, andando de um lado para o outro.

- Quando mais cedo você aceitar, mas fácil fica. – ouvi um sussurro atrás de mim e me virei, deparando-me com a ex-namorada do Cullen, Lucy.

- O que você quer?

- Queria saber se você está bem. – deu de ombros.

- O que você quis dizer com aceitar?

- Você não é idiota Jacob, sabe que Bella nunca será recíproca aos seus sentimentos.

- Você não sabe de nada! – com raiva, parei bem em sua frente, lhe fulminando com o olhar.

- Eu gosto do Edward, Jacob... Mas gosto mais de mim. Será que não está na hora de você também gostar de si? – ela me olhou com doçura antes de colocar uma mão em minha bochecha. – Todos têm o direito de ser feliz, mas cada um tem que ir atrás de sua felicidade.

E então aquela pequena garota toucou seus lábios com os meus em um singelo beijo. Um grunhido surgiu em meu peito quando ela sugou meu lábio inferior antes de juntar seu corpo mais ao meu.

Fazia tanto tempo que eu não era beijado com vontade e ardo que pude ter sido um pouco brusco na hora em que coloquei a mão em sua nuca e a apertei mais contra mim. Sempre que Bella me beijava eu sentia que não era exatamente aquilo que ela desejava, era claro que ela desejava estar beijando outra pessoa. Mas Lucy com todo o seu jeito de menina tímida tinha um calor próprio que aquecia meu corpo. Ela se entregava de corpo e alma ao beijo, deixando seu corpo agir em vez de sua mente. Era como beijar uma garota em um corpo de mulher.

Era tímida, mas ao mesmo tempo atrevida. Com seu jeito único ela fez meu coração perde uma batida e me entreguei totalmente à aquela sensação de finalmente ser desejado de coração por alguém...”

Flash Back Off

Beijar Lucy não foi nada do que eu imaginei. Após aquilo, é claro, eu senti remorso, mas naquele momento a única coisa em que pensei era como queria continuar beijando aquela garota de cabelos negros.

Mas então tudo saiu dos trilhos e eu nunca pensei que veria minha querida Bella passar por aquilo. Sua angustia era a minha, seu desespero era o meu.

A culpa que ela sentia era claro em seus olhos, mesmo eu dizendo que ela não teve nada a ver com aquilo. Mas mesmo no meu inconsciente eu sabia que o único que ela escutaria era Edward, por isso não foi tão surpreendente a ver correndo para os braços dele após ver seu pai. Eu queria ser o único a consola-la, mas Bella nunca perceberia isso.

Balancei a cabeça forçando-me a esquecer de tudo isso. Bella precisava do meu apoio agora e não de minhas cobranças.

Foi quando passei na frente de uma das salas da faculdade e escutei Lucy e Edward conversando.

- Eu tenho que contar para ela. – ouvi Edward sussurrar e sobre a fresta da porta o vi andando de um lado para o outro.

- Se você contar agora só vai magoa-la mais, Edward.

- O que você quer que eu faça, Lucy? Ela vai me odiar do mais jeito, contando ou não.

- Bella precisa de um tempo. O pai dela acabou de sair do coma, você não espera contar para ela algo assim e achar que ela aceite tudo bem né? Ela já passou por muita coisa esses tempos, Edward.

- Eu sei, eu sei, mas... É doloroso ficar perto dela e não poder tocá-la. Eu pensei que quando a leva-se para a cabana as coisas entre nós se resolveriam. Mas a única coisa que ela fez foi agir como se nada tivesse acontecido. Eu fiz amor com a garota que eu amo e ela agiu como se nunca tivesse acontecido.

Abri a porta de supetão não acreditando no que ouvia.

- COMO É QUE É? – gritei possesso.

- Jacob... – começou Lucy, mas a única coisa que eu via era Edward.

- Seu desgraçado! – gritei partindo para cima dele e lhe desferindo um soco.

- JACOB! – gritou Lucy desesperada caindo ao lado de Edward que estava jogado no chão.

- Fique longe dela! – foi à última coisa que disse antes de me virar e sair.

Bella teria que me explicar muita coisa.

POV BELLA

...*... Link Alternativo ...*...

Stanfour – Life Without You

Desci as escadas do apartamento dos Cullens praticamente me arrastando. Fazia quase quatro dias que eu não dormia. Após Carlisle acorda do coma até que tentei relaxar, mas acho que só ficaria calma mesmo quando ele saísse daquele hospital.

Sentei no sofá da sala suspirando. Agora que Carlisle estava bem e fora de risco pensei que o tormento que sentia no coração fosse sumir, mas era o contrário, sentia aquela dor se tornar pior. Era como se algo de ruim estivesse prestes a acontecer. Foi quando uma batida estridente na porta soou.

- Mas que diabos?... – disse ao abrir a porta e ver aquele vulto preto passar para dentro da casa. – Jacob? O que aconteceu?

- Como pode Bella? Como pode fazer isso comigo? – eu via o quanto ele estava possesso; andava de um lado para o outro espumando de raiva.

- Jacob, o que está acontecendo? – perguntei me aproximando e tentei tocar seu braço, quando ele se afastou de mim como se eu tivesse alguma doença. Aquilo me magoou mais do que se ele tivesse me batido. – Jack?

- Eu confiei em você, Bella. Sempre soube que você não me amaria por completo, mas pensei que você teria mais caráter.

- Jacob, agora você está me ofendendo. O que diabos eu fiz?

- Ainda vai se fazer de sonsa Bella? O quão falsa você pode ser?

- Jack, po-por que você está falando assim comigo?

- Eu já sei de tudo Bella. Sei que você fez muito mais do que dormi naquela cabana.

Pronto, isso foi o suficiente para fazer meu mundo parar de girar. Senti meu coração perder uma batida e lágrimas se acumularam em meus olhos. Ele sabia. Enfim a verdade que eu tanto guardei veio à tona. Minhas mãos tremiam quando tentei tocá-lo, mas de novo ele se afastou.

- Jack, eu... –não consegui terminar, sentindo o choro ficar preso na minha garganta. – Sinto muito. – e então finalmente as lágrimas rolaram, e com elas os gemidos.

- Sente? VOCÊ SENTE? – ele gritou, fazendo-me encolher. – Você não sente nada. Você mentiu para mim! E eu aqui, preocupado por ter beijado a Lucy, quando você fez muito pior. Você dormiu com qualquer um como se fosse uma vagabunda!

- NÃO FALA ASSIM! – gritei em meio às lágrimas. – Eu não fiz por mau. As coisas saíram do controle... Eu nunca quis magoar você.

- Nunca quis? E o que você fez agora Bella? Você acha que eu estou bem? A garota que eu gosto me traiu!

- Por favor, Jacob... Tente entender... – chorei caindo de joelhos em sua frente.

- Me diz Bella. O que eu tenho que entender? – se ajoelhou na minha frente, me encarando com aquelas granes órbitas negras.

Meu coração doía ao ver a forma como ele me encarava; com dor, raiva, mágoa. Meu querido Jacob jamais me olharia da mesma forma novamente.

- Vamos Bella, diga.

Eu sabia muito bem o que ele queria ouvir, mas não sabia se teria coragem de dizer e vê sua dor duplicar.

- Eu o amo Jacob... – sussurrei enfim admitindo o que já era claro há muito tempo. – Eu não queria, mas eu amo ele.

Fechei os olhos quando sua mão tocou meu rosto, limpando algumas lágrimas que rolavam.

- Queria que as coisas tivessem sido diferentes, Bella... Eu teria sido perfeito para você, juntos teríamos dado certo, se você quisesse realmente... – chorei mais ao senti seus lábios tocarem minha testa. – Eu te amo Bella, mas entre você e eu... Será eu. Acabou.

- Jacob... – agarrei sua camisa, tentando fazê-lo não se afastar de mim. – Por favor, não. Eu te amo, eu faço qualquer coisa...

- Não Bella... – se livrou de minhas mãos, levantando e indo em direção a porta. – Adeus Bella.

- JACOB! – gritei, mas já era inútil; eu estava sozinha.

Apoiei as mãos no rosto deixando um grito de dor sair pelos meus lábios.

Ele se foi, o único que pensei que nunca me abandonaria havia ido embora. Meu amigo, meu Jacob. Eu nunca quis magoá-lo, ele era uma das melhores pessoas que eu conhecia, merecia algo melhor do que sofrer por mim.

Mas em minha ânsia de protegê-lo acabei lhe magoando mais e agora eu jamais teria meu melhor amigo de volta.

Chorei por minutos ou horas, o tempo já não me importava mais, até que então braços quentes e fortes me envolveram. Chorei mais ao reconhecer o cheiro acolhedor de sua pele.

...*... Link Alternativo ...*...

Lifehouse – It Is What It Is

- Eu sinto muito Bella, isso tudo é culpa minha. – sussurrou Edward me apertando mais contra si.

Eu sabia que a culpa não era de ninguém além de mim; eu havia machucado a pessoa que me acolheu e me aceitou quando eu mais precisei. E o pior de tudo isso, o que fazia eu chorar cada vez mais, era o alívio que eu senti ao ter tudo terminado com Jacob. Sentia-me em paz por finalmente tudo ter acabado, mesmo que isso tenha o feito sofrer.

- A culpa é minha, eu o magoei, eu fui a culpada por essa mentira.

- Não Bella, você não fez nada de errado, eu que fui um idiota por ter armado lhe levar para aquela cabana e...

- Espera, o que? – seu corpo congelou e eu me afastei dele o mais rápido possível. – Você tá me dizendo armou tudo aquilo? Que você mentiu para mim?

- Bella, eu...

- Como você pode? – gritei me levantando e ficando o mais longe dele. – Eu acreditei em você Edward; pensei... – solucei enquanto as lágrimas rolavam. – Pensei que havia sido real.

- E foi!

- Como pode ter sido real se você armou tudo? Você mentiu para mim Edward... Você... – abaixei o rosto não conseguindo encarar o homem que me machucou mais uma vez.

- Eu sei que você acha que eu te enganei Bella, mas eu nunca menti para você sobre o que eu sentia... – sussurrou parando em minha frente e puxando meu queixo para cima, forçando-me a olhá-lo. – Eu te amo Isabella Swan.

E então seus lábios se juntaram aos meus.

Eu estava cansada de lutar contra tudo que por um momento deixei-me levar por aquele beijo que tinha sabor de desespero e paixão.

Edward me beijava com delicadeza, saboreando meus lábios que estavam salgados pelas lágrimas. Suspirei quando ele desgrudou sua boca da minha, indo beijar minhas bochechas, olhos, têmporas. Apoiei minha cabeça em seu ombro, tentando recuperar o ar.

- Amanhã eu vou para Nova York... – sussurrou ele em meu ouvido. Meu coração se apertou. Ele ia embora? – Mas eu volto. Eu vou lhe dar esse tempo para pensar. Até logo Bella. – e beijou meus lábios mais uma vez antes de sair pela porta, me deixando sozinha... Novamente.

........................* ........................

Não conseguia ficar mais nenhum minuto dentro daquela casa, então fui em direção ao único lugar que sei que teria uma pessoa que jamais me julgaria.

- Mamãe... – sussurrei chorosa após ela abrir a porta.

- Oh minha querida. – foi só o que disse antes de me puxar para dentro e me acolher em seus braços amorosos.

Sentou-se comigo no sofá e me deixou chorar tudo que queria. Não consegui segurar mais e contei tudo para ela; sobre mim, Jacob e Edward. Contei às merdas que eu tinha feito e a egoísta que eu tinha me transformado. E principalmente contei como me sentia, em relação a ambos e o que eu tinha feito-os passar.

- Mãe eu estraguei tudo. – chorei contra sua perna, onde minha cabeça repousava.

- Você não estragou nada Bella... – sussurrou enquanto fazia carinhos em minha cabeça. – Você sabe que não sou muito boa em dar conselhos, nunca reagi muito bem com dramas... – riu amargamente e eu lembrei da época em que Carlisle nos deixou. Nunca vi minha mãe sofrer tanto. – Mas entenda meu amor, pessoas cometem erros todos os dias, é natural do ser humano; a infelicidade faz parte do dia a dia de todos, mas são esses erros cometidos que nos farão ser pessoas melhores. Você mentiu e magoou as pessoas que amava, mas no final você vai ver que isso era necessário para enfim você poder ser feliz, plena e livre de qualquer culpa.

- Ser infeliz é tão mais fácil. – resmunguei e ela riu.

- Se a felicidade estivesse no caminho mais fácil à vida não teria graça alguma.

Funguei enxugando as lágrimas e levantando. Olhei para a linda mulher que era a minha mãe e disse o que deveria ter dito há tempos.

- Obrigada.

- Eu que agradeço meu amor. – sussurrou me olhando com ternura. Logo um sorriso zombeteiro surgiu em seus lábios. – A vida é muito sem graça sem seus dramas.

Ri agradecida por ela aliviar o clima. Após isso ela me obrigou a comer algo e finalmente consegui dormi, não tranquila, mas pela primeira vez, com a mente limpa.

........................* ........................

Acordei com o barulho irritante da campainha. Olhei para a janela do quarto me dando com o sol de um novo dia.

Desci as escadas, passando pelo quarto de minha mãe para ver se ela estava lá. Vazio. Suspirei percebendo que talvez ela tivesse saído com Charlie. Cheguei finalmente à porta, abrindo-a. Quem me esperava do outro lado fez meu corpo estacar. Minhas mãos tremeram e meu coração acelerou.

- Jared? 

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